Ibovespa chega a 100 mil pontos e bate marca histórica

O mercado registra alta de olho no noticiário sobre reforma da Previdência e seguindo o cenário internacional

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Com alta de 0,90%, às 14h44 (horário de Brasília), o Ibovespa superou a histórica marca dos 100 mil pontos. Em seguida, o índice passou a oscilar em torno da marca, chegando na máxima aos 100.037 pontos. Às 15h05, o índice operava com ganhos de 0,80%, aos 99.927 pontos.

No mesmo horário, o dólar comercial tinha queda de 0,67%, cotado a R$ 3,7951 na venda, ao passo que o dólar futuro com vencimento em abril recuava 0,64%, a R$ 3,791. Já os juros futuros recuavam, com os contratos para janeiro de 2021 caindo 5 pontos-base, a 6,94%, enquanto os DIs de janeiro de 2023 tinha perdas de 4 pontos, para 8,01%.

O mercado registra alta de olho no noticiário sobre reforma da Previdência e seguindo o noticiário internacional, com o mercado à espera das reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) e do Fomc (Federal Open Market Committee).

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A expectativa é que o Fed mantenha seus juros básicos no encontro de terça e quarta-feira (19 e 20) e reduza suas projeções para futuros aumentos das taxas, assim como para o crescimento econômico dos EUA, além de planejar a redução do seu balanço patrimonial, que é formado por quase US$ 3,8 trilhões em títulos.

Mais cedo, as ações sofreram com grande volatilidade de olho também no vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 13,266 bilhões no segmento Bovespa da B3. Desta soma, R$ 10,864 bilhões foram gerados pelas opções de compra, enquanto os outros R$ 2,402 bilhões foram da ponta da venda.

Destaques de ações
As ações do setor de frigoríficos seguem em alta ainda repercutindo o “efeito China”, em meio ao surto de peste suína no país, com potencial de alavancar a exportação de empresas brasileiras de carne para o gigante asiático. As ações da Ambev também sobem forte em meio à notícia de que houve a maior venda de cerveja em quatro anos, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja.

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Já as ações da Vale caem com o bloqueio pela Justiça de mais R$ 1 bilhão, visando garantir eventual ressarcimento de prejuízos decorrentes da evacuação ocorrida na comunidade de São Sebastião das Águas Claras-Macacos (MG), além da parada da Operação da Mina de Timbopeba, em Ouro Preto (MG).

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 MRFG3 MARFRIG ON 6,25 +4,17 +14,47 22,40M
 JBSS3 JBS ON 15,45 +4,04 +33,30 106,58M
 ABEV3 AMBEV S/A ON 17,42 +3,94 +13,26 263,89M
 GOLL4 GOL PN N2 28,58 +3,55 +13,86 63,84M
 CSNA3 SID NACIONALON 16,16 +3,52 +82,81 140,56M

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 BRML3 BR MALLS PARON 12,94 -1,75 -0,99 82,94M
 IGTA3 IGUATEMI ON 41,24 -1,32 -0,35 37,49M
 ECOR3 ECORODOVIAS ON 9,95 -1,09 +6,08 39,90M
 RADL3 RAIADROGASILON 67,91 -1,09 +18,83 43,91M
 NATU3 NATURA ON 46,19 -1,01 +3,21 92,05M
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)

Bolsonaro e Guedes nos EUA

Em Washington (EUA), o presidente Jair Bolsonaro tem reuniões hoje  com o ex-secretário do Tesouro norte-americano Henry “Hank” Paulson, participa de cerimônia de assinatura de atos e janta com executivos do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos. No final da tarde, participa da cerimônia de assinatura de atos. As atenções estão voltadas para o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos. 

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, reúne-se com secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer e participa de mesa redonda com empresário e de painel sobre futuro da economia brasileira.

Amanhã está previsto o encontro de Bolsonaro com o presidente Donald Trump, seguido por uma declaração à imprensa no Rose Garden. Logo após a reunião, o presidente irá ao cemitério de Arlington.

Bolsonaro deve chegar a Brasília na quarta-feira (20). Em seguida, no dia 21, irá para o Chile onde participa da Cúpula do Prosur, grupo que se destina a implementar medidas de interesse dos países da América do Sul.

Reforma da Previdência

Os integrantes da equipe econômica do governo se reuniram neste sábado com membros das Forças Armadas para afinar o projeto que altera a previdências dos militares. A intenção do governo é que a proposta seja apresentada na quarta ao Congresso.

Segundo o Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a equipe econômica ainda analisa algumas ponderações feitas pelos militares. “Eles alertam, o que é legítimo, que é preciso se pensar daqui para a frente na reestruturação das carreiras militares como nos últimos anos se fez com as carreiras civis”, afirmou. Ele cita disparidades salariais e benefícios que não constam nas carreiras militares.

Contudo, Bolsonaro informou neste domingo que não recebeu ainda a versão do projeto de lei que trata da previdência dos militares. Em sua conta no Facebook, ele disse ainda que, “possíveis benefícios, ou sacrifícios, serão divididos entre todos, sem distinção de postos ou graduações”.  

Vale ressaltar que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste sábado, após almoço com presidentes dos três Poderes, que quer começar a votar a reforma da Previdência no plenário até o final de maio.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.