Ibovespa Futuro recua com escalada da guerra comercial entre EUA e China e à espera de pesquisa Ibope

Donald Trump colocará tarifas de 10% sobre o valor de US$ 200 bilhões em importações chinesas a partir de 24 de setembro 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O mercado doméstico aguarda a divulgação de mais uma pesquisa eleitoral do Ibope, após o fim do pregão, enquanto digere a confirmação das tarifas impostas pelos Estados Unidos à China em dia da primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para definir a Selic.

Às 9h17 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro recuava 0,12%, a 77.015 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em outubro tinha alta de 0,14%, cotado a R$ 4,145, e o dólar comercial avançava 0,46%, para R$ 4,144.

Na segunda-feira (17), a Casa Branca anunciou que o presidente Donald Trump colocará tarifas de 10% sobre o valor de US$ 200 bilhões em importações chinesas a partir de 24 de setembro e essas tarifas aumentarão para 25% no final do ano. Os EUA já cobraram tarifas de US$ 50 bilhões em produtos chineses e Pequim rebateu com medidas direcionadas a US$ 50 bilhões em produtos norte-americanos.

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Em resposta, a China diz não tem escolha a não ser retaliar os Estados Unidos, levantando o risco de que Trump possa adotar, em breve, taxas sobre praticamente todos produtos chineses que o país compra. O comunicado do governo chinês não deu detalhes sobre os planos do país para a retaliação.

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura

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Bolsas mundiais 

As bolsas asiáticas encerraram em alta, apesar da escalada na tensão comercial entre China e Estados Unidos. Na segunda-feira (17), a Casa Branca anunciou que o presidente Donald Trump colocará tarifas de 10% sobre o valor de US$ 200 bilhões em importações chinesas a partir de 24 de setembro e essas tarifas aumentarão para 25% no final do ano. Os EUA já cobraram tarifas de US$ 50 bilhões em produtos chineses e Pequim rebateu com medidas direcionadas a US$ 50 bilhões em produtos norte-americanos.

As bolsas europeias e os índices futuros norte-americanos sobem após a alta do mercado asiático numa reação calma à movimentação dos Estados Unidos na guerra comercial. A reação do mercado é limitada pelo fato de a medida ter sido antecipada pelos investidores em outros pregões. 

Agenda do dia

Começa nesta terça-feira a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária)  – a nova taxa básica de juros será divulgada na quarta-feira (19), às 18h. O mercado acredita que a Selic deve se mantida em 6,5% ao ano. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui

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Analistas sem Censura no IMTV

Os analistas Bruce Barbosa, Marilia Fontes e Renato Breia comentam o que não fazer com seus investimentos em tempos de eleições e quais ações da Bolsa não devem fazer parte da carteira no programa Analistas sem Censura. O programa é transmitido ao vivo, a partir das 15h (horário de Brasília), pela IMTV e página do InfoMoney no Facebook

Noticiário político

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou R$ 1,5 milhão em gastos eleitorais com o escritório de advocacia Teixeira, Martins Advogados, que defende o petista nos processos criminais da Lava Jato, segundo informações da Folha de S. Paulo. 

Apesar de todo o investimento feito para manter a candidatura de Lula à Presidência, Fernando Haddad, seu substituto na chapa acha “difícil” que Lula queira ter cargo formal em seu eventual governo. No entanto, ele disse que Lula estará “permanentemente conosco e não há nenhuma dificuldade de admitir isso”. Tentando uma vaga no segundo turno, o PT pretende entoar um discurso “pacificador” ante Jair Bolsonaro (PSL) e, segundo aliados, “este embate precisa ser o da civilização x barbárie”, conforme informações publicadas pela Folha de S. Paulo. 

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Do outro lado do embate político, o coordenador da campanha presidencial de Bolsonaro em São Paulo, o deputado federal Major Olímpio afirmou que os partidos do Centrão poderão formalizar nos próximos dias apoio ao candidato do PSL. Segundo Olímpio, candidaturas como a de Geraldo Alckmin (PSDB) devem ser esvaziadas.

Diante disso, Geraldo Alckmin (PSDB) tenta evitar uma debandada de aliados e quer reforçar a visibilidade do tucano em São Paulo nas três semanas que restam antes do primeiro turno, informa o jornal O Estado de S. Paulo. 

Ainda na briga por uma vaga no segundo turno, Ciro Gomes (PDT), voltou a defender a instituição de mandato duplo de inflação e taxa de desemprego para o Banco Central no País. Na avaliação dele, a adoção do duplo mandato seria uma forma de o Brasil se alinhar às “melhores práticas mundiais”, a exemplo do modelo adotado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e pelo Banco Central Europeu (BCE).

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Noticiário corporativo

Depois de comprar a The Body Shop em setembro de 2017, a Natura está avaliando novas aquisições no exterior e pode comprar a Avon. À Bloomberg, a Natura informou que não existem negociações em curso sobre possível aquisição da Avon, mas segundo o Valor Econômico, o interesse é real e faz parte da estratégia de internacionalização da empresa.

No radar dos negócios da Petrobras, mudanças regulatórias adotadas no Brasil nos últimos anos, como a flexibilização do operador único, os ajustes na política de conteúdo local com valores mais atingíveis, a extensão do Repetro e a retomada das rodadas da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) permitiram a reentrada da maior companhia privada de petróleo do mundo, a ExxonMobil.

Dennis Herszkowicz, VP da divisão de novos mercados pediu demissão da Linx. A BRF leiloará no início de outubro ativos não-operacionais, como fazendas, terrenos, apartamentos e centros de distribuição. Pelos lances mínimos propostos, a empresa levantará cerca de R$ 30 milhões.

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A Suzano lançou e precificou, por meio da sua subsidiária Austria, títulos com vencimento em 2029 no valor total de US$ 1 bilhão.

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