Produção da Petrobras cai em junho, Credit dá “upgrade duplo” em seguradora, prévias de construtoras e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (17)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O radar corporativo é movimentado, com destaque para a produção de petróleo da Petrobras, o “upgrade duplo” do Credit Suisse na recomendação da SulAmérica, prévias operacionais de Cyrela e Tenda, entre outros destaques. Confira no que ficar de olho. 

Petrobras (PETR3;PETR4)

A produção total de petróleo e gás, incluindo líquidos de gás natural (LGN), da Petrobras em junho foi de 2,62 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), queda de 1,9% frente aos 2,67 milhões de boed anotados no mês anterior. Do total de junho, 2,53 milhões boed foram produzidos no Brasil e 98 mil

boed, no exterior. A produção total operada da companhia (parcela própria e dos parceiros) foi de 3,30 milhões boed, sendo 3,17 milhões boed no Brasil.

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No País, a produção média de petróleo foi de 2,03 milhões de barris por dia (bpd), volume 1,5% inferior ao registrado em maio. A empresa atribuiu o resultado principalmente à parada para manutenção do FPSO Cidade de Paraty, localizado no campo de Lula no pré-sal da Bacia de Santos, e à cessão de 25% da participação do campo de Roncador para a Equinor, concluída em 14 de junho.

“Destacamos ainda que, em 22 de junho, foi iniciada a produção do FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, localizado no campo de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos”, diz a petroleira.

A produção de gás natural no Brasil em junho, excluído o volume liquefeito, foi de 78,2 milhões de m³/d, 3,4% abaixo do mês anterior devido aos mesmos motivos, segundo a estatal.

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IMC (MEAL3)

A International Meal Company (IMC), dona das redes Frango Assado e Viena, informou que a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, o acordo de fusão com a Sapore. Em comunicado ao mercado, a companhia acrescenta que a implementação da operação continua sujeita às condições previstas no acordo de associação, incluindo o prazo de quinze dias após a publicação da decisão no Diário Oficial da União (DOU).

SulAmérica (SULA11)

O Credit Suisse deu um “upgrade duplo” – de underperform para outperform –  e aumentou o preço-alvo para a unit da SulAmérica de R$ 19 para R$ 25. “A visão mais positiva é reflexo de um alinhamento de melhor resultado operacional (saúde e auto) e financeiro”, aponta a equipe de análise do banco suíço.

Os analistas do Credit ficaram surpresos  positivamente com a boa performance da empresa durante a crise, com uma queda resiliente do loss ratio medico (MLR) desde o começo de 2015. 

“Do lado mais cauteloso, ficamos preocupados com as discussões de metodologia de ajuste preço para os planos individuais. Apesar da SulAmérica não ter vendido planos individuais na ultima década, o estoque ainda é representativo, fazendo com que a cada 1% de aumento no loss ratio do segmento, impacte o lucro em 1.4%”, destacam os analistas.

Cyrela (CYRE3)

As vendas contratadas da Cyrela tiveram alta de 40,3% no segundo trimestre de 2018 na comparação com o mesmo período de 2017, para R$ 1,061 bilhão, de acordo com prévia operacional da companhia. 

Os lançamentos tiveram alta de 53,2% na mesma base de comparação, com um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 981 milhões. A Cyrela lançou 12 empreendimentos entre abril e junho, sendo oito na cidade de São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Campinas.

Segundo o Credit Suisse, a Cyrela reportou números preliminares positivos, com lançamentos e vendas melhorando significativamente no segundo trimestre. Os analistas ponderam ainda que, apesar do crescimento das vendas de R$ 1,1 bilhão no trimestre poder ser reflexo da aceleração dos lançamentos, a venda de estoques também melhorou (R$ 555 milhões, alta de 15% na comparação trimestral), mesmo com a greve dos caminhoneiros e Copa do Mundo. As vendas brutas dos estoques também melhoraram para 16%, bastante acima da Eztec (10%) e em linha com a Even (17%).

“Reforçamos a visão de que a Cyrela é a empresa melhor posicionada para capturar a recuperação da demanda na media/alta renda”, apontam os analistas do banco suíço, que reforçam recomendação outperform. 

Tenda (TEND3)

A construtora Tenda divulgou nesta segunda-feira, 16, as prévias operacionais relativas ao segundo trimestre de 2018. No período, as vendas líquidas da companhia somaram R$ 481,3 milhões, um crescimento de 24,4% em relação aos R$ 387 milhões registrados no mesmo período de 2017. Na comparação com os primeiros três meses deste ano, o avanço foi de 13,5%. No primeiro semestre, as vendas líquidas totais da Tenda somaram R$ 905,5 milhões, crescimento de 24,7%.

Entre abril e junho, a Tenda realizou 15 lançamentos, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 539,1 milhões, valor 20,8% maior que os lançamentos do segundo trimestre de 2017, quando foram realizados 12 lançamentos. O preço médio por unidade no segundo trimestre deste ano ficou em R$ 133 mil, contra R$ 146,3 mil no ano passado, queda de 9%. No total do primeiro semestre, os lançamentos somaram R$ 805,4 milhões, aumento de 7,6% na comparação anual.

