Correção: Gol dispara 19% na semana com 2 notícias; 8 ações caem mais de 4%

Confira os destaques do pregão desta sexta-feira

Marcos Mortari

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Correção: ao contrário do que foi informado, as ações da Engie (EGIE3) não registraram baixa de 23% na última semana. 

SÃO PAULO – Após três altas consecutivas, o Ibovespa fechou no negativo nesta sexta-feira (14), contaminado por dados econômicos frustrantes divulgados na China. Com isso, o índice fechou a semana com perdas de 0,76%, com quatro ações subindo mais de 5%, enquanto outros 8 papéis caíram mais de 4%.

Entre os destaques, a Gol (GOLL4) liderou os ganhos da semana ao saltar 19,38% diante das recentes notícias da recuperação judicial da Avianca Brasil e a autorização de até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas. Na sequência ficaram a Taesa (TAEE11) e a Sabesp (SBSP3), que subiram 8,65% e 6,28%, respectivamente.

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Já na ponta negativa, a Marfrig (MRFG3) e Kroton (KROT3), que também caíram forte: 7,99% e 7,69%, respectivamente.

Confira os destaques do pregão desta sexta-feira (14):

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras recebeu uma carta do acionista controlador com a indicação do economista Roberto da Cunha Castello Branco para exercer o cargo de presidente da companhia e de membro do conselho de administração. De acordo com a companhia, a indicação será submetida aos procedimentos internos de governança corporativa.

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Ainda no radar da companhia, a ANP concluiu que não há restrições regulatórias para viabilizar a venda direta de etanol das usinas para postos, mas que ainda é preciso equacionar a questão tributária de arrecadação do PIS/Cofins e ICMS de modo a não gerar distorções.

Pesa no desempenho negativo das ações da Petrobras neste pregão o movimento do petróleo no mercado internacional. Às 10h10 (horário de Brasília), o barril tipo WTI caía 0,55%, cotado a US$ 52,29, ao passo que o brent recuava 0,75%, a US$ 60,99.

Vale (VALE3) e siderúrgicas

Os números negativos divulgados pela economia chinesa mais cedo afetam especialmente as ações dos setores siderúrgico e de mineração na B3. Enquanto a Vale amarga perdas próximo a 1%, o trio Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) apresenta as maiores quedas dentro da carteira teórica do Ibovespa nesta sessão.

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A produção industrial do gigante asiático subiu 5,4% na comparação anual de novembro, mas o resultado ficou bem abaixo do ganho de 5,9% visto em outubro e da previsão de analistas, que também era de alta de 5,9%. No setor varejista, as vendas tiveram expansão anual de 8,1% em novembro, depois de aumentarem 8,6% em outubro. Neste caso, a projeção de economistas era de acréscimo de 8,8%.

Por outro lado, novos sinais sobre o alívio na guerra comercial entre americanos e chineses ajudam a limitar as perdas do mercado. O Ministério de Finanças da China confirmou nesta sexta-feira a suspensão temporária do aumento retaliatório das tarifas sobre carros e autopeças importados dos Estados Unidos, reduzindo-as de 40% para 15%. A medida valerá por três meses, de 1º de janeiro a 31 de março de 2019.

Eletrobras (ELET3; ELET6)

O TST revogou a liminar que anulava a venda da distribuidora da Eletrobras, a Amazonas Energia. A decisão também libera a venda da distribuidora Ceal, que está marcada para o dia 19 de dezembro.

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Também no radar, os analistas do Itaú BBA afirmaram que a capitalização da companhia ainda parece um bom plano. A equipe estima que a “nova” Eletrobras, após uma oferta primária que transformaria a empresa em uma corporação, poderia valer R$ 100 bilhões, e implicaria em um potencial de crescimento de 95%, com a diluição incluída; em comparação com o atual valor de mercado de R$ 35 bilhões.

