Ibovespa Futuro segue otimismo externo e sobe à espera de novidades sobre Previdência

Decisões resultantes da reunião entre Bolsonaro e seus ministros podem adicionar volatilidade aos negócios sobretudo devido às grandes expectativas sobre o delineamento da reforma da Previdência

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Depois de encerrar uma sequência de 5 altas, o Ibovespa deve testar novamente o patamar dos 92 mil pontos influenciados pelo otimismo nas bolsas europeias e dos Estados Unidos. O mercado fica à espera de um desfecho positivo para a reunião entre representantes do governo de Donald Trump e da China para colocar um ponto final na guerra comercial travada entre os países. 

Ao longo do dia, novidades vindas da segunda reunião entre Bolsonaro e seus ministros pode adicionar volatilidade aos negócios sobretudo devido às grandes expectativas sobre o delineamento da reforma da Previdência. 

Neste contexto, às 9h08 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro subia 0,34%, a 92.565 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em fevereiro de 2019 tinha queda de 0,05%, cotado a R$ 3,739, e o dólar comercial tinha alta de 0,19%, para R$ 3,741. 

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura

Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram os negócios mistas, mas perto da estabilidade, com os investidores cautelosos antes da reunião de representantes do governo chinês e norte-americano em busca de um acordo comercial. 

Já no Ocidente, a aproximação entre os países trazem ventos mais otimistas. Os índices futuros em Wall Street apontam para uma abertura positiva, enquanto as bolsas europeias também sobem apoiados no otimismo com as negociações entre China e Estados Unidos para dar fim à guerra comercial. 

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O otimismo global também influencia o mercado de commodities e o petróleo caminha para a sétima alta seguida, de olho ainda nos cortes de produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). 

Analistas sem Censura

O programa Analistas sem Censura avalia a atratividade dos investimentos em Tesouro Direto após as eleições e em cenário de juros e inflação baixa. O programa vai ao ar às 15h (de Brasília), ao vivo, pela IMTV e pela página do InfoMoney no Facebook.

Agenda econômica

O destaque internacional fica com os dados do JOLTs de abertura de novos empregos, indicador bastante acompanhado pelo Federal Reserve para definir sua política monetária. 

No Brasil, destaque para os números da produção industrial de novembro do ano passado, às 9h (de Brasília) que deve ter queda de 0,1%, levando o acumulado de 12 meses a ficar estável, segundo as projeções da GO Associados. Às 11h, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulga os dados de produção de veículos referentes a dezembro e o acumulado de 2018. 

Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores.

Noticiário político 

O presidente Jair Bolsonaro volta a se reunir com seus 22 ministros. Ele quer ouvir cada um sobre os planos para este mês, eventuais propostas de enxugamento e perspectivas. Também estará em discussão o texto da reforma da Previdência que deverá ser apresentado ao Congresso Nacional. 

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu a tarefa de Bolsonaro para elencar os principais pontos do texto que o governo pretende encaminhar aos parlamentares neste semestre.

A proposta de reforma da Previdência em estudo pela equipe econômica do presidente prevê uma regra de transição de 10 a 12 anos, segundo a Folha de S. Paulo. O período é bem mais curto do que os 21 anos previstos na versão de reforma do ex-presidente Michel Temer (MDB), mesmo após modificações feitas pelo Congresso.

Por atingir a idade mínima para homens e mulheres em um período mais reduzido, a reforma em estudo é mais dura e representaria uma maior economia de gastos do que a reforma de Temer.

Outra missão repassada a todos os ministros foi uma lista de medidas que cada um pretende colocar em prática já nas próximas semanas e uma varredura nas contas de cada pasta e análise, principalmente, dos gastos feitos nos últimos dias da gestão Michel Temer.

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Ainda sobre os ministros, após virem a público divergências entre os chefes da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes, ainda na primeira semana do novo governo, Bolsonaro pediu que os dois abandonem as disputas internas e deem demonstrações de unidade. Os ministros fizeram ontem um gesto inicial e, a convite de Onyx, Guedes almoçou com ele no gabinete da Casa Civil, no Palácio do Planalto, informa o jornal O Estado de S. Paulo. 

