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SÃO PAULO – A temporada de resultados chama atenção nesta sexta-feira (22), com os balanços do Magazine Luiza, Natura, B3, Suzano, Multiplan, entre outras empresas. Confira os destaques:
Magazine Luiza (MGLU3)
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O Magazine Luiza viu seu lucro líquido avançar 14,5% no quarto trimestre de 2018, para R$ 189,6 milhões, enquanto no acumulado do ano passado o lucro ficou em R$ 597,4 milhões, um avanço de 53,6% ante os R$ 389,0 milhões de 2017.
A receita líquida da companhia, por sua vez, teve alta de 27,3% no quarto trimestre, passando de R$ 3,32 bilhões para atuais R$ 4,61 bilhões. Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 353,5 milhões entre outubro e dezembro, uma alta de 13% em um ano.
No acumulado de 2018, a receita da varejista subiu 30,1%, para R$ 15,59 bilhões, enquanto o Ebitda fechou o ano passado em R$ 1,25 bilhão, um avanço de 20,8%.
As vendas do e-commerce cresceram 57,4% no quarto trimestre, comparado ao crescimento do mercado de 13,4% (E-bit) e representaram 37,7% das vendas totais, destacou a companhia em seu release de resultado.
- “Esperamos uma reação positiva do mercado. Os números mostram uma continuação de fortes tendências de crescimento e até mesmo aceleração no e-commerce, apesar de uma base de comparação difícil”, afirmam os analistas do Bradesco BBI.
- Eles ressaltam que, embora a margem Ebitda tenha caído (como esperado), o fato de a contração ser menor do que esperavam mostra que, apesar de investir em iniciativas futuras de crescimento, os custos permanecem firmemente sob controle.
- Além dos números fortes, é provável que os comentários da gerência em torno do desenvolvimento de um “super app” criem entusiasmo com o crescimento futuro da empresa e seu potencial para alavancar seus 17 milhões de clientes ativos.
- “No geral, o quarto trimestre de 2018 é outra demonstração dos pontos fortes do modelo de negócios e da equipe do Magazine Luiza e é provável que continue a superar as preocupações (mantidas por nós mesmos) em torno do valuation e das altas expectativas (que estão sendo superadas)”, avaliam os analistas.
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B3 (B3SA3)
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A B3 fechou o quarto trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 715 milhões, uma alta de 12,5% ante os R$ 635,8 milhões registrados um ano antes. A receita líquida, por sua vez, aumentou 27,1%, passando de R$ 1,03 bilhão para R$ 1,31 bilhão.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) fechou o trimestre em R$ 913,7 milhões, um avanço de 35,8% ante os R$ 672,9 milhões do fim de 2017. A margem Ebitda passou de 66,6% para atuais 69,6%.
Natura (NATU3)
A Natura registrou um lucro líquido consolidado no quarto trimestre de 2018 de R$ 381,7 milhões, representando uma expansão de 48,7% frente ao lucro de R$ 256,8 milhões reportado no mesmo período de 2017. No ano passado, o lucro líquido somou R$ 548,4 milhões, uma queda de 18,2% ante o lucro de R$ 670 milhões registrado em 2017.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 714,6 milhões no quarto trimestre, uma expansão de 13,7% sobre o mesmo período de 2017. A margem Ebitda foi de 16,5%, o que significou uma queda de 0,4 ponto porcentual. Em 2018, o Ebitda somou R$ 1,846 bilhão, cifra 6% superior a 2017, com uma margem de 13,8% (-3,9 p.p.).
A receita líquida consolidada somou R$ 4,335 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 16,1%, enquanto o lucro bruto avançou 16,5%, para R$ 3,071 bilhões, resultando numa margem bruta de 70,8% (+0,2 p.p.). No ano, a receita avançou 36%, para R$ 13,397 bilhões e o lucro bruto cresceu 38,5%, para R$ 9,614 bilhões, gerando uma margem bruta de 71,8% (+1,3 p.p.).
Multiplan (MULT3)
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A Multiplan fechou o quarto trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 112,7 milhões, uma queda de 16,5% sobre mesmo período de 2017. No acumulado do ano passado, o lucro ficou em R$ 472,9 milhões, uma alta de 28% em um ano.
Enquanto isso, a receita líquida ficou em R$ 348,1 milhões entre outubro e dezembro, uma alta de 7,6% na comparação anual. No ano, a receita subiu 6,3%, para R$ 1,2 bilhão. Já o Ebitda caiu 6,1% no quarto trimestre, a R$ 229,8 milhões, ao passo que em 2018 houve uma alta de 14,7%, para R$ 946,9 milhões.
As vendas nas mesmas lojas (SSS), que representam as vendas em lojas abertas há no mínimo 12 meses, cresceram 2,6% em 2018, com destaque para o segmento Artigos do Lar & Escritório, que subiu 7,6%.
