Com Petrobras, Vale e Itaúsa, vencimento de opções movimenta R$ 13,3 bilhões na B3

Desta soma, R$ 10,864 bilhões foram gerados pelas opções de compra, enquanto os outros R$ 2,402 bilhões foram da ponta da venda

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O exercício de opções sobre ações movimentou nesta segunda-feira (18) R$ 13,266 bilhões no segmento Bovespa da B3. Desta soma, R$ 10,864 bilhões foram gerados pelas opções de compra, enquanto os outros R$ 2,402 bilhões foram da ponta da venda.

Entre os cinco contratos mais movimentados, dois foram originados das ações preferenciais da Petrobras (PETR4), sendo ambos via opções de compra.

A opção mais movimentada do mês, com R$ 864,6 milhões de volume financeiro, foi a “call” da estatal com strike R$ 27,25, enquanto a opção de compra a R$ 28,25 ficou na terceira colocação, movimentando R$ 696,0 milhões.

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Além dos contratos de Petrobras, a opção de compra de Itaúsa (ITSA4) com strike em R$ 9,52 registrou o segundo maior volume financeiro neste vencimento, acumulando R$ 761,9 milhões. Enquanto isso, a “call” de Itaúsa a R$ 11,52 movimentou R$ 497,5 milhões, ficando na quinta colocação.

Completando a lista ficaram as opções de compra de Vale (VALE3) a R$ 47,30, na quarta colocação, movimentando R$ 550,5 milhões.

O que é uma opção?

A opção é um derivativo negociado na Bolsa de Valores. E como qualquer derivativo, seu preço “deriva” da oscilação do ativo ao qual ela se lastreia – no caso de uma opção de ação, o contrato varia de acordo com as oscilações desta ação na Bovespa. 

Quem compra uma opção está adquirindo o “direito” de comprar ou vender alguma ação; já quem vende a opção tem a obrigação de atender a exigência daquele que comprou o contrato.

Existem dois tipos de opções: de compra (call) e de venda (put). Quando um investidor compra uma “call”, ele está adquirindo o direito de comprar uma determinada ação a um preço já estabelecido (que é preço de exercício, ou “strike”) até um dia de vencimento já firmado.

Para o investidor que compra uma “put”, ele está adquirindo o direito de vender uma ação até um dia determinado a um valor já estabelecido.

Vencimento eleva volatilidade

A forte oscilação verificada em dias de vencimento de derivativos reflete a disputa entre “comprados” e “vendidos”. De modo geral, os “comprados” apostam na alta das ações, enquanto os “vendidos” visam o fraco desempenho dos papéis.

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Neste cenário, os “comprados” tendem a adquirir grandes quantidades de ações, na tentativa de elevar seu preço, enquanto os “vendidos” promovem a venda dos papéis, com o intuito de derrubar as cotações.

Vale lembrar que esse movimento ganha força na medida em que as ações mais negociadas nos contratos de opções costumam carregar participação significativa no Ibovespa.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.