Ibovespa Futuro cai com suave correção após recorde; dólar fica em R$ 3,75

Permanece no radar a expectativa com novidades sobre a reforma da Previdência e novas polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e sua família

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro mostra leve correção após superar a marca dos 95 mil pontos na véspera e renovar mais uma vez sua máxima histórica. O índice fechou com alta de 1,01%, aos 95.351 pontos, no último pregão. 

Permanece no radar a expectativa com novidades sobre a reforma da Previdência e novas polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e sua família. 

Neste contexto, às 9h15 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro caía 0,19%, a 95.585 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em fevereiro de 2019 tinha alta de 0,13%, cotado a R$ 3,757, e o dólar comercial avançava 0,21%, para R$ 3,755. 

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No exterior, o otimismo global ganha força com sinais de que as negociações entre China e Estados Unidos têm avançado. 

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura

Bolsas mundiais

Os índices das bolsas asiáticas encerraram esta sexta com alta de mais de 1% impulsionados pelo otimismo com as negociações comerciais entre China e Estados Unidos. Os investidores comemoraram a divulgação de relatos informando que as autoridades norte-americanas podem estar ponderando a possibilidade de flexibilizar as tarifas impostas a China, em uma tentativa de avançar com as negociações. 

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, propôs retirar todas ou algumas das tarifas sobre as importações chinesas para dar a Pequim uma razão para fazer concessões mais profundas nas negociações comerciais entre os dois países, informou o Wall Street Journal, citando fontes. Do outro lado, um alto funcionário do governo disse para a CNBC, que “não há discussão sobre a retirada de tarifas agora”.

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O mercado acionário europeu também opera em alta na esteira do otimismo generalizado em relação à guerra comercial entre China e Estados Unidos. A elevação de ratings de alguns bancos da Europa também ajudam a dar fôlego às altas das bolsas.

O mesmo caminho de otimismo é trilhado pelos índices futuros dos Estados Unidos enquanto o shutdown – paralisação parcial do governo por falta de orçamento – chega ao seu 28º dia sem solução. O presidente Donald Trump cancelou sua ida ao Fórum de Davos devido ao shutdown. 

Os preços do petróleo operam em alta diante do alívio na relação entre China e Estados Unidos e da queda drástica da produção pelos membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), o que ameniza os temores em relação ao excesso de oferta. 

Em relatório mensal divulgado nesta sexta-feira, a AIE estimou que a produção da Opep sofreu diminuição de 590 mil barris por dia (bpd) no mês passado, a 32,39 milhões de bpd, o menor patamar desde julho do ano passado.

A queda se deve principalmente ao resultado da Arábia Saudita, cuja oferta recuou 420 mil bpd em dezembro, a 10,64 milhões de bpd. Houve cortes na produção também da Líbia e do Irã, cuja indústria petrolífera está sob os efeitos de sanções dos Estados Unidos.

Conexão Brasília

O programa Conexão Brasília recebe, a partir das 14h45 (de Brasília), o analista político da XP Paulo Gama. O programa comentará os resultados do Barômetro do Poder, que estreia nesta sexta-feira no InfoMoney e traz um compilado das opiniões das principais casas de análise política sobre temas de interesse nacional.

O programa também comentará os destaques do noticiário político na semana. Dentre eles, o caso Queiroz, o decreto de flexibilização da posse de armas, as discussões sobre a reforma da Previdência e as expectativas com a ida de Jair Bolsonaro a  Davos. O programa será transmitido, ao vivo, pela InfoMoneyTV.

Agenda econômica

A agenda doméstica é esvaziada e nos Estados Unidos, às 12h15 (de Brasília), será divulgada a produção industrial relativa a dezembro. A estimativa mediana coletada pela Bloomberg aponta alta de 0,2% na comparação mensal.

Já os dirigentes do Federal Reserve John Williams e Patrick Harker discursam após o meio-dia. Ontem, presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, reforçou o discurso sobre paciência com a alta de juros por lá.

Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores.

Noticiário político 

Novas polêmicas envolvendo a família Bolsonaro surgem no radar.  O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liminar suspendendo a investigação criminal contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). De plantão, Fux atendeu a um pedido feito pelo filho do presidente.

Um ministro do STF ouvido pelo jornal Folha de S. Paulo disse que o pedido foi considerado uma “confissão de culpa”. Segundo o magistrado, o caso ficou ainda mais grave e a atitude é uma confissão de que o envolvido é o senador eleito e não o motorista. 

Outros ministros da corte acreditam ainda que, se a questão for aberta no STF, o presidente Jair Bolsonaro também será investigado, já que existem movimentações financeiras ligadas à primeira-dama Michelle.

