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São Paulo – O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (8) de olho na Previdência, após o jornal Estado de S. Paulo mostrar um aumento no número de deputados dispostos a votar a favor da reforma, para 198.
Ao mesmo tempo, o Ibovespa operou toda a sessão sem uma direção definida após o otimismo da semana passada. Pesou a cautela com a pesquisa Datafolha do fim de semana, que revelou uma piora na avaliação do presidente Jair Bolsonaro.
O dólar comercial caiu 0,62%, cotado a R$ 3,8491 na venda, ao passo que o dólar futuro com vencimento em maio teve queda de 0,61% a R$ 3,855. Por outro lado, o principal índice de ações da B3 fechou em leve alta de 0,27%, a 97.369 pontos com volume de R$ 11,97 bilhões. Os juros futuros fecharam sem sustos, com o DI para janeiro de 2021 estável em 7,04% e o DI para janeiro de 2023 avançando cinco pontos-base a 8,19%.
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O apoio da Câmara dos Deputados à reforma da Previdência subiu, segundo levantamento do Estadão com parlamentares. Em pesquisa publicada ontem, o jornal aponta que 198 deputados votariam a favor da reforma. Deste total, 69 aprovariam o texto como foi enviado, enquanto 129 condicionariam a ajustes.
Já outros 95 afirmaram que votariam contra e 215 não opinaram. Foram contatados 508 de 513 deputados nas últimas duas semanas. Em 21 de março, a mesma pesquisa indicava que 180 deputados se mostravam dispostos a aprovar o texto.
Enquanto isso, pesquisa Datafolha também publicada ontem destacava que Bolsonaro é o presidente com a pior avaliação nos três primeiros meses de mandato desde a redemocratização. A pesquisa revelou que 32% dos entrevistados consideram “ótimo ou bom” o governo, 33% “regular” e 30% “ruim ou péssimo”.
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Outra pesquisa do Datafolha ressalta que, após atingir níveis recordes às vésperas da posse, a porcentagem de brasileiros otimistas com a melhoria da economia nos próximos meses recuou de 65% em dezembro para 50% em abril. Já a parcela dos que esperam por uma piora foi de 9% para 18% no período. Ainda segundo a publicação, o governo Bolsonaro cumpriu só um terço até agora de suas metas para os primeiros 100 dias de governo.
Hoje à tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o final do governo militar foi “extremamente conturbado” do ponto de vista econômico. Segundo ele, as consequências de crises cambiais desse período são sentidas até hoje. O chefe da equipe econômica do governo falou no encontro “E Agora Brasil?” realizado pelos jornais Valor e O Globo. Em sua palestra, Guedes fez um breve panorama sobre os últimos 40 anos das políticas econômicas do País. “Há um vilão nesses 40 anos que é o descontrole dos gastos públicos”, afirmou.
Cenário externo
No exterior, os índices Dow Jones e S&P 500 dos Estados Unidos fecharam em sentidos opostos. O Dow caiu 0,32% a 26.341 pontos, enquanto o S&P subiu 0,1% a 2.896 pontos. Os investidores ficaram à espera de sinais de avanço na guerra comercial com a China, antes da temporada de balanços.
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Já na agenda de indicadores norte-americanos, os pedidos às fábricas e encomendas de bens duráveis vieram em linha com o esperado, caindo 0,5% e 1,6% respectivamente em fevereiro.
As principais bolsas da Europa e da Ásia fecharam em queda. Entre as commodities, os preços do petróleo avançaram para a maior alta em cinco meses, em meio a cortes da produção por parte da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Já a cotação do minério de ferro, após o feriado de sexta-feira na China, operou em alta, ainda repercutindo às preocupações em relação à redução da oferta do produto.
As bolsas na Europa operam esta segunda-feira em baixa por conta das incertezas em relação à saída do Reino Unido da União Europeia, que deverá ocorrer em 12 de abril, se a UE não conceder mais tempo para o Brexit. O mercado repercute um vídeo de Theresa May em que a primeira-ministra faz um apelo para os que parlamentares aprovem um acordo. Segundo ela, o país deve sair com um acordo ou não sair mais do bloco. Entre as principais economias do bloco, o destaque fica com Alemanha que registrou um superávit comercial de 18,7 bilhões de euros em fevereiro, acima dos dados de janeiro e das previsões.
