Maior gestora do mundo alerta: guerra comercial pode derrubar mercados

As ações podem cair de 10 por cento a 15 por cento e o crescimento do PIB americano pode começar a perder velocidade em 2019, disse o presidente da BlackRock

Bloomberg

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O presidente da BlackRock, Larry Fink, acredita que a piora da tensão comercial global pode causar queda ampla dos mercados e desaceleração da economia dos EUA.

As ações podem cair de 10 por cento a 15 por cento e o crescimento do PIB americano pode começar a perder velocidade em 2019 se o governo do presidente Donald Trump for adiante com a taxação de mais US$ 200 bilhões em produtos importados da China, disse Fink, acrescentando que o quadro pode evoluir para uma guerra comercial.

“O mercado está com dificuldade para digerir toda a mudança na globalização e no comércio”, afirmou Fink em entrevista nesta segunda-feira a Erik Schatzker, da Bloomberg Television. “As bases do comércio internacional estão sendo questionadas.”

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Preocupações comerciais já levaram os investidores a “pausar”, ele explicou, apesar dos recordes em transações e recompra de ações. A esse quadro se soma o fato de, pela primeira vez em uma década, haver retorno nas aplicações de alta liquidez e curtíssimo prazo.

A maior gestora de recursos do mundo já percebe o nervosismo dos investidores. Antes da entrevista, a BlackRock anunciou que foram resgatados US$ 22,4 bilhões de seus produtos de renda variável no segundo trimestre. O fluxo para produtos da linha iShares somou US$ 17,8 bilhões, a menor quantia desde o segundo trimestre de 2016.

O total de ativos sob gestão ficou praticamente inalterado, em US$ 6,3 trilhões em 30 de junho. A firma sediada em Nova York também informou que a entrada líquida de recursos no período foi de US$ 20 bilhões.

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De modo geral, o trimestre foi sólido para a BlackRock. O lucro por ação ajustado ficou em US$6,66, superando a estimativa dos analistas, de US$ 6,55. A receita aumentou 11 por cento em relação a um ano antes.

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