Até mesmo grupos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro sinalizaram incômodo com o pedido de seu filho. Segundo o G1, integrantes da área militar do governo demostraram desconforto com o pedido de suspensão da investigação. Para esses auxiliares, foi uma surpresa a solicitação feita por Flávio Bolsonaro. “Ainda não há uma explicação convincente. Enquanto isso não acontecer, o desgaste desse caso vai continuar. Já está demorando demais”, comentou um auxiliar próximo do presidente.

Em novo episódio sobre a polêmica das mensagens em redes sociais que ganhou força durante a campanha eleitoral, o jornal Folha de S. Paulo publicou a informação de que uma funcionária da agência de comunicação que contratou disparos em massa de mensagens de WhatApp para a campanha de Bolsonaro foi nomeada para um cargo comissionado na Secretaria-Geral da Presidência e deve despachar a poucos metros do presidente.

Com salário de cerca de R$ 10,3 mil, Taíse de Almeida Feijó será assessora do gabinete do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, um dos principais articuladores da campanha. 

Sobre a reforma da Previdência, o governo esclareceu que não é intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipar itens da proposta de reforma de Previdência durante o Fórum Econômico Mundial em Davos. “O ministro da Economia vai falar sobre a importância central da reforma para o equilíbrio macroeconômico do País no encontro”, esclareceu.

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Uma fonte do governo, ao ser questionada sobre a possibilidade de a proposta ser apresentada, disse que “esse é um tema da maior importância, o ministro vai com algum detalhe desse tema pra Davos”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

Segundo a Bloomberg, todos os cenários de reforma da Previdência apresentados ao presidente Jair Bolsonaro incluem idade mínima e tempo de transição menor do que os 20 anos que estão na proposta que está em tramitação no Congresso.

Noticiário corporativo

>> O Ibama responsabilizou a Petrobras pela demora em entregar um plano detalhado de desativação da plataforma flutuante Cidade do Rio de Janeiro, que vazou no início deste ano.

Na avaliação da diretora de licenciamento ambiental do Ibama, Larissa Santos, o documento que a Petrobras entregou ao órgão ambiental em junho de 2018 não tinha qualidade técnica para ser analisado. “Era um documento incompleto, que apesar de ser chamado de projeto, por parte do licenciado, não trazia um conjunto de informações mínimas para a avaliação”, afirmou ao Estado.

Ainda no radar da companhia, o Valor informa que a francesa Engie (EGIE3) pretende finalizar as negociações de compra da Transportadora Associada de Gás (TAG), agora que o processo de venda da subsidiária da Petrobras foi retomado pela estatal. A companhia é a ofertante preferencial no processo competitivo de venda do ativo, estimado entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões.

>> Em comunicado ao mercado, a Eletrobras confirmou a abertura do Plano de Demissão Consensual 2019 a partir do dia 21. Segundo a estatal, o plano será implantado na holding e também nas controladas Cepel, CGTEE, Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas.

A companhia informa que a meta é o desligamento de 2.187 funcionários, o que geraria uma economia de R$ 574 milhões ao ano, a um custo de R$ 731 milhões. As adesões ocorrerão por um prazo de 30 dias.

>> A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vai retirar, até a próxima terça-feira (22), a matrícula de 10 aviões operados no País pela Avianca, que está em recuperação judicial desde dezembro. Com o cancelamento das matrículas, as aeronaves serão devolvidas imediatamente à empresa de arrendamento GE Capital Aviation Services, que havia entrado na Justiça devido à falta de pagamentos.

A Anac informou que o procedimento poderá causar impactos nos voos da Avianca nos próximos dias e aconselhou os passageiros com viagens marcadas a procurarem a empresa.

>> A Linx teve a recomendação reduzida de outperform para neutra pelo Bradesco BBI após a forte alta das ações (cerca de 70%) depois do anúncio do serviço de pagamentos Linx Pay. O preço-alvo de R$ 31 implica potencial de alta de 1,2% em relação ao último fechamento. 

“A visibilidade para a Linx Pay permanece limitada e acreditamos que: i) ela deve estar sujeita a uma taxa de desconto maior; e ii) ao aumento da concorrência nos meios de pagamento”, apontam os analistas. No setor, a preferência dos analistas do Bradesco BBI é pela Totvs (TOTS3). 

>> O Burger King teve a recomendação reduzida de overweight para neutra pelo JPMorgan, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 19 para R$ 22, o que implica potencial de alta de 2% em relação ao último fechamento.

>> A Aliansce teve a recomendação elevada a ’compra’ pelo HSBC, com preço-alvo de R$ 22,40. 

>> A Gafisa apresentou prévia operacional referente ao quarto trimestre de 2018, com vendas contratadas de R$ 95 milhões, queda de 22% na base anual. Os lançamentos somaram R$ 119 milhões no período, aumento de 32%. 

(Com Bloomberg e Agência Estado)