Ibovespa Futuro cai e dólar tem nova alta com dados da China frustrando o mercado

Números da indústria e varejo do gigante asiático, publicados durante a madrugada, não apenas mostraram crescimento mais fraco como vieram aquém das expectativas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sexta-feira (14) começa com aversão ao risco para o mercado brasileiro em meio aos dados frustrantes da economia chinesa, que derrubam as bolsas mundiais ao elevar os temores sobre uma desaceleração global.

Com isso, às 9h04 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice com vencimento em fevereiro de 2019 registra queda de 0,84%, a 87.800 pontos, enquanto o dólar futuro com vencimento em janeiro avança 0,60%, a R$ 3,915. 

Números da indústria e varejo da China, publicados durante a madrugada, não apenas mostraram crescimento mais fraco como vieram aquém das expectativas. A produção industrial subiu 5,4% na comparação anual de novembro, mas o resultado ficou bem abaixo do ganho de 5,9% visto em outubro e da previsão de analistas, que também era de alta de 5,9%. No setor varejista, as vendas tiveram expansão anual de 8,1% em novembro, depois de aumentarem 8,6% em outubro. Neste caso, a projeção de economistas era de acréscimo de 8,8%.

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Por outro lado, os investimentos chineses em ativos fixos de áreas não rurais registraram avanço de 5,9% entre janeiro e novembro ante igual período do ano passado, superando o ganho de 5,7% visto no acumulado até outubro e a alta de 5,8% prevista por analistas.

A cautela externa também precede a divulgação de dados de atividade nos EUA nesta sexta e o encontro de política monetária do Fomc (Federal Open Market Committee) da próxima semana. Na Europa, os PMIs Markit na Alemanha também ficam abaixo do previsto e vendas europeias de carro caem, um dia após o presidente Mario Draghi alertar sobre riscos econômicos na zona do euro.

No mercado de commodities, o petróleo tem leve queda e devolve parte da forte alta de 2,8% da véspera, enquanto Arábia Saudita pode promover corte agudo de produção; metais cedem em Londres com dados chineses gerando receios sobre demanda. 

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Novos diretores do BC e Orçamento 

Bruno Serra, executivo do Itaú da área de renda fixa, é indicado diretor de política monetária do Banco Central, enquanto João Manoel Pinho de Mello – atualmente secretário de promoção da produtividade e advocacia da concorrência e secretário de política econômica da Fazenda – ocupará a diretoria de Organização do Sistema Financeiro do BC. A aprovação do orçamento, que ainda depende do plenário, é condição para início do recesso parlamentar.

Também em destaque, a Comissão Mista do Congresso aprova orçamento de 2019 por unanimidade, com meta para o deficit do setor público consolidado em R$ 132 bilhões. Já o Estadão informa que, depois da repercussão negativa, a Câmara praticamente encerrou os trabalhos da atual legislatura no plenário nesta semana e deve desistir de projetos que deixariam uma fatura bilionária para o governo Jair Bolsonaro.

Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário corporativo, o TST revoga liminar que anulava venda da distribuidora da Eletrobras Amazonas Energia e libera venda da distribuidora Ceal, marcada para a próxima semana. 

Já a Sapore informa que, após a IMC mudar o estatuto para exigir oferta de investidor com mais de 30%, não negocia mais a união das duas empresas no momento. 

Sobre o setor aéreo, a Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil, que acelerou decisão de Temer de abrir o setor aéreo ao capital estrangeiro. 

Também em destaque, a Petrobras recebeu carta com indicação de Castello Branco como CEO, a Guararapes aprovou a emissão de R$ 600 milhões em debêntures, a 
Copasa recomendou capex de R$ 786 milhões para 2019, a JHSF assinou contrato com Even para complexo Fasano em São Paulo e a Cemig confirmou a renegociação R$ 12,9 bilhões em dívida com bancos.

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(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.