Ibovespa cai e perde os 92 mil pontos por cautela no exterior; dólar zera perdas

Cautela das bolsas na Europa e EUA limitam ganhos por aqui

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O Ibovespa perdeu força após a abertura dos mercados em Wall Street e é pressionado pelo clima de cautela global à espera da reunião entre China e Estados Unidos que é cercada pela esperança de uma solução para a guerra comercial travada entre os dois países. 

Às 14h52 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,54%, para 91.346 pontos, após chegar na máxima de 92.551 pontos pela manhã. O contrato de dólar futuro com vencimento em fevereiro de 2019 tinha alta de 0,01%, cotado a R$ 3,722, e o dólar comercial tinha alta de 0,08%, para R$ 3,719. O real tem o desempenho menos favorável na comparação com seus pares de países emergentes.

Nos juros futuros, o contrato com vencimento em janeiro de 2021 subia de 7,28% para 7,36% e o contrato para janeiro de 2023 avançava de 8,42% para 8,48%. As sinalizações contraditórias dadas pelo governo Bolsonaro na sexta não afetam a confiança do mercado nas mudanças prometidas pela gestão e a leve alta é fruto de acomodação após quedas consecutivas. No primeiro Boletim Focus do ano, a estimativa para a Selic caiu de 7,13% para 7% neste ano. Para 2020, a mediana das previsões foi mantida em 8%.

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No Brasil, destaque para a expectativa da proposta para a reforma da Previdência, que deve ser apresentada nos próximos dias e tem causado turbulência na bolsa. Além disso, outras novidades devem surgir do governo Bolsonaro, o que pode trazer volatilidade para os ativos.

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A segunda reunião ministerial do governo de Bolsonaro acontece amanhã e a expectativa é de que os ministros apresentem o resultado de uma avaliação sobre normas burocráticas que podem ser revogadas para dar mais eficiência ao governo.

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Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram em alta em meio aos sinais de avanço nas negociações entre China e Estados Unidos para colocar fim à guerra comercial. O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que as negociações comerciais com a China estão indo muito bem e que a fraqueza na economia chinesa dá a Pequim um incentivo para trabalhar em direção a um acordo, informa a Reuters. Ministros dos dois países se reúnem nesta semana. 

O tom mais ameno entre os países antes do primeiro encontro cara a cara desde que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, concordaram com uma trégua da 90 dias na guerra comercial não anima tanto as bolsas ocidentais e os índices futuros dos Estados Unidos operam perto da estabilidade.

Na Europa, o Brexit segue no radar dos investidores e pesa no humor. A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse no domingo (6) que se o acordo que ela fez com a União Europeia não for aprovado este mês, o Reino Unido estará em “território desconhecido”. A votação está prevista para a próxima semana.

Os preços do petróleo sobem pelo sexto pregão seguido diante das expectativas de solução da guerra comercial entre China e Estados Unidos e cortes na oferta da commodity pelos principais produtores. 

Destaques da Bolsa

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 NATU3 NATURA ON EJ 44,85 -4,74 +0,22 45,75M
 SMLS3 SMILES ON EJ 42,10 -4,23 -3,49 16,26M
 ELET3 ELETROBRAS ON 29,33 -3,93 +21,05 69,76M
 SBSP3 SABESP ON 36,42 -3,80 +15,62 54,69M
 ELET6 ELETROBRAS PNB 32,69 -3,74 +16,05 44,10M

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 LAME4 LOJAS AMERICPN EJ 19,74 +2,04 +0,59 61,16M
 PETR3 PETROBRAS ON EJ N2 28,06 +2,00 +10,47 133,49M
 CVCB3 CVC BRASIL ON 60,79 +1,40 -0,64 87,77M
 GGBR4 GERDAU PN 15,70 +1,29 +5,94 75,00M
 SANB11 SANTANDER BRUNT 47,73 +1,12 +11,78 45,12M
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)

Entrevista com Major Olímpio

O InfoMoney recebe, a partir das 15h30 desta segunda-feira, o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP). Na pauta, as eleições para o Senado e a Câmara, as perspectivas de governabilidade do presidente Jair Bolsonaro e as primeiras sinalizações e desencontros do governo em sua primeira semana. O programa é transmitido ao vivo pela IMTV e pelo Facebook.

Noticiário político 

O governo de Jair Bolsonaro quer criar um atalho no Congresso Nacional para agilizar a aprovação de projetos ligados principalmente à infraestrutura, numa tentativa de destravar investimentos, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

O governo selecionou um conjunto de medidas que já estão em tramitação e vai propor um pacto ao Legislativo para facilitar a aprovação desses projetos, que têm potencial para melhorar o ambiente de negócios no País. 

Ao contrário da reforma da Previdência, que é impopular, as matérias de interesse da infraestrutura não consomem capital político, disse o ministro. “Às vezes, é bom intercalar uma pauta complexa com uma pauta amena”, disse ao Estadão o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Nesta segunda-feira (7), Bolsonaro dará posse  aos presidentes dos maiores bancos públicos do país: Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O presidente quer que os nomeados ajudem a reforçar os cofres do governo, vendendo empresas controladas pelos bancos.

Indicadores econômicos

Os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central mantiveram a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) 3,69% em 2018 e 4,01% neste ano. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que ficou em 4%, e para 2021, mantido também em 3,75%. 

A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) foi mantida em 1,30% para 2018 e caiu de 2,55% para 2,53% em 2019. A perspectiva para o câmbio permanece em R$ 3,80 ao fim deste ano.