Guedes pode destravar união entre Braskem e holandesa; vitória de BRF e JBS na China e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (22) 

Lara Rizério

(Divulgação/Braskem)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é movimentado, com o mercado atento à agenda de Paulo Guedes, em Davos, que pode destravar união entre Braskem e LyondellBasell. O novo indicado ao Conselho da Petrobras, a vitória de BRF e JBS na China, prévia operacional do Carrefour e outras notícias são destaque no mercado. Confira abaixo: 

Braskem (BRKM5)

Segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes começa agenda em Davos nesta terça com reunião que pode destravar a tentativa de unir Braskem e a holandesa LyondellBasell.

Em dezembro, a Bloomberg noticiou que LyondellBasell pretendia realizar oferta pela empresa neste ano, mas tinha intenção, antes, de falar com o novo governo brasileiro, segundo fontes a par do assunto.

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Petrobras (PETR3;PETR4)

O professor Nivio Ziviani foi indicado pelo governo federal para exercer o cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras. A companhia recebeu a comunicação de seu acionista controlador e agora a indicação passará pelos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da estatal. 

De acordo com a Petrobras, Ziviani é graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com mestrado em informática pela PUC-RJ e PhD em ciência da computação pela Universidade de Waterloo (Canadá). A nota da companhia informa que o professor é especialista em tecnologia da informação, sendo “destacado acadêmico e empreendedor”.

BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3)

De acordo com a Reuters, o Ministério de Comércio da China aceitou uma proposta apresentada por exportadores brasileiros de carne de frango com o objetivo de encerrar uma disputa antidumping. 

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À agência de notícias, a sócia do escritório MPA Trade Law, Claudia Marques, que representa os exportadores brasileiros, disse que a decisão chinesa de aceitar a oferta foi comunicada às partes pelo Ministério do Comércio por meio de um relatório.

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O acordo, pelo qual se estabeleceriam preços mínimos para as vendas à China em troca do encerramento de uma investigação sobre dumping que começou em agosto de 2017, entrará em vigor até 18 de fevereiro, segundo ela, marcando o fim dos procedimentos formais sobre o caso.

Segundo o Bradesco BBI, a notícia é positiva para BRF e JBS. “Embora não tenhamos clareza sobre o preço mínimo a ser respeitado pelos exportadores brasileiros, acreditamos que a remoção das tarifas antidumping deve ajudar a melhorar a rentabilidade das exportações de frango do Brasil, especialmente para a BRF”, avaliam os analistas do banco. 

Embraer (EMBR3)

O Credit Suisse reduziu a recomendação para a Embraer de outperform para neutro, com preço-alvo de US$ 24 para o ADR, considerando o novo guidance menos favorável, além de um cenário de longo prazo mais cauteloso para a empresa pós joint-venture. 

TIM Participações (TIMP3)

 A TIM antecipou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 380 milhões, inicialmente previsto para 28 de janeiro, para o dia 24. O valor bruto por ação é de R$ 0,156997806.

Carrefour Brasil (CRFB3)

As vendas totais do Carrefour tiveram alta de 14,9%, para R$ 10,7 bilhões, no quarto trimestre. As vendas nas mesmas lojas subiram 7,4%, no maior aumento trimestral desde o o primeiro trimestre de 2017. A meta anual de 20 novas lojas foi atingida, com seis novas lojas e duas operações de atacado inauguradas nos últimos três meses de 2018. O ritmo de abertura de novas lojas será mantido em 2019. 

“Os dados foram neutros. Embora as vendas nas mesmas lojas do Atacadão tenham superado nossas expectativas, acreditamos que o patamar já estava alto, especialmente depois que o Assaí, seu principal concorrente, reportou 8,9% de SSS”, avaliam os analistas do Itaú BBA.

Banco Pan (BPAN4)

De acordo com a Coluna do Broad, do Estadão, a Caixa Econômica Federal tem pressa em vender sua participação no banco Pan (ex-Panamericano), mas ainda não decidiu o formato. Os caminhos são oferecer para um parceiro estratégico ou partir para uma oferta de ações (follow-on), uma vez que a instituição tem capital aberto.

Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3)

A Amazon lança nesta terça uma série de novidades para o mercado brasileiro. A partir de agora, 11 categorias de produtos serão vendidas e entregues pela empresa (no modelo chamado 1P ou venda direta), incluindo 4 inéditas no país: Brinquedos, Bebês, Beleza e Cuidados Pessoais. Desde o ano passado essa expansão era aguardada no mercado brasileiro, mas a empresa afirma que o momento do lançamento não tem relação com a conjuntura econômica do país – apenas com maturidade do negócio em si.

Até hoje, a única categoria em que a empresa trabalhava no modelo “vendido e entregue pela Amazon” no Brasil era a de livros. A expansão coloca a varejista em outro patamar no mercado nacional, e pode ser considerada uma ameaça a nomes consolidados, como B2W (cuja ação caiu 3,26% na segunda, com os rumores sobre a novidade) e Magazine Luiza (queda de 4,13%).

Suzano (SUZB3)

A Suzano anunciou novos preços de tabela para embarques de celulose para todas as regiões (Ásia, Europa e América do Norte), com vigência imediata. O preço para a Ásia é de US$ 780 a tonelada, US$ 1.010 na Europa e US$ 1.210 para a América do Norte. 

“Consideramos este anúncio como positivo, dado que i) o novo preço anunciado para a Ásia é US$ 30 a tonelada mais alto do que os atuais preços FOEX para a China (cerca de US$ 750 a tonelada); e ii) reforça o compromisso da empresa com a estratégia de ‘valor’ de longo prazo, uma vez que a Suzano optou por não reduzir seu preço de venda nos mercados à vista”, apontam os analistas do Itaú BBA. Eles mantêm a recomendação outperform para a Suzano e para a Klabin, e tem preferência por esta última no curto prazo.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.