Ibovespa sobe e fecha acima de 96 mil pontos com alívio externo; dólar cai 1%

Índice começa abril em clima de alívio com noticiário político mais tranquilo e bons dados na China animando mercado global

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após um mês de março turbulento, abril começa com ânimo para os mercados mundiais e também para o Brasil, em meio ao maior otimismo com relação à reforma da Previdência após a tensão política se apaziguar, enquanto a China ajuda a impulsionar os índices pelo mundo.

Com isso, o Ibovespa fechou com alta de 0,67%, aos 96.054 pontos, com o volume financeiro atingindo R$ 13,429 bilhões. Enquanto isso, o dólar comercial teve queda de 1,00%, cotado a R$ 3,8763 na venda, ao passo que o dólar futuro com vencimento em maio caiu 1,20%, a R$ 3,881. 

Os juros futuros também abriram o trimestre em queda, em linha com a baixa do dólar. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 teve queda de 9 pontos-base, a 7,05%, enquanto o com vencimento em janeiro de 2023 caiu 12 pontos-base, a 8,12%. 

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Os dados da atividade manufatureira da China foram o destaque do mercado internacional, com os números apresentando seu maior ritmo de crescimento em oito meses. O índice PMI da indústria chinesa, que registrou um avanço inesperado, encerrou março em 50,5, ante uma projeção do mercado de 49,5. A notícia gera alívio aos investidores em meio aos receios de uma desaceleração da economia chinesa.

As bolsas internacionais fecharam em alta sob à expectativa de avanço nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com representantes dos dois países se reunindo essa semana em Washington. Autoridades norte-americanas apresentaram propostas aos chineses, como de transferência tecnologias, que vão além dos compromissos estabelecidos anteriormente.

O movimento de redução das tensões entre as duas maiores economias globais e especulações sobre eventuais reduções dos juros nos EUA podem ajudar a impulsionar alguns ativos de risco ao redor do mundo.

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No mercado de commodities, os contratos futuros do preço do minério de ferro fecharam no maior nível em quase duas semanas, em meio a dados mais positivos da indústria e chinesa e os desdobramentos da redução da produção da Vale.

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Altas e baixas da bolsa

Entre os destaques do mercado, a Vale e a CSN registraram forte alta acompanhando a arrancada do minério de ferro. 

Enquanto isso, a Equatorial caiu após os resultados do quarto trimestre. A companhia encerrou o período de outubro a dezembro do ano passado com um lucro líquido ajustado de R$ 290 milhões, cifra 1% superior aos ganhos do mesmo intervalo de 2017.

Previdência

O governo do presidente Jair Bolsonaro ingressa no seu quarto mês de mandato com todas as atenções voltadas à articulação de seu governo com o andamento da Reforma da Previdência no Congresso.

Os investidores e os analistas vão seguir atentos às manifestações dos parlamentares em relação à tramitação do texto, principalmente após a escolha do relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Delegado Marcelo Freitas, pertencente ao PSL. 

Guedes deverá falar na CCJ na próxima quarta-feira sobre a reforma da Previdência, o que deverá trazer uma melhor indicação ao mercado sobre as expectativas de andamento da proposta.

De acordo com informações do Valor Econômico, a Previdência saiu do ponto morto e tem maioria na CCJ. Se votação fosse hoje, o levantamento do jornal mostra que reforma teria 35 votos a favor na CCJ, 21 contra e 10 indecisos.

Impostos
Pelo Twitter, o presidente Bolsonaro afirmou no final de semana que o Ministério da Economia estuda reduzir a carga de tributos sobre as empresas, em uma tentativa de reaquecer a economia, aos moldes da praticada nos Estados Unidos, pelo governo Trump.

Segundo ele, a redução da alíquota de Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica seria compensada pela tributação dos dividendos das companhia. Bolsonaro afirmou que a medida tem como objetivo gerar “competitividade interna, empregos, barateamento de produtos e competitividade também no exterior”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.