Petrobras de olho na cessão onerosa, Gafisa deslista ações da bolsa de NY, Light desiste de “follow-on” e mais notícias

Confira os destaques corporativos desta terça-feira (27)

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A produção recorde de petróleo na Arábia Saudita leva à queda dos preços do petróleo nesta terça-feira (27), em meio à expectativa sobre o encontro do G-20, que começa na Argentina na sexta-feira, e da reunião da Opep na Áustria, que acontece na próxima semana. A notícia pode impactar as ações da Petrobras (PETR3; PETR4). que também fica de olho na cessão onerosa.

No radar do InfoMoney desta manhã, Gafisa decide deslistar ações da Bolsa de Nova York, Light desiste de “follow-on”, XP Investimentos revisa estimativas e preço-alvo para empresas de aluguel de veículos e mais notícias.

Confira os destaques corporativos desta terça-feira:

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Petrobras (PETR3;PETR4)

O Senado Federal pode votar nesta terça o projeto de revisão do contrato de cessão onerosa da Petrobras. A proposta é o primeiro item da pauta, mas ainda depende de acordo com a equipe econômica.

Na prática, o projeto autoriza a Petrobras a transferir até 70% dos direitos de exploração de petróleo do pré-sal, na área cedida onerosamente pela União, para outras petroleiras privadas.

As negociações estão sendo capitaneadas pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.

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Na última quarta-feira, Eunício avisou que só colocará em votação a proposta depois que for fechado um acordo para que Estados e municípios também recebam parte dos recursos que serão arrecadados.

Isso porque parte dos senadores defendem colocar no texto uma previsão de que 20% dos recursos arrecadados no leilão do excedente de petróleo sejam repartidos com Estados e municípios.

Essa proposta iria de encontro ao que desejam os governadores e contaria com o aval do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Outros senadores e integrantes da atual equipe econômica defendem que, na verdade, recursos do Fundo Social sejam repassados aos governos regionais.

Também no radar de Petrobras, o conselho de administração da companhia deve analisar nesta quarta-feira (28) o Plano de Negócios e Gestão da estatal para o período de 2019-2023, podendo aprovar ou solicitar alterações no documento. A divulgação ao mercado do PNG deve ser feita no início de dezembro.

Na versão atual do plano, referente ao período de 2018 a 2022, a previsão é de investimentos no valor de US$ 74,5 bilhões, sendo 81% destinados ao segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural.

Gafisa (GFSA3)

O conselho de administração da Gafisa aprovou nesta segunda-feira, 26, a deslistagem de seus American Depositary Shares (ADS) da New York Stock Exchange (Nyse), o que desobriga a divulgação de informações de acordo com a legislação societária norte-americana. O programa de ADSs da construtora passa do Nível 3 para o Nível 1, com negociação somente em mercado de balcão.

A estimativa é que os ADSs estejam fora da listagem da Nyse em 17 de dezembro, e que o último dia de negociação seja realizado no dia 14. O cancelamento do registro deve se efetivar em até 90 dias.

Localiza (RENT3); Unidas (LCAM3); Movida (MOVI3)

A equipe de research da XP Investimentos atualizou as suas estimativas e preços-alvo para as empresas do setor de aluguel de veículos, refletindo os resultados do 3º trimestre e um cenário “construtivo” para 2019.

Os analistas seguem com recomendação de compra para Localiza e Unidas, com preço-alvo de R$ 32,30 (upside de 17%) e de R$ 38 (upside de 31%), respectivamente. Com relação à Movida, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 9,50 e potencial de valorização de 19%.

Kroton (KROT3)

Após a compra da Somos Educação, a Kroton está buscando novas oportunidades de crescimento no negócio de ensino básico – e uma dessas opções é a prestação de serviços administrativos e financeiros para outras escolas. De acordo com o jornal Valor Econômico, o negócio vem sendo testado de forma piloto e começará a ser ofertado para as escolas em 2020.

Dommo Energia (DMMO3); Óleo e Gás Participações (OGXP3)

Foi aprovada em assembleia geral a incorporação das ações da OGPar pela Dommo Energia. Segundo fato relevante, por conta da incorporação, a Dommo optou por não aderir ao Novo Mercado neste momento.

De acordo com o comunicado, a Dommo Energia aprovou ainda um bônus de subscrições aos acionistas da OGPar como vantagem adicional às ações emitidas por conta da incorporação de ações. Os bônus somente serão emitidos aos acionistas da OGPar que não exercerem o direito de retirada e, portanto, somente serão entregues após o período para exercício de tal direito.

Construtoras

O Senado brasileiro poderá votar nesta terça-feira o Projeto de Lei 392, que permite que os trabalhadores retirem seus depósitos do FGTS em casos de demissões voluntárias.

Na opinião do Itaú BBA, a probabilidade de uma aprovação é muito baixa. “Notamos que há muito em jogo, uma vez que isso pode ser bastante prejudicial à sustentabilidade de longo prazo do FGTS”, escrevem os analistas.

Light (LIGT3)

Os acionistas do bloco de controle da Light decidiram não dar continuidade à possibilidade de realizar uma oferta pública de ações ancorada por fundos de investimento liderados pela GP Investments.

Em reunião realizada ontem, os controladores – Cemig, RME e Luce – consideraram que os termos e condições propostos para ancoragem “não atendem aos interesses da companhia e seus stakeholders, tendo presente, dentre outros, as atuais condições de mercado”, explica a Light em fato relevante.

A Light diz que segue monitorando oportunidades de mercado para otimizar sua estrutura de capital. Por sua vez, a Cemig reitera intenção de venda de toda sua participação na Light.

Tanto o BTG Pactual quanto a Brasil Plural comentaram a notícia e ambos esperam que o mercado reaja negativamente. “As notícias podem indicar dificuldade no plano da Cemig de desinvestir de sua participação na Light”, escreveu o BTG.

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Eletrobras (ELET3;ELET6)

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª região informou que a decisão que suspendeu os efeitos da tutela antecipada na ação pública da Aeel (Associação de Empregados da Eletrobras) está mantida até o trânsito em julgado em ação. Dessa forma, não há impedimento ao processo de desestatização das distribuidoras da Eletrobras.

Na opinião do Itaú BBA, a notícia é positiva e pode ser benéfica para Energisa e Equatorial. “Apesar de não ser a decisão final, ela é favorável à companhia e pode ser um indicador de que a decisão final pode trazer um resultado positivo”.