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SÃO PAULO – O Ibovespa ganhou força no fim do pregão desta sexta-feira (9) em um movimento repentino de ajuste dos investidores aproveitando a queda dos preços das ações após três pregões “selloff” na bolsa.
Com isso, o benchmark da bolsa fechou com leve alta de 0,02%, aos 85.641 pontos – ganhando 1.160 pontos em apenas 30 minutos. Apesar disso, o índice não conseguiu evitar uma queda de 3,14% na semana. O volume financeiro ficou em R$ 16,003 bilhões. No exterior, os três principais índices dos EUA registram queda entre 1% e 1,8%.
O contrato de dólar futuro com vencimento em dezembro, por sua vez, também passou cair forte, registrando perdas de 0,73%, a R$ 3,737, enquanto o dólar comercial fechou com queda de 0,06%, cotado a R$ 3,7361 na venda – lembrando que o mercado à vista fechou antes deste movimento no final do pregão da bolsa.
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Em meio ao cenário de forte queda da bolsa, que se aproximava do seu quarto dia hoje, alguns papéis, principalmente do setor financeiro, ficaram em preços atrativos, o que atraiu de volta os investidores para compra, avalia Ari Santos, gerente da mesa de operações da H.Commcor.
Além disso, chamou atenção o movimento de recuperação, no mesmo horário, do mercado mexicano após o presidente eleito, Andrés Manuel López Obrador, afirmar que não vai mudar as leis bancárias. Com isso, a bolsa virou para alta no México após passar o dia em forte queda. “Na campanha, esclareci que não faríamos nenhuma reforma na primeira parte do governo em questões fiscais”, disse.
No front doméstico, o mercado fica atento às novas tentativas da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de fazer parte da reforma previdenciária sem mudar a Constituição, já que o governo atual não dá sinais de que a aprovação neste ano seja viável. Atenção ainda para os balanços do terceiro trimestre.
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Entre as commodities, destaque para o petróleo WTI, que teve sua 10ª baixa seguida e se aproximou de US$ 60 após entrar em bear market em meio ao aumento da oferta e preocupações com a economia. Esta nova queda marca a pior sequência negativa da commodity em 34 anos.
Destaques da Bolsa
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
NATU3 | NATURA ON | 35,80 | +8,81 | +9,34 | 397,02M |
ELET3 | ELETROBRAS ON | 23,64 | +5,16 | +22,23 | 87,81M |
CPLE6 | COPEL PNB | 28,09 | +4,04 | +13,04 | 21,90M |
VVAR11 | VIAVAREJO UNT N2 | 15,90 | +3,99 | -34,95 | 71,24M |
USIM5 | USIMINAS PNA | 10,02 | +3,30 | +10,59 | 234,42M |
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
KROT3 | KROTON ON | 10,35 | -4,61 | -42,18 | 179,94M |
BRAP4 | BRADESPAR PN | 33,46 | -4,45 | +20,76 | 82,55M |
VALE3 | VALE ON | 54,65 | -4,16 | +41,24 | 1,62B |
CIEL3 | CIELO ON | 10,60 | -3,99 | -51,81 | 228,69M |
JBSS3 | JBS ON | 9,96 | -3,21 | +2,07 | 93,11M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram:
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
PETR4 | PETROBRAS PN N2 | 25,46 | +0,43 | 2,37B | 2,40B | 78.781 |
VALE3 | VALE ON | 54,65 | -4,16 | 1,62B | 1,06B | 48.644 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCOPN ED | 50,78 | +1,26 | 785,67M | 770,01M | 33.023 |
BBDC4 | BRADESCO PN EJ | 35,68 | +1,48 | 548,82M | 648,84M | 32.407 |
BBAS3 | BRASIL ON | 41,50 | +2,22 | 520,54M | 674,62M | 28.357 |
NATU3 | NATURA ON | 35,80 | +8,81 | 397,02M | 78,42M | 22.876 |
ABEV3 | AMBEV S/A ON | 16,08 | +2,36 | 330,05M | 382,18M | 24.798 |
MGLU3 | MAGAZ LUIZA ON | 146,40 | -0,79 | 311,26M | 284,41M | 9.056 |
B3SA3 | B3 ON | 25,69 | +0,55 | 277,03M | 335,81M | 32.423 |
SUZB3 | SUZANO PAPELON | 34,40 | -3,02 | 251,97M | n/d | 18.034 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
Bolsas mundiais
Ontem, o Fomc (Federal Open Market Committee) confirmou as expectativas e manteve seus juros básicos entre 2% e 2,25% ao ano, mas reiterou que prevê “mais aumentos graduais” e não fez menção à recente turbulência de Wall Street, sugerindo que permanece confiante na recuperação econômica dos EUA. O Fed elevou juros três vezes este ano e espera-se um quarto aumento no encontro de dezembro.
A China também alarma os mercados: as ações de bancos do país recuaram após o governo adotar medida para direcionar o crédito, sugerindo urgência para conter a desaceleração. Já as vendas de carros na China caíram pelo 5º mês seguido em outubro (tendo baixa de 11% no mês) e podem ter a primeira queda anual em ao menos duas décadas. Nesse cenário, cobre e outros metais recuam.
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Noticiário político
Dirigentes de partidos alinhados a Jair Bolsonaro e ministros recém-nomeados têm expressado ao presidente eleito preocupação com os ruídos na comunicação dos seus planos e a ausência de um porta-voz para a equipe de transição, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Desencontros entre o próprio Bolsonaro e seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e manifestações dos filhos do capitão reformado criaram a impressão de que o discurso do novo governo é desconexo e improvisado, dizem esses aliados.
A todo vapor na formação do novo governo, a equipe de transição ainda aguarda um posicionamento de Ilan Goldfajn sobre sua intenção de continuar à frente do Banco Central. Nos bastidores, a leitura é de que a eventual autonomia do Banco Central pode abrir espaço para Ilan ficar no cargo até março de 2020, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a reportagem, cinco nomes despontam como possíveis substitutos de Ilan: o ex-diretor de Política Econômica do BC Afonso Bevilaqua; o atual diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho; o também ex-diretor do BC e atual economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita; o ex-diretor do BC e sócio da gestora SPX Capital, Benny Parnes; e Roberto Campos Neto, diretor do Santander.
A articulação para a reforma da Previdência continua e Jair Bolsonaro analisa um conjunto de mudanças que podem ser feitas sem alterar a Constituição, informa o jornal O Estado de S. Paulo. A versão “light” da reforma está baseada em dois projetos de lei já prontos, elaborados por consultores do Congresso. Eles permitem criar uma alíquota previdenciária complementar aos funcionários públicos, acabam com a fórmula 85/95 e mudam a regra de cálculo das pensões, entre outros pontos.
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