Maior ETF do Brasil dispara 3,5% no after market após Datafolha reforçar Ibope com Bolsonaro na frente

Mercado estende a euforia com nova pesquisa eleitoral e indica que Ibovespa pode seguir rali e dólar tende a cair mais amanhã

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após seguir a euforia do mercado brasileiro e disparar 5,64% no pregão regular, o EWZ (iShares MSCI Brazil ETF), principal ETF brasileiro, chegou a saltar mais 3,54% no after market desta terça-feira (2) – segundo cotação das 19h40 – após a pesquisa Datafolha reforçar o cenário do Ibope que trouxe o ânimo dos investidores hoje.

Entre os ADRs (American Depositary Receipt) das empresas brasileiras negociados em Nova York, a Petrobras é o grande destaque, saltando mais de 6% no after market. Entre os bancos, o Itaú Unibanco sobe 2,8%, enquanto o Bradesco avança 2%. A Vale, por sua vez, tem valorização de 2,62%.

O Datafolha foi divulgado às 19h e mostrou Jair Bolsonaro (PSL) subindo de 28% para 32%, enquanto Fernando Haddad (PT) oscilou para baixo, passando de 22% para 21%. A diferença entre os dois, portanto, chegou a 11 pontos percentuais. No Ibope de ontem, a diferença era de 10 pontos, com o deputado do PSL chegando a 31%, contra 21% do petista.

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No terceiro lugar, e cada vez mais distantes, aparecem empatados tecnicamente Ciro Gomes (PDT), que manteve o patamar de 11% das intenções, e Geraldo Alckmin (PSDB) que voltou a oscilar para baixo, saindo de 10% para 9%.

Bolsonaro não só aumentou sua liderança, como vê sua situação em eventuais cenários de segundo turno melhorar. Contra Haddad, seu principal concorrente, o Datafolha agora coloca o deputado numericamente à frente do petista, 44% x 42%, mas ainda empatado tecnicamente.

Com o Ibope de ontem, o Ibovespa disparou 3,78% nesta terça, em sua maior alta diária desde 7 de novembro de 2016, quando subiu 3,98%. O índice fechou a 81.593 pontos, seu maior patamar desde 22 de maio, quando estava em 82.738 pontos.

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O dólar comercial, por sua vez, desabou 2,08%, cotado a R$ 3,9349 na venda, seu menor valor desde 17 de agosto, quando era cotado em R$ 3,9147.

Veja mais: Por que a bolsa disparou e o dólar despencou com chance maior de Bolsonaro ser presidente?

Estes números têm gerado uma onda de euforia não só no mercado, sendo que aumenta o número de pessoas que já fala em vitória de Bolsonaro no primeiro turno. Apesar do ganho de força, este ainda é um cenário muito distante, segundo a equipe da XP Política.

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“Apesar do resultado positivo para Bolsonaro, uma vitória já no primeiro turno ainda exige que ele conquiste 70% dos votos depositados nos quatro candidatos “azuis” (Alckmin, Alvaro, Amoedo e Meirelles) ou 55% dos votos deles somados aos de Marina Silva (Rede)”, explicam os analistas da XP.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.