IMC (MEAL3)

A Sapore afirmou que não pretende seguir com a tentativa de se unir à International Meal Company. De acordo com  jornal o Valor Econômico, que conversou com o presidente da Sapore, Daniel Mendez, a decisão ocorre após a IMC aprovar em assembleia ontem um mecanismo de proteção à dispersão acionária.

Cemig (CMIG4)

O Conselho de Administração da Cemig confirmou a renegociação de R$ 12,9 bilhões em dívida da Santo Antônio Energia com o BNDES, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e BES Investimento.

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Copasa (CSMG3)

O conselho da companhia aprovou ontem um programa de investimentos de R$ 786 milhões para 2019. Deste total, R$ 750 milhões serão destinados para a Copasa MG e R$ 36 milhões para a Copanor.

O Plano de Negócios e Estratégias de Longo Prazo da Copasa MG para o período de 2019 a 2023 também foi aprovado. O valor projetado como ‘referencial’ para o programa plurianual de investimentos na unidade para os anos de 2020 a 2023 é de R$ 800 milhões por ano.

Itaú Unibanco (ITUB4)

De acordo com a coluna do Broadcast, do jornal o Estado de S. Paulo, o Itaú emitirá hoje R$ 1,2 bilhão em Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs), marcando sua estreia neste mercado. Os papéis contam com rentabilidade de 96% do CDI e prazo de 3 anos.

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Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza informou em comunicado ao mercado que adquiriu as empresas de tecnologia de Uberlândia (MG) Softbox Sistemas de Informação, Certa Administração e Kelex Tecnologia.

Fundada há 13 anos, a Softbox possui 256 colaboradores, sendo 174 desenvolvedores e especialistas em tecnologia e oferece soluções para empresas de varejo e indústria de bens de consumo que desejam vender digitalmente ao consumidor final.

De acordo com a companhia, a aquisição permitirá ao Magazine ser parceiro de varejistas e indústrias em todos os passos para a venda online, o “full commerce”.

A Brasil Plural comentou a aquisição, reforçando o ‘call’ de compra no papel. “Na nossa opinião, a aquisição está alinhada com os objetivos da empresa de se tornar um negócio totalmente digital e multicanal, ficando à frente de seus principais concorrentes no caminho digital”, escrevem os analistas.

Ultrapar (UGPA3)

A Ultrapar anunciou seu Plano de Investimentos para 2019, com um orçamento total de R$ 1,76 bilhão, abaixo das estimativas do mercado de R$ 1,92 bilhão. A composição do orçamento é: Ipiranga (R$ 824 milhões); Oxiteno (R$ 319 milhões); Ultragaz  (R$ 279 milhões); Ultracargo (R$ 161 milhões); Extrafarma (R$ 158 milhões) e outros (R$ 20 milhões).

“Temos uma visão positiva do orçamento da UGPA para 2019, já que a disciplina na alocação de capital permitirá que a empresa reduza endividamento mais rapidamente contra os atuais 2,9x Dívida Líquida / EBITDA”, escreveu a equipe de Research da XP Investimentos.

Unidas (LCAM3)

Após concluir o processo de Bookbuilding, com preço da oferta foi definido em R$ 32/ação (fechamento de ontem foi de R$ 33,40), a companhia realizou oferta pública de 12 milhões de ações adicionais, totalizando R$ 1,376 bilhão.

Na opinião da equipe de Research da XP Investimentos, com a conclusão da oferta, a companhia ganha fôlego para crescimento, mantendo equacionada a alavancagem (que poderia, segundo eles, abaixar para cerca de 2,5x no final de 2019). A recomendação da casa é de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 38,00, o que corresponde a um upside de 13,77% em relação ao fechamento de ontem.

“Vemos potencial de geração de valor, com base em crescimento superior, escala maior e alavancagem menor, potencialmente resultando em custo de dívida mais baixo e despesas financeiras menores. Além disso, as ações contarão agora com maior liquidez”, escrevem os analistas.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.