Em mais um recuo, o presidente fez chegar aos comandantes militares e oficiais generais da cúpula das Forças Armadas a informação de que não haverá nenhuma base americana instalada no Brasil durante seu mandato, informa o jornal Folha de S. Paulo. 

Noticiário corporativo

O Ministério da Economia negou que o governo pagará à Petrobras US$ 14 bilhões relativos à revisão do contrato de cessão onerosa, em comunicado enviado à imprensa. A informação do pagamento foi divulgada ontem pelo serviço em tempo real do jornal Valor Econômico. 

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, indicou ontem Carlos Alberto Pereira de Oliveira para a diretoria executiva de Exploração e Produção. Em comunicado, a companhia informou que a dispensa de Solange da Silva Guedes, atualmente no cargo, será encaminhada à aprovação do Conselho de Administração.

Ainda no radar da estatal está a emissão de R$ 3 bilhões em debêntures em 15 de janeiro, todas nominativas, escriturais, simples e não conversíveis em ações, em até 3 séries. Coordenam a emissão Itaú BBA, Bradesco BBI, BB Investimentos, Citibank e Santander. 

A Azul informou que a demanda de passageiros por voos da companhia aérea cresceu 13,4% em dezembro ante mesmo período de 2017. A oferta de assentos nas aeronaves da empresa subiu 13,5% no período e, com isso, a taxa de ocupação do voos caiu 0,1 ponto percentual na comparação anual, para 83%.

 A Gol prevê margem operacional entre 19,5% a 20% no quarto trimestre, ante margem de 13,3% no mesmo período de 2017. A empresa estima um fluxo de caixa operacional de R$ 450 milhões a R$ 500 milhões no último trimestre de 2018.

O Banco Inter divulgou a prévia dos resultados operacionais do 4º trimestre de 2018. No período, a instituição superou a marca de 1,45 milhão de correntistas, alta de 38% em relação a setembro. O número de clientes investidores teve alta de 35% ante o 3º trimestre de 2018, totalizando 115 mil. 

O banco também cita o lançamento de quatro novos serviços: Plataforma Aberta Inter, Consórcio Imobiliário, Proteção Financeira para Consignado e Letra Imobiliária Garantida (LIG).

A BR Distribuidora inicia hoje a etapa de divulgação do processo de venda da totalidade de sua participação de 49% na CDGN Logística, empresa carioca que presta serviços de tratamento e comercialização de gás natural, metano, gás carbônico e biogás.

Ainda no radar, a companhia estreou ontem na carteira teórica do Ibovespa e atingiu o seu maior valor de mercado desde o seu IPO, totalizando R$ 31,28 bilhões. As ações fecharam o pregão a R$ 26,85, com alta de 0,56% em relação à sexta-feira (4).

O novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, indicou oito nomes para compor o conselho diretor da companhia: Antônio Gustavo Matos do Vale para vice-presidente de Gestão de Pessoas, Suprimentos e Operações; Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo para vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos Motta do Santos para vice-presidente de Distribuição de Varejo; Carlos Renato Bonetti para vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos; Fábio Augusto Cantizani Barbosa para vice-presidente de Tecnologia; Flávio Augusto Corrêa Basílio, para vice-presidente de Governo;  Ivandré Montiel da Silva para vice-presidente de Agronegócios; e Márcio Hamilton Ferreira para vice-presidente de Negócios de Atacado.

Também no radar do banco, segundo o jornal Valor Econômico, o governo Bolsonaro planeja abrir o capital da BB DTVM, gestora de recursos do Banco do Brasil, responsável pela administração de R$ 948 bilhões em ativos.

O Banco do Brasil, controlador da BB Seguridade, submeteu à Casa Civil a indicação de Bernardo de Azevedo Silva Rothe para o cargo de diretor-presidente, completando o mandato 2016/2019. Após todas as aprovações necessárias, a indicação será submetida para aprovação do conselho de administração da BB Seguridade. Atualmente, Rothe atua como vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do Banco do Brasil.

A Eletrobras estendeu o prazo para transferência de controle da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) e da Amazonas Distribuidora para até 31 de março.

(Com Agência Brasil)