Cemig sobe até 4% com planos para privatização, mas ameniza; Vale cai com China e 4 ações reagem a recomendações

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (10)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após superar os 93 mil pontos na sessão da véspera, o Ibovespa registra queda no pregão desta quinta-feira (10), pressionado principalmente por ações do setor de commodities e bancos. 

A Vale (VALE3) registra queda de mais de 1% acompanhando a baixa do minério de ferro e em meio às preocupações com a China após a inflação desacelerar muito acima do previsto em dezembro. Por outro lado, a Cemig sobe forte após o governador Romeu Zema afirmar que enviará projeto para privatização da Cemig para a Assembleia mineira. Enquanto isso, 4 papéis repercutem mudanças de recomendações: Vivo, Oi, TIM e Vulcabrás. 

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Vale (VALE3

A sessão é de queda para Vale e siderúrgicas de olho na queda do minério de ferro, de cerca de 1%, e com preocupações sobre a China. 

Isso porque a inflação chinesa desacelerou muito mais que previsto em dezembro (alta de 0,9% ante estimativa de 1,6% para o PPI), gerando receio de deflação e reforçando sinais de perda de força da economia, com inflação ao produtor no menor nível desde 2016. 

Cemig (CMIG4)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou  ontem que pretende enviar um projeto para privatização da Cemig à Assembleia Legislativa mineira. Em entrevista à Record TV, o político disse que a venda de estatais, inclusive a elétrica mineira, é uma “exigência” do Tesouro Nacional para a renegociação da dívida do Estado com a União.

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No esforço para sanear as contas do estado, o governador disse que a privatização de estatais é uma das prioridades. “Está ficando claríssimo que se usa (as empresas públicas) para finalidades políticas”, disse, ao confirmar que a Cemig está entre as empresas que serão oferecidas ao capital privado.

Conforme aponta o Bradesco BBI, por enquanto, o caso base do mercado para a Cemig é de uma estatal aprimorada sob a gestão de Zema. Contudo, parece que o governador não tem outra opção senão pressionar pela privatização da Cemig (e talvez até da Copasa).

Sem comprometer-se a vender a Cemig, não será concedida ajuda federal, e os trabalhadores do setor público (que sofrem com o atraso no 13º salário) e os municípios estaduais (o repasse de recursos do Estado também está atrasado) não receberão nenhum alívio. “Claramente, esta é uma situação que não é sustentável, e provavelmente forçará os políticos do estado a agir”, destacam.; 

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras acompanha o dia de queda do petróleo, com o mercado de olho nas negociações entre China e EUA e após um aumento da oferta da commodity nos EUA. 

No radar da companhia, a Agência Nacional de Petróleo sugeriu ao Cade limitar a participação da Petrobras no mercado de gás natural, visando aumentar a concorrência na indústria e desconcentrar o mercado, hoje 75% controlado pela Petrobras.

Apesar de deter essa porcentagem, na prática a Petrobras é a única fornecedora relevante no mercado, já que adquire a preços baixos as parcelas de empresas como Shell, Repsol e Petrogal, sócias da estatal no pré-sal.

Ainda no radar da companhia, a Petrobras elevou o preço do diesel em 2,5% nas refinarias a partir desta quinta-feira (10) para R$ 1,9009 – primeira alta desde 1º de janeiro. O valor médio da gasolina nas refinarias, porém, foi mantido em R$ 1,4337 por litro.

Outra notícia é o rebaixamento da ADR da Petrobras de ‘overweight’ para ‘underweight’ pelo Barclays. O preço-alvo também foi cortado: de US$ 19 para US$ 17, o que implica em um upside de 8,8% em relação ao último fechamento.

Cosan (CSAN3)

A Cosan atingiu seu nível mais alto em 5 meses na última quarta-feira por conta da alta do petróleo. As ações subiram até 7,5%, para R$ 28,57. A Cosan, por operar nos postos de gasolina no Brasil e na Argentina, juntamente com a Shell, pode se beneficiar de uma recuperação nos preços da gasolina e do petróleo.

Equatorial (EQTL3)

Os analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação para os papéis de Equatorial de ‘neutro’ para ‘outperform’. O preço-alvo também foi elevado: de R$ 63,74 para R$ 91,84, o que implica em um potencial de alta de 15% em relação ao último fechamento.

Tim (TIMP3)

As ações da TIM, antes classificadas como ‘outperform’ pelo Credit Suisse, foram rebaixadas a ‘neutra’ pelo analista Daniel Federle. O preço-alvo foi cortado de R$ 16 para R$ 15 – upside de 15% em relação ao fechamento de ontem.

Oi (OIBR4)

A Oi, antes classificada como ‘neutra’, teve sua classificação rebaixada para ‘underperform’ pelo analista Daniel Federle, do Credit Suisse. O preço-alvo estimado é de R$ 1,30, o que implica em uma desvalorização de 7,1%.

Também no radar da companhia, um acordo entre a Oi e seu terceiro maior acionista, a Pharol (ex-Portugal Telecom) encerrou uma disputa judicial de um ano. Pelo acordo, a Pharol receberá 25 milhões de euros e mais 33,8 milhões de ações ordinárias da operadora.

Vivo (VIVT4)

A equipe de análise do Credit Suisse também rebaixou a ‘underperform’ os papéis de Vivo. Antes classificados como ‘neutro’, tiveram o preço-alvo elevado de R$ 46 para R$ 51, um potencial de alta de 4,6%.

Vulcabras Azaleia (VULC3)

O Bradesco BBI  elevou para ‘outperform’ os papéis de Vulcabras Azaleia, estimando um preço-alvo de R$ 11, totalizando um upside de 43%. “A concorrência de importados provavelmente será menor em 2019, o que significa que um dos grandes ventos contrários de 2018 está praticamente fora do caminho”, escrevem os analistas.

Enel (ELPL3)

A italiana Enel abriu um plano de demissão voluntária em sua subsidiária de distribuição de energia no Estado de São Paulo, a antiga Eletropaulo. Segundo a Reuters, poderão aderir ao programa, colaboradores com mais de oito anos de empresa ou idade superior ou igual a 55 anos. 

Com Agência Estado

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.