Ibovespa Futuro sobe mais de 1% impulsionado por China e maior ânimo sobre Previdência; dólar cai

Os dados da atividade manufatureira da China são o destaque do mercado nesta manhã, com os números apresentando seu maior ritmo de crescimento em oito meses

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Abril começa com ânimo para os mercados mundiais e também para o Brasil, em meio ao maior otimismo com relação à reforma da Previdência após a tensão política se apaziguar, enquanto a China impulsiona os índices pelo mundo. Com isso, o contrato futuro do Ibovespa tem alta de 1,40% às 9h08 (horário de Brasília) desta segunda-feira (1), a 96.650 pontos, enquanto o dólar comercial tem queda de 0,97%, a R$ 3,890. 

Os dados da atividade manufatureira da China são o destaque do mercado nesta manhã, com os números apresentando seu maior ritmo de crescimento em oito meses. O índice PMI da indústria chinesa, que registrou um avanço inesperado, encerrou março em 50,5, ante uma projeção do mercado de 49,5. A notícia gera alívio aos investidores em meio aos receios de uma desaceleração da economia chinesa.

Ainda do lado asiático, as bolsas operam em alta sob à expectativa de avanço nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com representantes dos dois países se reunindo essa semana em Washington. Autoridades norte-americanas relaram os chineses apresentaram propostas, como de transferência tecnologias, que vão além dos compromissos estabelecidos anteriormente.
O movimento de redução das tensões entre as duas maiores economias globais e especulações sobre eventuais reduções dos juros nos EUA podem ajudar a impulsionar alguns ativos de risco ao redor do mundo.

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No mercado de comodities, os contratos futuros do preço do minério de ferro fecharam no maior nível em quase duas semanas, em meio a dados mais positivos da indústria e chinesa e os desdobramentos da redução da produção da Vale.

Previdência

O governo do presidente Jair Bolsonaro ingressa no seu quarto mês de mandato com todas as atenções voltadas à articulação de seu governo com o andamento da Reforma da Previdência no Congresso.

Os investidores e os analistas vão seguir atentos às manifestações dos parlamentares em relação à tramitação do texto, principalmente após a escolha do relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Delegado Marcelo Freitas, pertencente ao PSL. 

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Guedes deverá falar na CCJ na próxima quarta-feira sobre a reforma da Previdência, o que deverá trazer uma melhor indicação ao mercado sobre as expectativas de andamento da proposta.

De acordo com informações do Valor Econômico, a Previdência saiu do ponto morto e tem maioria na CCJ. Se votação fosse hoje, o levantamento do jornal mostra que reforma teria 35 votos a favor na CCJ, 21 contra e 10 indecisos.

 Impostos

Pelo Twitter, o presidente Bolsonaro afirmou no final de semana que o Ministério da Economia estuda reduzir a carga de tributos sobre as empresas, em uma tentativa de reaquecer a economia, aos moldes da praticada nos Estados Unidos, pelo governo Trump.

Segundo ele, a redução da alíquota de Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica seria compensada pela tributação dos dividendos das companhia. Bolsonaro afirmou que a medida tem como objetivo gerar “competitividade interna, empregos, barateamento de produtos e competitividade também no exterior”.

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Noticiário corporativo

Após a divulgação na semana passada de um balanço financeiro ainda sem os impactos do rompimento da barragem de Brumadinho, no final de janeiro, os investidores da Vale devem seguir atentos à valorização do preço do minério de ferro, que deve guiar as perspectivas de uma obtenção de maior receita com as vendas da commodity, mesmo com a redução da produção. As ações da mineradora podem reagir positivamente ainda ao alinhamento dos acionistas da companhia, que vão indicar uma chapa única para o conselho de administração.

Os investidores devem ficar atentos ainda à Petrobras, que no final de semana afirmou desconhecer quando e em quais condições as discussões sobre a cessão onerosa com o governo Federal será concluída, em meio às discussões com o Ministério da Economia e de Minas e Energia.

Os investidores devem ficar de olho ainda ao balanço da Cemig, cuja divulgação foi adiada para esta segunda-feira. Vale destacar que PDG, Equatorial e Celesc divulgaram seus números referentes ao quarto trimestre do ano passado.  Em recuperação judicial, a PDG apresentou um prejuízo líquido de R$ 130 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo um lucro de R$ 1,281 bilhão do mesmo período de 2017. No ano passado, as perdas totais da construtora somaram R$ 839 milhões.

A companhia de energia catarinense Celesc registrou um prejuízo líquido (IFRS) de R$ 17,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo um lucro de um ano antes, de R$ 4,9 milhões. A Equatorial encerrou o período de outubro a dezembro do ano passado com um lucro líquido ajustado de R$ 290 milhões, cifra 1% superior aos ganhos do mesmo intervalo de 2017. Por fim, a TAM realiza OPA para cancelamento do registro da Multiplus na B3 às 15h. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.