Petrobras zera ganhos com petróleo, Vale sobe mais de 2% e Ecorodovias dispara com recomendação

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (6) pré-feriado

Lara Rizério

Petrobras (PETR3; PETR4)

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As ações da Petrobras viraram para leve queda acompanhando o preço do petróleo. Os EUA divulgaram os dados de estoque de petróleo, com uma alta acima do esperado para 549 mil barris. 

Atenção ainda para o comunicado da estatal, que aprovou o uso de um mecanismo financeiro adicional à sua política de preços, que lhe dá a opção de aumentar os períodos de estabilidade no preço da gasolina por prazos curtos. “Sem abrir mão da paridade dos preços internacionais, o mecanismo de hedge, a ser aplicado por não mais do que 15 dias, permitirá à empresa obter um resultado financeiro equivalente ao que alcança com a prática de reajustes diários”, informa a estatal em nota enviada ao mercado.

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Além disso, a empresa discute com a Equinor (antiga Statoil), da qual é sócia em inúmeros ativos de óleo e gás, sobre uma possível parceria estratégica no setor de energia eólica offshore. Depois de estrear no mercado brasileiro de energias renováveis, com a aquisição de um projeto de energia solar no Ceará, a norueguesa quer aumentar sua presença no setor de energia renovável. A empresa pretende investir cerca de US$ 15 bilhões no Brasil até 2030. 

A fornecedora de plataformas holandesa SBM Offshore se comprometeu a pagar uma multa adicional à Petrobras de R$ 200 milhões, estabelecida com base em um novo acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal. 

Sobre sua produção, a estatal informou que ela aumentará de forma mais intensa a partir de 2019 e, em 2022, atingirá a marca de 2,9 milhões de barris por dia (bpd), segundo o Broadcast.

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Vale (VALE3)

As ações da Vale registram ganhos guiadas pela alta do minério de ferro, com o negociado em Qingdao tendo variação positiva de 2,7%, a US$ 68,85 a tonelada. 

IRB (IRBR3)

As ações da IRB registram ganhos expressivos nesta sessão. Em destaque, o Itaú BBA divulgou o Radar de Preferências com 17 indicações de ações para o mês de setembro. Em serviços financeiros, a empresa de resseguradoras entrou na carteira no lugar da Valid (VLID3). 

Já no início desta semana, foram divulgados os dados da Susep, que deram uma leitura mista para IRB, de acordo com análise do Credit Suisse. “Do lado positivo, chamamos a atenção para a aceleração generalizada, especialmente nos segmentos com alta penetração de resseguros. No entanto, em termos absolutos, os números ainda são fracos”, apontaram os analistas.

 

Intermédica (GNDI3)

Depois de adquirir Samed e Mediplan, a Notre Dame Intermédica anunciou a compra da operadora de planos de saúde GreenLine por R$ 1,2 bilhão. O plano de integração prevê sinergias a partir de 2019, o que faria com que múltiplo da transação fosse equivalente a 7,4 vezes o Ebitda pro-forma de 2019.

A aquisição considera um carteira de 464 mil usuários, dois hospitais, 10 pronto-socorros e nove clínicas médicas em São Paulo. Atualmente, a Intermédica possui 18 hospitais, 67 centros clínicos, 10 unidades de medicina preventiva e 23 pronto-socorros.

Com a aquisição, a Notre Dame dá mais um passo estratégico para fechar o mercado de São Paulo a novos entrantes, como a Hapvida, embora as opções ainda não tenham se esgotado, segundo os analistas do BTG Pactual.

“Por mais que se trate de um negócio de grande porte, não vemos potenciais restrições por parte do Cade, dado que a companhia não deve chegar a 30% de participação em nenhuma cidade relevante em termos de planos de saúde. A companhia espera que o negócio seja aprovado ao longo do primeiro trimestre de 2019”, afirmam os analistas em relatório enviado a clientes. 

Cielo (CIEL3) e Itaú Unibanco (ITUB4)

O Banco Central colocou em consulta pública uma proposta de regulamentar o registro de recebíveis de cartões de pagamento, com objetivo de ampliar a concorrência no setor. Credenciadoras de cartões, como Cielo, Rede (do Itaú) e GetNet, devem registrar em entidade que será autorizada pela autoridade monetária, as operações de cartões para que o lojista possa usá-las livremente.

O objetivo do Banco Central é estimular a competição no setor e reduzir o custo do crédito, uma vez que hoje as operações estão concentradas nos grandes bancos.?

Para os analistas do Credit Suisse, o impacto dessa medida deve ser maior para a Cielo, devido à sua exposição à pequenas e médias empresas, com a receita de pré-pagamento representando 26,7% do lucro em 2018, conforme projeções do banco. No entanto, pensando em um caso extremo de que não tivesse mais pré-pagamento, a Cielo ainda poderia compensar por ter de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões de capital disponível.

Outro ponto é que a nova medida poderia permitir o pré-pagamento a todos os varejistas, mesmo que a uma taxa mais baixa que atual. “No caso de PagSeguro, acreditamos que ela seria menos afetada dada à sua exposição a micro empreendedores”, avalia o Credit.

Ecorodovias (ECOR3)

A recomendação para a ação da EcoRodovias foi elevada para overweight (acima da média de mercado, o equivalente a compra) pelo Morgan Stanley. 

Telefônica (VIVT4; VIVT3)

A Telefônica irá distribuir R$ 2,8 bilhões em JCP (Juros sobre Capital Próprio) aos seus acionistas, montante referente ao lucro líquido reportado no segundo trimestre deste ano. Para os detentores das ações ordinárias (VIVT3), o valor bruto desembolsado será de R$ 1,55501 por ação, o que equivale a um dividend yield (dividendo pago por ação dividido pela cotação do papel) de 4,2% frente ao último fechamento. Com relação aos papéis preferenciais (VIVT3), será pago R$ 1,71051 por ação, ou seja, um yield de 4,3% pela mesma base de comparação. 

O valor do provento será pago até o final do exercício social de 2019, informou a empresa, ao passo que para garantir o recebimento do mesmo o acionista deve ter o papel em sua custódia até o dia 16 de setembro, o que corresponde a “data com” do provento. Portanto, no dia 17 deste mês, as ações serão negociadas “ex-juros” na Bolsa.

Br Malls (BRML3)

A Fitch Ratings elevou o rating nacional de longo prazo da Br Malls e de suas debêntures de ‘AA+’ para ‘AAA’, com perspectiva estável.    

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.