Ibovespa deve seguir entre 91 mil e 100 mil pontos enquanto Previdência não for votada, aponta Rico

Por outro lado, a forte queda de 4,4% do índice na última semana levou a uma oportunidade de compra, de acordo com a equipe de análise

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A última semana foi de fortes emoções para o mercado, com o Ibovespa registrando queda de 4,4% entre o noticiário sobre a Reforma da Previdência e a aversão ao risco do mercado após Jair Bolsonaro suspender o reajuste do diesel de 5,74%. 

Contudo, destaca em relatório o analista da Rico Investimentos, Thiago Salomão, embora os ruídos emitidos na semana passada tenham elevado a preocupação dos investidores com o sucesso da agenda de reformas do governo, o cenário-base otimista não mudou.

Porém, avalia, “enquanto a Nova Previdência não for votada, o Ibovespa deve operar na faixa de indefinição entre 100 mil e 91 mil pontos; com o fechamento do índice a 92.875 pontos na sexta-feira, enxergamos o movimento atual como uma oportunidade de compra”, destaca. Nesta segunda-feira, o Ibovespa registra ganhos, com alta de 0,67%, a 93.493 pontos às 13h25 (horário de Brasília).

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Para essa semana, o analista destaca quais são os principais eventos que o mercado deve ficar de olho. Com o feriado de sexta-feira da Paixão, a semana é mais curta, mas também repleta de eventos. 

O principal evento, aponta é a votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara do parecer da Reforma da Previdência. A expectativa é de que a votação ocorra na próxima quarta-feira (17). Contudo, jornais destacam que centrão e oposição se uniram para colocar o texto do Orçamento Impositivo para ser votado antes da PEC da Previdência, como forma de atrasar o processo da reforma.

“Se isso acontecer, é provável que a votação fique apenas para semana que vem. É um ruído a mais para o curto prazo, mas que ainda não desfaz nosso cenário de longo prazo”, avalia.

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Outro evento a ser monitorado bem de perto é a reunião desta segunda entre o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro, com a polêmica sobre o reajuste barrado do diesel na pauta do encontro. No sábado, cumprindo agenda em Washington (EUA), Guedes afirmou que é possível “consertar” caso Bolsonaro faça alguma coisa “que não seja razoável” na economia. “Uma conversa conserta tudo”, disse o ministro.

“Esperamos que [conserte] sim, pois a comunicação na semana passada foi muito torta, demonstrando total ingerência e também desconhecimento sobre a política de preços da estatal”, afirma a Rico Investimentos. 

Ainda em destaque, estão os dados do PIB (Produto Interno Bruto) da China, além das vendas do varejo do gigante asiático. Atenção ainda para os resultados das empresas americanas: dentre os vários números da semana, destaque para Goldman Sachs, Citi, Netflix, IBM, Alcoa, Morgan Stanley e American Express.

Assim, essa semana, mesmo que mais curta, pode trazer emoções para os investidores. Mas é o que está mais à frente (a votação da Previdência) que deve definir o rumo dos mercados. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.