Bradesco BBI eleva projeção para o Ibovespa para 116 mil pontos e destaca setores preferidos

Ganhos maiores por ação e ajuste fiscal profundo são as apostas dos estrategistas

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O Ibovespa encostou nos 100 mil pontos no começo de fevereiro, mas tem ficado cada vez mais distante desse patamar. Porém, apesar do cenário mais negativo das últimas sessões, a equipe de estratégia do Bradesco BBI segue otimista com o índice, inclusive elevando a perspectiva para o índice de 112 mil para 116 mil pontos para o fim de 2019. Dentro da América Latina, o banco possui classificação overweight – exposição acima da média do mercado – para o mercado brasileiro.

Os dois principais motivos para essa avaliação não são consenso no mercado, afirmam. Os estrategistas do banco esperam por uma alavancagem operacional (impacto positivo do crescimento nas vendas sobre o lucro bruto) maior que o esperado e crescimento nos lucros das empresas, além da alta probabilidade de um ajuste fiscal, partindo, claro, da reforma previdenciária. 

“As ações brasileiras parecem baratas, negociando em múltiplos ligeiramente abaixo da média histórica e com prêmio de risco 2,3 pontos percentuais maiores que a média. Estamos otimistas com ajustes fiscais profundos, mas reconhecemos os riscos elevados, particularmente em março-maio, quando o governo construirá sua base de coalizão no Congresso e a reforma da Previdência provavelmente será diluída”, explicam os estrategistas liderados por André Carvalho, em relatório enviado a clientes. 

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Ele calcula um crescimento de 34% nos lucros em dólares das companhias, valor bem acima do consenso de 23% do mercado. A estimativa é impulsionada pelas estatais, que devem ter ganhos de 45% ante os 30% das privadas. Os ganhos por ação são de 27% quando excluídas a Vale e a Petrobras, projeta o time de análise. 

Embora haja risco, um ajuste fiscal profundo pode reduzir as taxas de desconto nos papéis, estender o ciclo de crescimento e abrir espaço para medidas adicionais de ajuste, como privatizações e venda de ativos, observa o Bradesco BBI. 

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Dessa forma, os analistas avaliam que os retornos estão assimétricos na bolsa brasileira, com sentido ascendente. Assim, o Bradesco BBI destaca estar exposto a ações que devem apresentar fortes ganhos por ação, em papéis que devem se beneficiar da quedas das taxas de juros de longo prazo e aos ganhos nas estatais, com destaque para os setores de consumo discricionário (bens duráveis, vestuário, etc), serviços públicos e a Petrobras (PETR3;PETR4).  Na ponta negativa, os analistas destacam os setores de telecomunicação, tecnologia e do setor de saúde. 

No portfólio para a América Latina do banco, dentre as brasileiras, estão as ações do Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), B3 (B3SA3), CVC (CVCB3), Lojas Renner (LREN3), Energisa (ENGI11), Rumo (RAIL3), Suzano (SUZB3), Gerdau (GGBR4) e Petrobras (PETR4).