Petrobras sobe 1,5% com petróleo e possível venda de ativos; holding da Bradespar avança após recomendação

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (10)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa abriu caminhando para uma sessão positiva, repercutindo o desempenho positivo dos ADRs (American Depositary Receipts) brasileiros no feriado em meio à repercussão sobre os efeitos eleitorais do ataque com faca sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) – entenda mais clicando aqui. Contudo, o índice amenizou os ganhos e, enquanto Petrobras (PETR3;PETR4) ainda conseguiu fechar em alta, os bancos como o  Itaú Unibanco (ITUB4),  Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) ficaram próximos à estabilidade. 

Enquanto isso, os maiores ganhos ficaram com a Bradespar (BRAP4), que reagiu positivamente à recomendação do Itaú BBA, que iniciou a cobertura para os papéis com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado). Confira os principais destaques da bolsa: 

Petrobras (PETR3; PETR4)

Além das pesquisas eleitorais, o mercado repercutiu a alta dos preços do petróleo, com o brent em alta de 0,72%, a US$ 77,38 o barril. 

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Também em destaque, a Petrobras fez reunião com investidores em São Paulo, destacando que a previsão da dívida líquida da companhia para este ano é de US$ 69 bilhões, montante abaixo do registrado em 2017, de US$ 85 bilhões. Além disso, internamente, há declarações dos executivos da estatal, apontando que as discussões sobre a venda da PetroAfrica “evoluem positivamente”, o que também aumenta o ânimo dos investidores. 

Bradespar (BRAP4)

O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações do Bradespar com recomendação “outperform” (acima de média do mercado, o equivalente a compra) e preço-alvo de R$ 36,50 ao fim de 2019, um potencial de alta de 20,3%. Segundo os analistas, o acordo entre a Bradespar, Litel e Elétron poderia encerrar uma disputa de 10 anos e levar a um aumento de 20% em relação aos valores atuais da ação. Além disso, a Bradespar também é a melhor maneira de alavancar o aumento do rendimento de dividendos da Vale.

Gol (GOLL4)

A Gol teve aumento de 0,1% na demanda total em agosto ante o mesmo período do ano passado e a taxa de ocupação consolidada atingiu 76,9%. A oferta total aumentou em 1,7% devido à redução das decolagens em 1,3% e do aumento de 3% no total de assentos.

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Nos voos domésticos, a Gol ampliou a sua oferta de assentos em 2,7%, acima da demanda de 1,8% para o mesmo período. A taxa de ocupação doméstica da Gol diminuiu para 78%, uma redução de 0,8 ponto percentual em relação a agosto de 2017. O volume de decolagens reduziu 0,7% e o total de assentos aumentou 3,6% na comparação com agosto do ano passado. 

Kroton (KROT3)

A Kroton deve anunciar este mês compra de duas novas escolas de ensino básico, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. Os negócios, ainda mantidos sob sigilo, já estão praticamente concluídos e devem marcar a entrada da companhia em uma nova região. 

A empresa se prepara ainda para os passos finais da aquisição da Somos, que pode ser concluída em outubro. A transação foi aprovada pela Superintendência Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e aguarda o prazo para eventual avocação, ou seja, o período de 15 dias em que pode ser solicitada a revisão da decisão pelo Tribunal do Cade.

Embraer (EMBR3)

Um juiz determinou que o presidente Michel Temer deve ouvir um conselho de representantes militares e políticos para analisar o acordo da fabricante de aviões Embraer com a Boeing, segundo o jornal Valor Econômico.

O presidente mundial da Boeing, Dennis Muilenburg,, acredita que a aquisição da unidade de jatos comerciais da Embraer será aprovada pelo atual governo do Brasil, este ano, ou pelo próximo presidente da República, a partir de 2019, conforme entrevista à revista Veja desta semana.

BB Seguridade (BBSE3)

BB Seguridade teve cobertura iniciada como “outperform” (acima de média do mercado, o equivalente a compra) pelo Safra, com preço-alvo de R$ 30.

Aliansce (ALSC3)

A Aliansce também foi iniciada como “outperform” (acima de média do mercado, o equivalente a compra) pelo Safra.

J&F

Além de levar à arbitragem o conflito com a J&F Investimentos, controladora da JBS (JBSS3), em torno da Eldorado Brasil, a Paper Excellence seguirá brigando na Justiça para fechar a aquisição do controle da produtora de celulose de Três Lagoas (MS), apurou o jornal Valor Econômico. Ao mesmo tempo, a empresa do indonésio Jackson Wijaya indicou a interlocutores que estaria aberta a um acordo. 

Copasa (CSMG3)

O Credit Suisse iniciou a cobertura da Copasa com recomendação “outperform” (acima de média do mercado, o equivalente a compra) e preço-alvo de R$ 49, um potencial de alta de 16,8%. 

A equipe do Credit acreditamos que a Copasa seja a mais defensiva entre as empresas do setor de saneamento, principalmente em função de dividendos sólidos, baixo risco de reservatórios e múltiplos atrativos. “A empresa anunciou um capex conservador para o período de 2018-2022 e também reduziu a exposição a moeda estrangeira. Alem disso, a Copasa nos parece a empresa com maior capacidade para adicionar municípios a base”, explicam os analistas em relatório.

Sabesp (SBSP3)

O Credit Suisse iniciou a cobertura da Sabesp com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 28,50, um potencial de alta de 16,3%. Para os analistas, o potencial de crescimento parece atrativo, mas a maior preocupação fica para uma politica de dividendos menos atrativa entre as empresas de saneamento.

“As margens devem continuar estáveis nos próximos anos em um patamar próximo de 46%-47%”, segundo os analistas. A empresa ainda está discutindo alguns dos parâmetros da revisão com o regulador. Vale lembrar que a proximidade das eleições dificultam alguma renegociação neste ano. 

Sanepar (SAPR4)

O Credit Suisse iniciou a cobertura da Sanepar com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 49, um potencial de alta de 469,8%. Os analistas destacam que a empresa tem um plano agressivo de Capex para os próximos anos, que o Paraná não tem grande espaço para crescimento e última revisão tarifaria não foi muito positiva.  

RD (RADL3) e Profarma (PFRM3)

O fundador e presidente da Pague Menos, Deusmar Queirós, foi preso no último sábado. Ele foi condenado em 2013 pela acusação de crime contra o sistema financeiro entre os anos de 2000 e 2006, com a sentença confirmada pelo Superior Tribunal, que determinou a execução da pena. Os crimes estão relacionados à Corretora Renda, uma corretora controlada por Queiros, sem ligação direta com o Pague Menos.

“Vemos a notícia como ligeiramente positiva para os varejistas de medicamentos, como a RD e Profarma, pois a prisão de seu acionista controlador pode atrasar o plano da Pague Menos de expandir operações e listar suas ações, permitindo que outros players conquistem participação de mercado, principalmente no Nordeste do Brasil, onde as operações da Pague Menos estão concentradas. No entanto, não vemos a notícia como um grande catalisador para RADL3 e PFRM3”, avaliam os analistas do Brasil Plural.

Cielo (CIEL3)

A Cielo comunicou que foram cumpridas todas as condições necessárias para a aquisição de participação na Stelo. A operação deverá ser concluída até 11 de setembro nos termos dos documentos da Operação, ocasião em que a companhia informará o valor final da operação – considerando a atualização do preço de aquisição de R$ 87,5 milhões estabelecidos entre as partes. Com a conclusão do negócui, a participação da Cielo no capital social da Stelo passará de 30% para 100%.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.