Os distratos ficaram em R$ 46,9 milhões no segundo trimestre deste ano, número 38,2% menor que os R$ 75,8 milhões apurados um ano antes. No primeiro semestre, os distratos chegaram a R$ 93,9 milhões, recuo de 41,9%.

A velocidade de vendas (VSO) líquida da Tenda ficou em 33,3% no segundo trimestre, ante 26,2% no mesmo período de 2017. No acumulado do semestre, a VSO foi de 48,5%, ante 40% ano passado.

O valor de imóveis repassados no segundo trimestre ficou em R$ 448,9 milhões, valor 26,8% maior que no ano passado. O banco de terrenos da Tenda chegou a R$ 7,1 bilhões em VGV, um crescimento de 39,7% em relação ao ano passado. São 214 unidades, contra 163 ao final do segundo trimestre de 2017.

Anima (ANIM3)

A Anima Educação assinou acordo para aquisição do Centro de Ensino Superior de Catalão (Cesuc) por R$ 31,25 milhões. O pagamento será feito em parcelas, sendo uma entrada de R$ 10 milhões de reais na data do fechamento da operação, prevista para 1º de agosto. Os R$ 21,25 milhões serão pagos em cinco prestações anuais, corrigidas pela inflação, além de contrato de locação de longo prazo dos imóveis.

Como parte do acordo, a Anima ainda pagará até R$ 1,25 milhão entre 2019 e 2012, conforme cumprimento de metas para o resultado operacional. Fundado em 1982, o Cesuc atua no interior de Goiás, tendo cerca de 2,5 mil alunos matriculados distribuídos em nove cursos de graduação presencial. 

De acordo com o BTG Pactual, este movimento vai em linha com a estratégia de “greenfield acelerado”, na qual a Anima (para acelerar o crescimento em Catalão) decidiu comprar o primeiro player regional em vez de construir um novo campus.

“A Estácio também costumava fazer muito isso com valuation atrativo (o que parece ser o caso do CESUC), uma vez que é uma maneira interessante de impulsionar o crescimento, especialmente agora em que o setor está passando por desafios de crescimento orgânico”, destacam os analistas do banco. Conforme destaca o BTG, os últimos resultados da Anima mostraram os desafios na obtenção de ganhos de eficiência capazes de assegurar uma recuperação de margem constante mas, dada a queda recente, de 46% no acumulado do ano, isso já parece bem precificado e a recomendação para os papéis segue neutra. No setor, os analistas seguem preferência por Estácio e Ser.  

IRB (IRBR3)

A IRB anunciou que o DOU publicou a autorização da CVM para a subsidiária IRB Asset Management começar a operar e prestar serviços. A subsidiária foi criada para permitir um melhor gerenciamento dos ativos da empresa.

“Estimamos que a subsidiária possivelmente impactará e beneficiará a alíquota efetiva de IR do IRB”, aponta o Brasil Plural. 

Valid (VLID3)

A Valid Soluções e Serviços informa que o Departamento de Veículos Automotivos (DMV) do Estado de Vermont, nos Estados Unidos, selecionou a Valid USA, Inc. para fornecer carteiras de habilitação e carteiras de identidade para os seus residentes. Esse é o terceiro estado americano a distribuidor documentos produzidos pela Valid. A empresa divulgou valores. 

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalha que o contrato base terá um prazo de cinco anos, com duas opções de extensão por um ano. A Valid irá produzir e emitir cerca de 200 mil documentos por ano.

Os serviços que a Valid fornecerá como parte deste contrato incluem coleta de fotos e assinaturas, autenticação de documentos e um workflow configurável para verificar a identidade do titular da carteira de habilitação. “A implementação desses serviços se dará principalmente por meio do WebLink ID, um software desenvolvido pela Valid que inclui as operações das 11 estações de emissão de Vermont para cadastrar candidatos e processar os documentos de forma segura durante todo o processo de emissão”, diz.

A Valid explica que realizará a fabricação e a distribuição das carteiras, por meio do sistema central de emissão gerenciado e de duas instalações de produção padronizadas.

Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú pode estar discutindo uma possível parceria com a empresa norte-americana First Data, segundo informa o Estadão. Uma possível parceria entre os dois seria a criação de uma empresa que operaria na América Latina, onde a Rede continuaria distribuindo máquinas de POS e a First Data seria responsável pelo processamento dessas transações. A First Data está presente em 100 países e atualmente opera no Brasil sob a marca Bin. 

De acordo com o Bradesco BBI, se confirmada, a nova operação deve aumentar a competição no setor de maquininhas.

Brasil Brokers (BBRK3)

A Brasil Brokers, que fechou o último pregão a R$ 0,35, propõe grupamento de ações de 10 para 1. A  AGE foi marcada para 1 de agosto.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.