Por que a bolsa disparou após Bolsonaro ser esfaqueado?

A avaliação do mercado é de que, com esse ataque, aumenta o sentimento de polarização no País, o que pode beneficiar o Bolsonaro

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Brasil foi pego de surpresa com a notícia da facada sofrida pelo candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), e a reação do mercado foi imediata.

Logo após a notícia, o Ibovespa disparou mais de 1.000 pontos em menos de meia hora, com o dólar futuro subindo mais de 2% (confira como fechou o mercado clicando aqui).

A avaliação do mercado é de que, com esse ataque, aumenta o sentimento de polarização no País, o que pode beneficiar Bolsonaro, que lidera as pesquisas eleitorais, mas ainda sofre uma grande rejeição.

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Do outro lado, analistas apontam que o caso atrapalha bastante a esquerda por conta desta polarização, o que pode reduzir as chances de uma vitória dos nomes deste espectro.

“Martiriza Bolsonaro. Até porque, pelo que indica o noticiário, o agressor é de esquerda. Isso pode fortalecer o candidato”, destaca um cientista político ouvido pelo InfoMoney. 

Para Richard Back, analista político da XP Investimentos, “o episódio pode aumentar a chance de Bolsonaro ir para o segundo turno. Ele estava perdendo votos e, de repente, vira vítima quase do tamanho do Lula”.

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Já Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset, diz que “Bolsonaro que tinha 9 segundos de propaganda na TV e agora tem 24 horas em todos os veículos de mídia”. “Haverá centenas de famosos mandando melhoras e boas vibrações, o que pode ajudá-lo em sua campanha”, afirmou.

Recentemente, o mercado passou a ver de forma positiva uma eventual vitória do candidato do PSL, principalmente por conta do seu plano de governo mais liberal e o fato de Paulo Guedes, a favor de privatizações e de reformas, ser o seu assessor econômico, já indicado como futuro ministro da Fazenda caso Bolsonaro seja eleito.

Na última pesquisa Ibope, Bolsonaro aparece com 22% das intenções de voto no primeiro turno, mas perderia nos cenários de segundo turno na disputa contra Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin, empatando tecnicamente com Fernando Haddad.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.