Em quais ações e setores ficar de olho na temporada de resultados do 1º trimestre

Para equipe de analistas da XP Investimentos, temporada deve ser fraca por conta do cenário econômico mais lento

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira (18) de manhã a Usiminas dá o “start” para a temporada de resultados corporativos do primeiro trimestre de 2019. E segundo análise da equipe da XP Investimentos, a siderúrgica deve ser um dos destaques negativos de uma temporada “relativamente fraca”.

De acordo com os analistas, este maior pessimismo com os números das empresas nos três primeiros meses do ano se deve “principalmente à recuperação econômica mais lenta do que o esperado e fatores idiossincráticos afetando as empresas cíclicas domésticas”.

Por outro lado, a XP Investimentos diz continuar confiante em uma recuperação do cenário ainda no primeiro semestre conforme a agenda da reforma da Previdência avance no Congresso, o que deve trazer confiança e suporte à atividade.

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Entre os setores, os bancos deverão ser o principal destaque positivo, segundo a corretora, já que possuem um “efeito de carrego positivo de resultados passados”. Mesmo assim, os resultados não devem surpreender tão significativamente.

As empresas de aluguel de veículos, capitalizadas e se beneficiando de uma dinâmica inercialmente positiva, também deverão se destacar, explicam os analistas. Do lado negativo ficarão as siderúrgicas, por conta de um ambiente, tanto de demanda, quanto de preço, mais fraco.

Destaques do primeiro trimestre
Em relatório, a XP apresentou três destaques, entre ações e setores, para a temporada, com o Bradesco (BBDC4) sendo o preferido no setor financeiro. Segundo os analistas, o banco deve se beneficiar de um maior saldo médio da carteira e um mix favorável impactando a margem financeira bruta da empresa. “Esperamos que o lucro líquido atinja R$ 6,1 bilhões, um crescimento anual de 21%”, avaliam.

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Outra empresa que deve ir bem na temporada é a da B3 (B3SA3). Para eles, a empresa deve seguir com resultados operacionais fortes e um “sólido crescimento de receita e expansão da margem Ebitda”.

Enquanto isso, as três ações do setor de aluguel de veículos também devem ter bons números, sendo que a Movida (MOVI3) deve se favorecer do “efeito carrego”, enquanto Localiza (RENT3) e Locamerica (LCAM3) pelo fato de estarem mais capitalizadas.

Já entre os destaques negativos, a XP destaca a Cielo (CIEL3), que deve ser impactada pela agressividade nos preços e pelos investimentos que a empresa tem feito em marketing e pessoal. “Os concorrentes e as metas revisadas da companhia levaram à contratação de times comerciais para fortalecer o relacionamento com os clientes”, afirmam os analistas apontando para uma queda de 37% no lucro líquido.

Além disso, as siderúrgicas Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) também devem apresentar números ruins no primeiro trimestre, pesando para a primeira os preços realizados menores do que o esperado. Já no caso da Usiminas, a expectativa é de impacto negativo por conta dos preços estáveis no Brasil e descontos para a distribuição.

No relatório, a corretora ainda aponta para mais três empresas que devem chamar atenção. A primeira é a CSN (CSNA3), em que as operações de minério devem ser o destaque positivo impulsionadas por preços mais fortes e volumes sólidos, o que compensa o fraco resultado de aço.

Por fim, no setor de alimentos, a BRF (BRFS3) deve ter seu resultado sustentado no Brasil por melhores preços e volumes, com a margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) ficando em 9,8% – contra resultado de 10% no 1T18 -, enquanto a JBS (JBSS3) terá um trimestre sazonalmente mais fraco, com impacto negativo do clima nas operações nos EUA.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.