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SÃO PAULO – Conseguindo se salvar nos últimos dois pregões do mês de março, o mercado começa abril completamente voltado para a política nacional e o andamento da reforma da Previdência no Congresso. Enquanto isso, no exterior a semana terá dados importantes da economia norte-americana, além da questão da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Os investidores começam o mês acompanhando a viagem do presidente Jair Bolsonaro à Israel, onde fica até o meio da semana. Porém, é o seu retorno que será muito aguardado, já que ele prometeu que vai “filar uma boia” na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Após troca de farpas entre as duas autoridades estressar o mercado até o meio da semana semana passada, o clima ganhou alívio desde quinta-feira e o mercado espera que o encontro da próxima semana sele uma trégua que permita o avanço da reforma.
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Por falar na Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que irá à CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) esta semana, após cancelar sua participação na comissão semana passada. Ele não deverá encontrar um ambiente muito amigável e enfrentará duros questionamentos dos deputados.
Em meio ao clima de “pacificação” no cenário político, há a expectativa pela tramitação do projeto anticrime do ministro Sérgio Moro. Na semana passada ele conversou com Rodrigo Maia e selou uma paz após troca de farpas na semanas anteriores e o projeto pode começar a caminhar no Congresso nos próximos dias.
Agenda de indicadores e exterior
Entre os indicadores domésticos, a semana é mais tranquila, com destaque para a produção industrial de fevereiro. A estimativa mediana segundo pesquisa feita pela Bloomberg com analistas aponta para uma alta de 1,5% na comparação mensal, após uma queda de 0,8% em janeiro.
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Na agenda internacional, destaque para os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, com o relatório de emprego na sexta-feira (5). O indicador ganha destaque em meio ao cenário de enfraquecimento da maior economia do mundo e temores sobre a possibilidade de uma recessão em breve.
Na Europa, as atenções se mantêm no Reino Unido e o debate sobre o Brexit após a primeira-ministra Theresa May ter seu acordo rejeitado pela terceira vez no Parlamento. Agora o mercado tenta entender qual será o futuro da relação com a União Europeia, com a saída marcada, por enquanto, para o dia 12 de abril.
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