Cessão onerosa fica para 2019, Minerva propõe aumento de capital bilionário e Banco Inter é rebaixado

Confira esses e outros destaques corporativos desta quarta-feira (12)

Weruska Goeking

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Leilão de excedente da cessão onerosa deve ficar para 2019 e preocupa acionistas da Petrobras, Bradesco BBI vê operação positiva do Banco Inter, mas rebaixa ação e Minerva propõe aumento de capital de até R$ 1,059 bilhão. 

Confira esses e outros destaques corporativos desta quarta-feira (12):

Petrobras (PETR3; PETR4)

A minuta do aditivo do contrato de cessão onerosa celebrado entre a União e a Petrobras será encaminhada para uma análise prévia do TCU (Tribunal de Contas da União), conforme anunciado na terça-feira (11) pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, durante a cerimônia de assinatura de contratos de alguns blocos arrematados na 15ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás. 

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O contrato de cessão onerosa foi assinado em 2010, durante o processo de capitalização da Petrobras. A estatal transferiu R$ 74,8 bilhões ao Tesouro Nacional e obteve o direito de explorar 5 bilhões de barris de petróleo sem licitação. A reavaliação do acordo, em curso atualmente, era prevista em contrato.

A Petrobras acredita que tem recursos a receber do governo, levando em conta a queda do valor do petróleo no mercado internacional nos últimos anos. As negociações caminham para a realização de um mega-leilão, no qual seriam licitados os volumes de óleo da área de cessão onerosa que excederem os 5 bilhões de barris previstos no contrato original.

“A notícia é negativa para a Petrobras, dado que a empresa enfrenta o risco de recomeçar todas as negociações sob um novo governo.”, avalia a equipe de análise da XP Research. 

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Eletrobras (ELET3; ELET6)

A governadora de Roraima, Suley Campos, pediu ao Ministério de Minas e Energia que a Eletrobras faça a manutenção da linha de transmissão da usina hidrelétrica Guri, na Venezuela. O linhão de transmissão de energia da usina abastece 10 dos 15 municípios do estado que sofre com uma rotina de interrupções constantes no fornecimento de energia. O restante do suprimento vem do acionamento de usinas termelétricas.

O pedido foi feito durante reunião da governadora com o ministro Moreira Franco para tratar da situação do estado, após a Venezuela cogitar suspender o fornecimento de energia a Roraima, em razão da falta de pagamento pelo suprimento de eletricidade.

Roraima é o único estado que não está interligado ao sistema elétrico nacional. A Eletronorte, subsidiária da Eletrobras responsável pelo fornecimento de energia na Região Norte acumula uma dívida de mais de US$ 30 milhões com a Corpoelec, empresa venezuelana encarregada do setor elétrico no país vizinho.

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Minerva (BEEF3)

A Minerva propôs aumento de capital de até R$ 1,059 bilhão. A proposta prevê a subscrição de até 165 mil ações com preço de R$ 6,42 cada e os acionistas que participarem da operação receberão bônus que darão o direito de subscrever uma ação adicional. A proposta será submetida a aprovação de acionistas em assembleia geral extraordinária.

Os acionistas controladores VDQ (28% de participação) e Salic (21%) já se comprometeram a subscrever as novas ações em um montante que permitiria que suas participações ficassem inalteradas. Será admitida a homologação do Aumento de Capital parcialmente subscrito desde que sejam subscritas, no mínimo, 82 milhões de ações, correspondendo a um aumento mínimo de R$ 527 milhões.

O prêmio do aumento de capital está em 11%, considerando o preço da ação no fechamento de ontem, mas os analistas do Itaú BBA calculam que os ganhos dos acionistas fiquem entre 5% e 7%, sem considerar os benefícios de redução de risco. “Acreditamos que o negócio é positivo para os acionistas atuais e atrairá interesse”, afirmam os analistas em relatório.

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QGEP (QGEP3)

A QGEP decidiu devolver dois blocos na Bacia de Pernambuco-Paraíba. A empresa adquiriu 30% de participação nos blocos PEPB-M-896 e PEPB-M89 na 11ª Rodada de Licitações da ANP, em 2013, e os períodos exploratórios terminam neste mês.

“Esta decisão é resultado da contínua otimização do portfólio da companhia”, informou a empresa. O valor dos compromissos assumidos pela QGEP do Programa Exploratório Mínimo nos dois blocos é de R$ 10,8 milhões e o valor contabilizado como bônus de assinatura foi de R$ 900 mil. Segundo a empresa, os valores irão impactar o resultado do terceiro trimestre de 2018.

Banco Inter (BIDI4)

A equipe de análise do Bradesco BBI rebaixou a ação do Banco Inter para recomendação neutra, com preço-alvo de 28 no fim de 2019, valor 2,41% acima do último fechamento de pregão. Os analistas acreditam que o banco deve encerrar o ano de 2018 com 1,3 milhão de clientes, ante estimativa anterior de 1 milhão. 

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A grande base de clientes deve impulsionar o ROE (retorno sobre o patrimônio) da empresa, desde que o Inter continue lançando produtos financeiros e, eventualmente, novas linhas de crédito. No entanto, a alta recente das ações de 70% desde o início da cobertura do papel pelo Bradesco BBI já precifica praticamente todas essas melhoras esperadas, incluindo um ROE de 23%, patamar acima dos bancos tradicionais. 

Banco do Brasil (BBAS3)

Segundo o Valor Econômico, o volume de crédito rural contratado nos dois primeiros meses da safra 2018/2019 cresceu 45%, atingindo R$34,1 bilhões. O Ministério da Agricultura afirmou ser o maior patamar dos cinco anos do Plano Safra, que visa estimular o setor através de condições mais favoráveis na concessão de crédito.

Por possuir aproximadamente 60% de participação no segmento e R$ 103 bilhões a serem disponibilizados para a atual safra, o Banco do Brasil é o principal beneficiado pelo aumento na originação de crédito, que incrementa as receitas de serviços além da margem financeira bruta, destaca o time de análise da XP Research.

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Brasil Pharma (BPHA3)

O balanço da Brasil Pharma deve sair após fechamento do mercado.

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(Com Agência Brasil)