Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quinta-feira

Confira os principais eventos deste pregão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As apreensões sobre a guerra comercial voltaram à tona nesta quinta-feira (19) e impactam os mercados mundiais, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter reiterado a sua ameaça de tarifar os automóveis europeus se não houver um acordo que considere justo. Por aqui, o noticiário sobre alianças eleitorais também ganha destaque. Confira no que se atentar nesta sessão:

1. Bolsas mundiais

Após um dia positivo às bolsas mundiais na quarta-feira (18), guiado pelo otimismo com a economia americana e a temporada de resultados corporativos, o pregão de hoje é de menor ímpeto para os índices globais, que registram baixa em sua maioria. 

Os índices futuros americanos sinalizam para uma sessão de queda, quebrando uma sequência de cinco dias de ganhos para o Dow Jones, enquanto investidores aguardam mais resultados vindo da Microsoft e Paypal e a divulgação de indicadores econômicos. As disputas comerciais também voltam a ganhar destaque hoje, com ameaças de que os EUA aplique tarifas de 20% ou 25% sobre automóveis vindo da União Europeia, caso o encontro do presidente Donald Trump com autoridades europeias na próxima semana não gere um acordo que ele considere justo. 

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Já na Europa, as principais bolsas também registram perdas, com somente o índice britânico FTSE 100 operando em leve alta. Resultados das vendas no varejo do Reino Unido inspiraram uma reação mista, com uma decepcionante queda de 0,5% em junho em comparação a maio, mas fechando um bom trimestre, com vendas superando o anterior em 2,1% – maior salto desde 2015. Na Ásia, os principais índices também tiveram fechamentos negativos, com as bolsas chinesas de Hang Seng e Xangai chegando a seu terceiro dia seguido de queda.

No radar das commodities, os preços do petróleo caem por ainda outro dia, com notícias sobre o estoque dos EUA crescendo em 5,8 milhões de barris na última semana – enquanto as projeções eram de uma queda de 3,6 milhões -, e o fornecimento atingindo alta recorde.

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Às 8h02 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,31%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,23%

*Nasdaq Futuro (EUA) -0,39%

*DAX (Alemanha) -0,43%

*FTSE (Reino Unido) +0,02%

*CAC-40 (França) -0,52%

*FTSE MIB (Itália) -0,35%

*Hang Seng (Hong Kong) -0,38% (fechado)

*Xangai (China) -0,53% (fechado)

*Nikkei (Japão) -0,13% (fechado)

*Petróleo WTI -1,21%, a US$ 67,93 o barril

*Petróleo brent -1,23%, a US$ 71,96 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,32%, a 467,50 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 7380,92 -0,28%
R$ 28.500 +1,05% (nas últimas 24 horas)

2. Agenda de indicadores

Em um dia sem muitos indicadores relevantes, os EUA contarão os pedidos de auxílio-desemprego às 9h30 e os indicadores antecedentes de junho às 11h. Já às 10h, no Brasil, a CNI revela os dados de confiança industrial. Às 20h30, o Japão divulgará os números de preços ao consumidor de junho. 

3. Bitcoin de volta à IMTV

Nesta quinta, a partir das 16h30, dois dos maiores especialistas em criptomoedas do Brasil, Safiri Félix e Fernando Ulrich, debatem se vale a pena comprar Bitcoin agora após a disparada de 10% dos últimos dois dias. A conversa marca o retorno do programa “Mundo Bitcon”, que agora será repaginado com o nome de “Bloco Cripto”, que passa a ser exibido semanalmente a partir da próxima terça-feira (24). Confira a grade completa da IMTV clicando aqui

4. Notícias do dia

As alianças eleitorais seguem sendo destaque no noticiário desta quinta-feira. Conforme destaca o jornal Folha de S. Paulo, o presidente do PR, Valdemar Costa Neto, evita apoio automático a Ciro Gomes, acena a Geraldo Alckmin e faz centrão rever cenário. Segundo o jornal, apesar de não ter proximidade com o tucanato, exaltou que Alckmin é de São Paulo, seu estado, e tem perfil mais previsível do que o explosivo Ciro. Concluiu, porém, dizendo que não faz veto ao pedetista e que seguirá o que o grupo decidir. Por outro lado, o PR descartou em definitivo retomar qualquer conversa com Jair Bolsonaro (PSL). 

Enquanto isso, o mesmo jornal informa que o PT ofereceu o posto de vice ao PC do B –que não respondeu. Gleisi Hoffmann (PT-PR) fará nova reunião com a sigla nesta quinta (19). 

Já no TSE,  a ministra Rosa Weber, que comanda o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante o recesso, negou liminarmente um pedido feito pelo MBL (Movimento Brasil Livre) para já declarar o ex-presidente Lula inelegível antes mesmo dele entrar com o pedido de registro.

5. Noticiário corporativo

Nas notícias do mundo corporativo, a Notre Dame Intermédica firmou um acordo de intenção de compra do Grupo Mediplan Sorocaba, a preço de 9,1 vezes o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).  Enquanto isso, o acordo entre Embraer e Boeing levou o TCU (Tribunal de Contas da União), a adiar a análise de uma consulta sobre as chamadas “golden shares” – que dão ao governo poder de veto sobre decisões de empresas privatizadas -, com o ministro Vital do Rêgo afirmando que ainda tinha muitas dúvidas e pedindo vista do processo.

 Já a empresa de energia italiana Enel considera investir mais no Brasil, seguindo a sua compra da Eletropaulo em junho. Na linha de visão do executivo Francesco Starace estariam duas distribuidoras da Eletrobras e a Light, afirmou em entrevista ao Valor Econômico. Por fim, a Cielo contratou a firma de recrutamento Korn Ferry para auxiliar na seleção de um novo CEO, trabalhando sobre uma lista de nomes já preparada pelos bancos controladores, Bradesco e Banco do Brasil.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.