Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quarta-feira

Confira os principais eventos deste pregão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As atenções do mercado nesta quarta-feira se voltam para a decisão de política monetária do Federal Reserve, que pode definir o rumo do dólar. Mas, além do Fomc, atenção ainda para o vencimento de opções sobre o Ibovespa. Confira os destaques desta quarta-feira:

1. Bolsas mundiais

Os mercados mundiais ficam de olho na decisão de política monetária dos EUA, levando as bolsas asiáticas a fecharem majoritariamente em queda e as europeias a não apontarem para uma direção única. 

Após um breve alívio ontem, – quando as bolsas chinesas subiram na esteira da assinatura de um acordo entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, para a desnuclearização da Península Coreana -, os mercados da maior economia asiática retomaram a recente tendência de fraqueza. Os mercados de Tóquio e Taiwan, por outro lado, asseguraram ganhos moderados.

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Vale destacar que a semana vai trazer ainda decisões de política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE), amanhã, e pelo Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês), na sexta-feira.

No mercado de commodities, o petróleo se mantém perto de US$ 66 e metais têm desempenho misto em Londres, enquanto o minério de ferro tem leve alta na bolsa de Dalian, na China. 

Às 8h12 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

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*S&P 500 Futuro (EUA) +0,19%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,14%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,31%

*DAX (Alemanha) +0,21%

*CAC-40 (França) +0,27%

*FTSE MIB (Itália) +0,51%

*Hang Seng (Hong Kong) -1,22% (fechado)

*Xangai (China) -0,97% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,38% (fechado)

*Petróleo WTI -0,45%, a US$ 66,06 o barril

*Petróleo brent -0,12%, a US$ 75,79 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,32%, a 471,50 iuanes (nas últimas 24 horas) 

*Bitcoin US$ 6.459 -6%
R$ 25.061 -6,86% (nas últimas 24 horas)

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2. De olho no Fomc

O principal evento da agenda de indicadores será a reunião do Fomc às 15h (horário de Brasília). A expectativa é que a taxa de juro seja elevada em 0,25 ponto percentual, indo para o intervalo entre 1,75% e 2,0% ao ano.

Apesar da queda do desemprego, da retomada da atividade e da alta do petróleo, o cenário mais provável ainda é o cenário com três subidas da taxa de juros no ano, mas este será o principal ponto a ser analisado nesta reunião, que contará ainda com uma coletiva do presidente Jerome Powell às 15h30 e relatório de revisão de projeções, o que irá atrair as atenções do mercado. 

Pelo quadro atual, bastará um único membro mudar de ideia (de 3 para 4 altas) que a mediana do Fed irá mudar, levando a uma reprecificação de todo o mercado, que hoje vê apenas 3 altas para este ano. Caso essa mudança ocorra, o câmbio deverá sofrer uma forte pressão, tendendo a subir forte já nesta quarta. Confira a análise completa clicando aqui. 

Ainda na agenda externa, após dados de inflação ao consumidor em linha com as previsões, EUA divulgam às 9h30 os preços ao produtor de maio, com estimativa de alta de 0,3%, contra anterior de 0,1%. Às 11h30, serão revelados os estoques de petróleo, com estimativa de queda de cerca de 1 milhão de barris. À noite, atenção para a China, que divulga às 23h os dados de produção industrial e vendas no varejo. 

3. Agenda no Brasil 

Já no Brasil, atenção para a divulgação às 9h pelo IBGE dos dados de vendas do varejo em abril, com estimativa de alta de 0,6% na base de comparação mensal segundo consenso Bloomberg,  enquanto dado anual deve registrar queda. Contudo, mesmo que venha acima do esperado, o dado não deve gerar otimismo, pois precede a greve dos caminhoneiros, que levou o mercado a reduzir a previsão do PIB de 2018 a menos de 2%.

Sobre a greve, os dez dias da paralisação dos caminhoneiros custarão R$ 15 bilhões para a economia, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), informou o Ministério da Fazenda. De acordo com a pasta, o ministro Eduardo Guardia repassou a estimativa ontem em reunião com investidores em São Paulo.

Já o presidente Michel Temer vai sancionar uma lei e assinar um decreto ampliando o direito de saques das cotas do PIS/Pasep a beneficiários de todas as idades, que trabalharam entre 1971 e 1988. Essa retirada atualmente somente é permitida em caso de aposentadoria ou a partir dos 60 anos. O cálculo é de que 25,3 milhões de pessoas possam receber as cotas.

4. Notícias do dia

As movimentações sobre as alianças eleitorais seguem sendo os destaques nos jornais. Em destaque, está o debate interditado no DEM sobre apoiar ou não o candidato do PDT Ciro Gomes. A ideia está sendo rechaçada por parte do DEM, informa a Folha de S. Paulo. De acordo com a coluna Painel, aproveitando-se do momento ruim, o tucano Geraldo Alckmin passou a concentrar os seus esforços para se reaproximar do seu aliado histórico e mudar a sua campanha. Já Ciro nega as conversas que o irmão Cid Gomes tem com o DEM e destaca que o foco é no PSB, que também é disputado pelo PT.

Sobre o PT. o julgamento da senadora e presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PR), e de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, acusados de envolvimento no esquema da Petrobras, foi marcado para a próxima terça, dia 19. Eles serão julgados pelos cinco ministros que compõem a Segunda Turma: Edson Fachin, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

Já o ministro Felix Fischer, relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu ontem rejeitar mais um pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desta vez, o ministro negou pedido para que Lula seja solto e aguarde em liberdade até que o tribunal julgue o recurso contra a condenação. Ao decidir o caso, Fischer entendeu que o recurso protocolado não tem o poder de suspender a sentença. 

5. Radar corporativo

Em destaque no radar corporativo, a privatização de distribuidoras da Eletrobras recebe requerimento de urgência, enquanto a Copasa aprova emissão de até R$ 700 mi em debêntures.

No Infotrade de hoje, destaque novamente para o dólar, que deixou sinal de compra ao teste da média móvel de 21 dias ascendente, enquanto do lado das ações, as atenções ficam por conta dos papéis da B3, que armam um cenário de reversão após o teste de um importante suporte de longo prazo. Confira clicando aqui. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.