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Suzano (SUZB3)
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A Suzano reportou lucro líquido pro forma (incluindo as operações da Fibria) de R$ 2,987 bilhões no quarto trimestre de 2018, desempenho 368% acima do lucro registrado um ano antes. A performance também ficou 192% acima do lucro de R$ 1,022 bilhão do terceiro trimestre de 2018.
Excluindo Fibria, a Suzano obteve lucro líquido de R$ 1,462 bilhão no quarto trimestre, indicando um salto de 308,5% ante lucro de R$ 358 milhões de igual período do ano anterior e revertendo prejuízo de R$ 108 milhões do terceiro trimestre.
O Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) pro forma da nova Suzano, principal métrica de desempenho da empresa, passou para 20,8% ao final de dezembro. No final de 2017, o ROIC estava em 14,5%.
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De outubro a dezembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado pro forma da Suzano, termômetro do mercado para mensurar a capacidade operacional das empresas, atingiu R$ 3,550 bilhões. A performance representa um avanço de 4% ante igual intervalo de 2017 e queda de 34% ante o trimestre imediatamente anterior. A margem Ebitda ajustado pro forma passou de 59% em setembro para 52% em dezembro. Em dezembro de 2017, a margem estava em 51%.
Sem a Fibria, a Suzano teria reportado Ebitda ajustado de R$ 1,595 bilhão, alta de 11,9% em relação a um ano antes e queda de 24,7% frente ao terceiro trimestre.
A receita líquida pro forma da Suzano totalizou R$ 7,242 bilhões no quarto trimestre de 2018, alta de 1% em relação ao mesmo período de 2017 e queda de 6% frente ao terceiro trimestre. Excluindo a Fibria, a Suzano teria reportado receita de R$ 3,229 bilhões, alta de 2,8% em relação a um ano antes e queda de 19,4% frente ao terceiro trimestre.
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Em 2018, o lucro líquido pro forma da Suzano cresceu 16% ante o ano anterior, para R$ 3,378 bilhões. Na mesma base de comparação, o Ebitda ajustado pro forma registrou um salto de 71%, para R$ 16,361 bilhões, com a margem Ebitda avançando de 46% para 55%. No ano, a receita líquida aumentou 42%, somando R$ 31,7 bilhões.
Localiza (RENT3)
A Localiza registrou um lucro líquido de R$ 181,4 milhões no quarto trimestre, um aumento de 4% ante mesma etapa de 2017.
A empresa de aluguel de veículos e de gestão de frotas registrou ainda um Ebitda de R$ 449 milhões no período, alta de 16,2% na base anual.
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Hypera (HYPE3)
A Hypera teve lucro de R$ 309,8 milhões no quarto trimestre de 2018, 30,4% abaixo na base de comparação anual. Já a receita teve queda de 6,5%, para R$ 927,5 milhões na mesma base de comparação.
O Ebitda das operações continuadas registrou baixa de 9,9%, para R$ 328,3 milhões.
Em 2018, a Hypera teve lucro líquido de R$ 1,13 bilhão, alta de 17% na comparação anual, enquanto a receita subiu 6,4%, para R$ 3,72 bilhões.
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TIM (TIMP3)
A TIM anunciou seu plano para o próximo triênio, informando que planeja investir ao redor de R$ 12,5 bilhões entre 2019 e 2021. Os recursos serão destinados à ampliação e modernização da infraestrutura de rede e tecnologia da informação, especialmente no 4G, 4,5G e fibra óptica até a casa do cliente. No plano anterior, de 2018 a 2020, o valor era de R$ 12 bilhões.
Para a receita de serviços, a empresa estabeleceu meta de crescimento de 3% a 5% no curto prazo e de um dígito médio no longo.
“Embora o novo guidance esteja em grande parte alinhada com as nossas estimativas, as projeções de receita foram ligeiramente menores do que esperávamos e as projeções de investimento foram levemente mais altas do que nossos números e as orientações anteriores (2018-20)”, destacam os analistas do Itaú BBA.
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CVC (CVCB3)
A CVC divulgou o balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2018, completando o ciclo do ano. A gigante do turismo teve lucro líquido ajustado de R$ 318,7 milhões nos 12 meses, crescimento de 27,2% com relação a 2017.
Em reservas de viagens (que representam as vendas) o crescimento foi de 31,3% na comparação com 2017, totalizando R$ 3,7 bilhões. As vendas nas mesmas lojas (“SSS”) apresentaram crescimento de 6,3% no 4T18 e 6,1% no ano de 2018.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 196,5 milhões no trimestre e R$ 721,6 milhões em 2018, aumento de 14,9% e 21,6% em relação ao quarto trimestre de 2017 e ao ano anterior, respectivamente.
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Considerado parte importante da transformação rumo ao futuro, o canal online viu crescimento de 70% no ano e 114,5% no trimestre, e a empresa fez pelo menos duas contratações importantes nessa área, sendo um ex-Google. Segundo Luiz Fernando Fogaça, presidente da companhia, esta área já conta com 130 funcionários, e “está indo” para 180.