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Na Ásia, as bolsas do Japão e da China fecharam em baixa. O mercado repercute informação do Banco do Japão que rebaixou sua avaliação econômica de três das nove regiões do País, em meio às preocupações quando a produção e as exportações.
Enquanto isso, na China, as reservas cambiais do País subiram pelo quinto mês consecutivo, para o maior patamar em sete meses, para US$ 3,099 trilhões. O mercado ainda avalia a posicionamento do governo chinês de estímulo à atividade econômica por meio da redução dos depósitos compulsórios bancários.
Noticiário corporativo
A Petrobras deverá seguir no radar dos investidores com a confirmação da venda da TAG para a Engie e o fundo canadense CDPQ, por US$ 8,6 bilhões. A previsão é de que a operação seja concluída em maio. Segundo o presidente da petroleira, a venda da TAG foi a maior operação de fusão e aquisição já realizada pela companhia. Citando o UBS, o Valor Econômico aponta que a venda poderá reduzir em cerca de 10% a dívida líquida da companhia.
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Enquanto segue se beneficiando da valorização do preço do minério de ferro, os acionistas da Vale estão tratando da formação do conselho de administração que será formado na próxima assembleia, do dia 30. A intenção é aprimorar a governança e buscar novas competências para o colegiado, após a tragédia de Brumadinho. Na proposta, os controladores elevaram de 12 para 13 o total de assentos, elevando de duas para três as vagas de membros independentes.
Acionistas da CCR querem impedir que a empresa pague R$ 71 milhões a ex-executivos acusados de participação em esquema de corrupção, como forma de estimular a colaborar nas investigações do Ministério Público. Os minoritários tentarão proibir o pagamento na assembleia marcada para o dia 22 de abril, ressalta o Valor Econômico.
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
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Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
JBSS3 | JBS ON | 17,09 | +2,95 | +47,45 | 183,62M |
BRAP4 | BRADESPAR PN | 33,16 | +2,63 | +6,81 | 45,68M |
VALE3 | VALE ON | 53,30 | +2,54 | +4,51 | 697,64M |
CSNA3 | SID NACIONALON | 17,20 | +2,32 | +94,57 | 160,68M |
PETR3 | PETROBRAS ON N2 | 32,72 | +2,09 | +28,82 | 197,06M |
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
BTOW3 | B2W DIGITAL ON | 39,15 | -4,98 | -6,83 | 80,35M |
GOLL4 | GOL PN N2 | 24,18 | -4,73 | -3,67 | 69,83M |
LAME4 | LOJAS AMERICPN | 16,09 | -3,65 | -18,01 | 94,65M |
VVAR3 | VIAVAREJO ON | 4,38 | -3,31 | -0,23 | 39,83M |
UGPA3 | ULTRAPAR ON | 45,45 | -3,30 | -13,43 | 74,83M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
PETR4 | PETROBRAS PN N2 | 29,20 | +1,46 | 1,53B | 1,74B | 54.933 |
VALE3 | VALE ON | 53,30 | +2,54 | 697,64M | 1,05B | 33.840 |
MGLU3 | MAGAZ LUIZA ON | 165,90 | -2,41 | 397,54M | 167,88M | 5.168 |
CSAN3 | COSAN ON | 45,94 | -0,13 | 290,49M | 73,94M | 11.049 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCOPN ED | 34,29 | -0,75 | 283,01M | 711,55M | 28.351 |
BBAS3 | BRASIL ON | 48,96 | -0,31 | 277,39M | 599,79M | 15.757 |
BBDC4 | BRADESCO PN EJB | 36,35 | -0,14 | 268,41M | 563,14M | 25.367 |
BRDT3 | PETROBRAS BRON | 23,94 | -2,33 | 224,63M | n/d | 12.390 |
PETR3 | PETROBRAS ON N2 | 32,72 | +2,09 | 197,06M | 368,40M | 11.901 |
CMIG4 | CEMIG PN | 14,34 | +2,06 | 185,01M | 136,07M | 29.117 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
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