Ibovespa Futuro zera alta e dólar passa a subir com mercado atento ao exterior e a decisões do STF

Depois de subir forte na véspera, sessão é mais "tranquila" para o mercado nacional, de olho nos EUA e julgamento de Bolsonaro no Supremo

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Após a disparada superior a 2% do Ibovespa na véspera de olho no acordo bilateral entre EUA e México, o contrato futuro do benchmark da bolsa com vencimento em outubro abriu com leves ganhos, acompanhando o começo de dia mais “tranquilo” das praças internacionais, mas logo zerou as perdas. Às 9h21 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro tinha leve baixa de 0,02%, a 78.115 pontos, enquanto o contrato de dólar futuro com vencimento em setembro, que abriu em queda, passou a subir 0,49%, a R$ 4,103. Já o dólar comercial tem alta de 0,36%, a R$ 4,0958 na venda. 

O acordo bilateral entre EUA e China permite proteções à propriedade intelectual “fortes e eficazes”, segundo a Casa Branca, decisão esta que repercutiu principalmente nas praças internacionais na véspera. 

Hoje, as bolsas europeias e os índices futuros dos Estados Unidos têm leve alta com investidores atentos às novidades das relações comerciais entre Estados Unidos e outros países, especialmente a China, para entender o que os acordos podem significar para o país. As negociações entre o governo norte-americano e outras grandes economias colocaram os mercados em uma montanha-russa nos últimos dias.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A maior parte das principais moedas opera em leve alta ou estável diante da divisa norte-americana. A lira turca destoa das demais e opera em queda. O yuan chinês se fortalece após banco central do país aumentar o valor fixado para a moeda contra o dólar. 

Já o petróleo tem o terceiro dia de alta e passa de US$ 69. Os metais avançam em Londres e o preço do aço futuro sobe em Xangai.

Em uma sessão de agenda esvaziada, o noticiário político chama a atenção. O STF (Supremo Tribunal Federal) analisará entre os dias 7 e 13 de setembro, em julgamento virtual, um recurso (embargo de declaração) da defesa de Lula contra uma decisão do plenário da corte que negou habeas corpus ao petista no início de abril, informou a corte, depois de o relator do caso, ministro Edson Fachin, liberar o caso para julgamento. 

Continua depois da publicidade

Também no Supremo, a primeira Turma do STF deve decidir nesta terça-feira se recebe ou não denúncia contra Bolsonaro pelo crime de racismo, o que pode torná-lo réu pela terceira vez. Os ministros acreditam que a aceitação da denúncia, que geraria a discussão sobre a possibilidade de ele seguir candidato, pode acirrar ânimos e elevar a temperatura eleitoral, segundo destacou a Folha. 

Fora da corrida para as eleições, hoje é o último dia para que o presidente Michel Temer sancione as medidas provisórias aprovadas no Congresso sobre a greve dos caminhoneiros. 

Mais noticiário político

Em sabatina no Jornal Nacional, da Rede Globo, Ciro Gomes (PDT), defendeu-se sobre as suas declarações de que colocaria o “Ministério Público na caixinha” e que receberia o juiz federal Sérgio Moro a bala caso tentasse prendê-lo. O convidado desta terça-feira é Bolsonaro. Confira os principais pontos da fala dele clicando aqui. 

Vale ressaltar que o Jornal Nacional da Globo entrevista Bolsonaro nesta terça, Geraldo Alckmin (PSDB) na quarta- feira (29) e Marina Silva (Rede) na quinta-feira (30). 

Noticiário corporativo

A Suzano informou a contratação de R$ 786 milhões em notas de crédito de exportação e Crédito Produtor Rural com o Banco Safra, em meio à aquisição da Fibria. Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa informou que os recursos da captação serão usados para financiar suas exportações e atividades de custeio. A emissão tem prazo de oito anos.

O conselho de administração da Natura aprovou a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures em sua 9ª emissão, com recursos a serem usados para refinanciamento de dívidas da companhia de cosméticos. A emissão será realizada em três séries, com data de 21 de setembro e vencimentos entre dois e quatro anos. A BR Properties teve perspectiva rebaixada a negativa pela S&P.

A Marfrig comunicou, em fato relevante, que foi aprovado um aditivo ao acordo de acionistas que estabelece uma política financeira para redução do nível de alavancagem da companhia, que pode levar a restrições à remuneração de acionistas e à aquisição de participações acionárias em caso de descumprimento. O terceiro aditivo do acordo de acionistas, assinado pela MMS Participações e o BNDES Participações, limita o nível de alavancagem medido pela dívida líquida/Ebitda consolidado ajustado a 2,5 vezes em 31 de dezembro de 2018 e a 3,5 vezes nos trimestres seguintes.

ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgou a metodologia de cálculo do preço de referência do óleo diesel. Entre os principais aperfeiçoamentos realizados na proposta após consulta e audiência públicas estão inclusão de custos de movimentação e armazenagem nos portos e consideração de custos de logística interna de entrega.

Quer investir pagando apenas R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.