Fora isso, o CEO destaca no trimestre o crescimento da categoria de negócios dentro do portfólio. “No final do ano, as viagens de negócios cresceram em linha com o lazer, algo que não vinha acontecendo”, disse o executivo em entrevista exclusiva ao InfoMoney. De acordo com ele, isso é reflexo da retomada da confiança dos empresários – que tende a melhorar ainda mais nos próximos trimestres. Confira a entrevista clicando aqui.
Gol (GOLL4)
O jornal Valor Econômico publicou que a Gol prepara uma nova operação para incorporação da controlada Smiles que a levará para o Novo Mercado e fará a família Constantino perder o controle majoritário do grupo. A reportagem diz que fontes próximas ao assunto relataram que os atuais donos continuarão no comando da gestão por meio de uma participação relevante, porém, inferior a 50% do capital.
Do outro lado, a Gol enviou comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em que afirma não ter sido consultada pela reportagem que “não há, na presente data, fatos concretos que sustentem as afirmações contidas na matéria com relação à potencial operação de reestruturação societária envolvendo a controlada Smiles”.
Via Varejo (VVAR3)
Na última quinta-feira, mesmo dia em que as ações da companhia fecharam em queda de 10,36%, no pior pregão desde 1 de outubro de 2018, a Via Varejo teve a recomendação reduzida de compra para neutra pela XP Research, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 7 para R$ 6.
A expectativa é de que a companhia, controladora das redes varejistas Casas Bahia e Ponto Frio, recupere seus resultados em 2019. Contudo, a elevação das incertezas frente a venda da Via Varejo para um investidor estratégico, – principalmente após o anúncio feito na noite de ontem pelo controlador Pão de Açúcar (PCAR4) e logo após um resultado fraco no quarto trimestre de 2018 – deve manter a pressão sobre as ações.
Na última quinta-feira, o GPA comunicou que segue em busca de um comprador para a Via Varejo até o final do ano. Contudo, em meio às dificuldades, a participação poderia ser alienada diretamente a mercado – e isso levaria mais um ano para se concretizar.
“Reconhecemos que o desinvestimento para um investidor estratégico pode, de fato, ser um gatilho relevante, potencialmente desencadeando uma OPA (Oferta Pública de Aquisição), mas o tempo e a probabilidade de se materializar são muito incertos, enquanto operacionalmente, após trimestres subsequentes de decepção, gostaríamos de entrega e visibilidade antes de recuperar a convicção”, destaca a analista da XP, Betina Roxo. Confira a análise clicando aqui.
Embraer (EMBR3)
De acordo com o jornal O Globo, o acordo entre a brasileira Embraer e a americana Boeing para criação de uma terceira fabricante de aviões, uma espécie de “Nova Embraer” chamada por enquanto de NewCo, abre a possibilidade da nova companhia concorrer com a “velha” Embraer no mercado de aviação executiva.
A concorrência entre as duas companhias está prevista no documento “Manual e Proposta da Administração para Participação na Assembleia Geral Extraordinária da Embraer”, divulgado para aprovação dos acionistas da fabricante de aviões em assembleia na próxima terça-feira (26).
O documento aponta que as duas podem desenvolver juntas aeronaves civis de até 50 lugares, mercado ocupado pela aviação executiva. Caso não cheguem a um acordo sobre a estratégia comercial das aeronaves, a NewCo “ poderá lançar referida aeronave isoladamente ou com outros parceiros, sem prejuízo de acordos futuros referentes a novos projetos”.
Vale (VALE3)
A Vale vai enfrentar uma terceira ação coletiva nos Estados Unidos relacionada à tragédia de Brumadinho. A nova ação foi protocolada na Corte Distrital Sul de Nova York e cita, além da companhia, os executivos Fabio Schvartsman (atual presidente da Vale), Murilo Ferreira (seu antecessor) e Luciano Siani Pires (diretor financeiro).
O processo foi movido por dois escritórios especializados neste tipo de processo: Pomerantz LLC e Bronstein, Gewirtz & Grossman. O Pomerantz coordenou ação coletiva contra a Petrobras, depois dos casos de corrupção apurados pela Operação Lava Jato. A companhia firmou acordo para pagar US$ 2,95 bilhões em indenizações.
A nova ação contra a Vale trata da aquisição de títulos da companhia, os ADRs, de 11 de abril de 2017 e 28 de janeiro de 2019. O processo demanda ressarcimento de perdas relacionadas à companhia, sobretudo a partir da tragédia de Brumadinho, com a alegação de que não atendeu leis sobre a prestação de informações a investidores.
Procurados, os escritórios de advocacia do caso não se manifestaram. A Vale disse não ter sido citada e frisou que se defenderá no momento oportuno.
(Com Agência Estado e Bloomberg)
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