Vale e Petrobras puxam queda do Ibovespa em dia de pausa do rali da eleição por mau humor no exterior

Bolsas refletem tensões globais após o jornalista crítico do governo árabe ter sido morto e preocupações com o ritmo de crescimento da China 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A aversão ao risco global nesta terça-feira (23) força uma pausa no otimismo da bolsa brasileira com a reta final das eleições e a liderança de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas e o Ibovespa recua. O mau humor nas bolsas globais repercutem o aumento das tensões geopolíticas com a morte de um jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita e o retorno das preocupações com a desaceleração da economia chinesa.

Às 14h45 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,45%, para 85.211 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em novembro tinha alta de 0,41%, cotado a R$ 3,704, e o dólar comercial avançava 0,35%, para R$ 3,702.

As perdas das ações da Vale (VALE5) e da Petrobras (PETR3; PETR4) puxam o principal índice da B3 para baixo. A Vale, que tem seu maior mercado na China, derrete com as preocupações com a economia do país. 

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Os papéis da Petrobras registram queda seguindo o exterior, principalmente devido à queda do preço do petróleo em mais de 3% em meio à sinalização da Arábia Saudita de que não irá restringir a oferta da commodity ou usá-la como arma política em meio às tensões globais após um jornalista crítico do governo árabe ter sido morto. 

No exterior, os índices de Wall Street caem mais de 1% com o mau humor generalizado agravado por um conjunto de balanços corporativos que decepcionaram investidores.

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O mercado doméstico acompanha atentamente os números de pesquisas eleitorais e o Ibope divulga nesta noite mais uma sondagem, realizada entre os dias 17 e 23 de outubro, com 3.010 eleitores. No último levantamento do instituto, Bolsonaro aparecia com 59% dos votos válidos e Haddad com 41%

Destaques da Bolsa

Dia agitado no radar de Petrobras, com queda no preço do barril do petróleo e redução no preço da gasolina nas refinarias, recuperação superior a R$ 3 bilhões em ressarcimento de danos e confirmação de que a produção da Refinaria de Paulínia não tem data marcada para ser normalizada.

Nos destaques corporativos, Valid adquire controle de startup mineira por R$ 6,4 milhões, Marisa anuncia primeira fase do seu projeto omnichannel, Banco BMG e Tivit protocolam junto à CVM solicitação de IPO e mais notícias. Além disso, o Estadão informa que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai colocar em votação após as eleições um projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 VALE3 VALE ON 56,27 -3,60 +45,43 670,39M
 BRAP4 BRADESPAR PN 33,34 -3,05 +20,33 33,46M
 USIM5 USIMINAS PNA 10,15 -2,87 +12,03 103,79M
 ESTC3 ESTACIO PARTON 21,31 -2,47 -34,47 21,47M
 PETR3 PETROBRAS ON N2 29,12 -2,02 +72,89 118,95M

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 VVAR11 VIAVAREJO UNT N2 15,15 +4,41 -38,01 50,61M
 NATU3 NATURA ON 32,23 +3,83 -1,56 48,81M
 CYRE3 CYRELA REALTON 13,38 +1,75 +5,29 11,97M
 QUAL3 QUALICORP ON 14,43 +1,55 -51,76 34,64M
 CSAN3 COSAN ON 37,64 +1,35 -6,70 39,01M
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)