O que NÃO fazer com seus investimentos até a definição das eleições?

Os analistas ainda respondem quais ações não devem fazer parte da sua carteira e quais títulos de renda fixa manter no seu portfólio

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Muito tem se falado sobre onde investir e o que fazer com seu dinheiro durante o período de elevada volatilidade, mas o que evitar? De quais ações fugir até que as questões eleitorais estejam definidas?  Os analistas Bruce Barbosa, Marilia Fontes e Renato Breia responderam essas perguntas no programa Analistas sem Censura desta terça-feira (18).

Apesar de as eleições estarem caminhando para uma definição de segundo turno, os analistas explicam que não é possível saber como o mercado vai reagir. “O pior dos cenários é o PT voltar. O dólar dispararia brutalmente para a casa dos R$ 5”, avalia Breia, que considera ser oportuno ter uma parte do portfólio de investimentos dolarizada – de 5% a 10%. No entanto, ele explica que aumentar muito a posição em Bolsa antevendo um cenário favorável “não faz sentido”.

Nem mesmo investir em opções de ações é uma boa ideia agora. “Vale operar via opções quando o mercado não entende que o cenário é binário. Quando o mercado vê bastante risco o preço das opções sobe muito, então você pode até ganhar dinheiro, mas essa probabilidade cai muito porque a opção fica muito cara e, se não acontecer nada a opção despenca”, explica Barbosa, lembrando que o cenário atual é de conhecimento geral – todos sabem que há eleições e que o ambiente de negócios está binário. 

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Os analistas ainda responderam quais ações não devem fazer parte da sua carteira. Barbosa indicou que não compraria hoje do setor siderúrgico e de aviação.

Sobre renda fixa, Marilia orientou que o investidor tome cuidado com taxas prefixadas e CDBs com vencimento de longo prazo. “O problema de estar travado por muito tempo em um CDB de banco ruim é que você não sabe o que vai acontecer com o banco daqui quatro anos. Você pode acabar entrando em um banco que em pouco tempo comece a mostrar bastante prejuízo”, alerta a analista.

No caso dos prefixados, Marilia avalia que os títulos atrelados à inflação oferecem menos risco. “Apesar de a inflação implícita estar bem alta, se ganha um candidato mais populista, com uma equipe econômica ‘a la’ Mantega, veremos o dólar continuar subindo, as taxas de juros e a inflação implícita também”, diz. “Se você quer correr esse risco, vá para os títulos indexados à inflação”, orienta. 

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Por outro lado, nos títulos com vencimento no curto e médio prazo – até 2021 – a inflação implícita é alta, o Banco Central crível, atividade econômica fraca e Selic que deve ficar estável por algum tempo. “Isso se prolongando, vai fazer com que as taxas futuras de mercados sejam todas reprecificadas para baixo – pelo menos no curto prazo”, explica Marilia.

Nos casos de títulos de crédito privado, Marilia orienta que os investidores evitem empresas muito alavancadas e em processo de reestruturação e foquem em companhias com lucro e receitas resilientes. No caso dos bancos, ela recomenda os mais conservadores e que antes da crise econômica não aumentaram sua carteira de credito e estão atualmente líquidos e com bastante provisão para eventuais perdas com inadimplência. “Agora é uma boa hora para evitar créditos mais arriscados”, acrescenta.

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Confira o programa na íntegra: 

Em observância à ICVM 598, o(s) analista(s) de valores mobiliários participantes deste programa declara(m) que suas recomendações, pelas quais é(são) o(s) respectivo(s) responsável(is) principal(is), refletem única e exclusivamente suas próprias opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente e autônoma.