Maiores mineradoras querem mais cobre – mas ninguém está vendendo

Nenhum proprietário quer abrir mão de sua mina de cobre

Bloomberg

Publicidade

(Bloomberg) — Esse é o maior dilema do mundo da mineração: todos procuram bons negócios no ramo do cobre, mas nem mesmo as produtoras mais endinheiradas conseguem fechar acordos.

As maiores mineradoras afirmam que estão otimistas em relação ao cobre e que buscam crescimento no metal que, segundo previsões, terá uma demanda cada vez maior devido à expansão das cidades e dos veículos elétricos. O setor está com bastante dinheiro para fechar negócios no momento — a Rio Tinto pode encerrar o ano com US$ 8,5 bilhões levantados em vendas de ativos e rivais como BHP Billiton e Glencore estão gerando lucros enormes.

Então qual é o problema? Para começar, nenhum proprietário quer abrir mão de sua mina de cobre. Mesmo quando a Glencore e a Anglo American ficaram paralisadas por dívidas durante a crise das commodities de 2015, nenhuma das duas mostrou disposição para considerar uma oferta da Rio pela participação no gigantesco depósito de Collahuasi, no Chile, de acordo com pessoas a par das negociações que pediram para não serem identificadas.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

No que diz respeito a empresas de capital aberto, não há muitas opções — a Freeport-McMoRan, com sede nos EUA, e a canadense First Quantum Minerals estão entre as únicas produtoras de tamanho considerável focadas no cobre.

Mesmo assim, pode ser difícil resistir ao apelo do cobre.

Veja o que pode acontecer com as maiores mineradoras do mundo:

Continua depois da publicidade

Rio Tinto:

A Rio é a empresa mais bem posicionada para capitalizar possíveis negócios. A empresa não sabe o que fazer com o dinheiro que está ganhando, não tem quase nenhuma dívida e, à parte a disputa latente na Mongólia, não tem nenhuma das distrações que perseguem as rivais. A Rio fechou acordo para vender sua participação na mina de cobre e ouro Grasberg por US$ 3,5 bilhões na semana passada e também deverá fechar vendas pendentes de ativos de carvão e alumínio neste ano.

BHP Billiton:

A BHP também conta com amplos recursos e está interessada em mais cobre. Mas a empresa tem preocupações mais urgentes, como a acionista ativista Elliott Management e um processo de venda em andamento de seu negócio no ramo de xisto, de US$ 10 bilhões. A maior mineradora do mundo afirmou também que os grandes negócios não são uma prioridade e o novo presidente do conselho, Ken Mackenzie, disse neste mês que a carteira de ativos estará próxima do ideal quando os ativos de petróleo e gás nos EUA tiverem sido vendidos.

Glencore:

Mineradora que mais compra no mundo, a Glencore atualmente enfrenta uma investigação das autoridades americanas que pode reduzir sua capacidade de buscar grandes negócios. A empresa investirá até US$ 1 bilhão na recompra de ações neste ano com o objetivo de mitigar as consequências da investigação.

Anglo American:

A resposta da Anglo à falta de oportunidades é construir sua própria nova mina de cobre e o conselho da empresa está prestes a aprovar um novo projeto de US$ 6 bilhões no Peru. A parceira Mitsubishi ajudará a suportar o peso do financiamento, mas devido ao valor elevado a mineradora com sede em Londres provavelmente não fará nenhuma outra grande compra.

Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear