Ações do Facebook desabam mais de 10% após resultado pior que o esperado

A rede social reportou uma queda em seu número de usuários nos últimos três meses.

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – As ações do Facebook desabaram mais de 10% logo após o fechamento do mercado norte-americano após a companhia apresentar um resultado abaixo do esperado pelos analistas. A rede social reportou uma queda em seu número de usuários e entregou receita e lucro abaixo das projeções.

A companhia começou a mostrar os primeiros sinais dos impactos dos recentes escândalos de vazamento de dados, com a receita e o número de pessoas acessando o site diariamente não batendo as expectativas. O Facebook teve 1,47 bilhão de usuários diários em junho, ante uma projeção de 1,48 bilhão dos analistas consultados pela Bloomberg.

O ritmo de crescimento dos usuários teve queda, ficando 11% acima do ano passado, em comparação com 13% no trimestre anterior. Já o lucro líquido da companhia ficou em US$ 5,1 bilhões, ou US$ 1,74 por ação, resultado levemente acima da estimativa média dos analistas, que era de US$ 1,72, mas uma alta 32% em relação ao mesmo período de 2017.

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A receita, impulsionada pelas vendas de publicidade móvel, cresceu 42%, para US$ 13,2 bilhões, ficando abaixo de projeção de US $ 13,3 bilhões. Às 17h35 (horário de Brasília), os papéis da empresa tinham perdas de 7,59%, a US$ 201,00, após fecharem o pregão regular com alta de 1,32%, atingindo sua máxima história.

O fundador e executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, disse em nota que a comunidade e os negócios estão crescendo “rapidamente”. “Estamos comprometidos em investir para manter as pessoas seguras e continuar construindo novas maneiras significativas de ajudar as pessoas a se conectarem”, disse ele.

A reação das ações não tem relação com a polêmica gerada nesta quarta no Brasil, com a remoção de 196 páginas e 87 perfis da rede social. Segundo a empresa, estas páginas faziam parte de uma “rede coordenada de contas falsas” que visavam “espalhar desinformação”. No fim da tarde, o MPF (Ministério Público Federal) deu um prazo de 48 horas para o Facebook explicar o caso.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.