Na melhor das hipóteses, Previdência será votada no 3º trimestre, diz SPX

"Dada a composição atual do Congresso, acreditamos que a reforma será aprovada, mas com alterações que reduzirão seu impacto fiscal", diz a gestora

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital e um dos maiores gestores do País, acredita na aprovação da reforma da Previdência, mas vê dificuldades para o governo e desidratação da proposta no Congresso. 

“O governo continua sem capacidade de articular uma coalizão, assim, esperamos sua votação, na melhor das hipóteses, no terceiro trimestre de 2019. Dada a composição atual do Congresso, acreditamos que a reforma será aprovada, mas com alterações que reduzirão seu impacto fiscal”, afirma a gestora, que tem R$ 35 bilhões sob gestão, em carta mensal à clientes.

Para eles, a reforma da Previdência é ambiciosa, mas o governo, ao não aproveitar o texto antigo apresentado pelo governo Temer, terá que seguir um novo processo de tramitação pelas comissões no Congresso, o que complica dada a falta de articulação.

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No documento, a SPX diz que, enquanto o país aguarda o alívio mais estrutural da reforma, a atividade econômica permanece fraca, com riscos desinflacionários de curto prazo.

Neste cenário, avalia, “mesmo com indicadores fracos, o Banco Central deverá manter o nível atual de juros nos próximos meses para ter tempo para avaliar a evolução de duas fontes de incerteza: (i) a tramitação da
reforma da Previdência e (ii) o ritmo de recuperação da atividade econômica sem a sequência de choques que verificamos no ano passado”.

Alocações
No mercado internacional, a SPX disse estar comparada em bolsa europeia, entendendo que há um benefício das bolsas locais diante de uma recuperação do crescimento da China.

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Por outro lado, eles estão vendidos na bolsa americana, diversificando em setores com pressões cíclicas de custos. Já no Brasil, a gestora segue com alocações compradas, com destaque para empresas dos setores de óleo e gás e utilities.

Entre as moedas, a SPX diz estar comprada apenas em dólar norte-americano. Enquanto isso, as alocações de juros internacionais seguem “de baixo risco”, diz a gestora.

No Brasil, há uma alocação na parte intermediária da curva de juros por conta do cenário mais favorável do ponto de vista inflacionário, da atividade
econômica mais lenta, aliados a um cenário internacional com juros menores. “Por outro lado, precisamos aguardar os desenvolvimentos das reformas econômicas e o impacto da desaceleração global na economia brasileira. Apesar de algum otimismo, seguimos cautelosos”, diz a carta.

Entre as commodities, a gestora diz estar comprada em cobre e níquel e vendida em zinco, “de modo que a exposição direcional na classe segue comprada”. No mercado de agrícolas, a SPX não tem alocações relevantes, enquanto em energia, eles voltaram a ficar comprados em petróleo.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.