Prejuízo da BRF cai 60%, B3 lucra R$ 448 mi e mais 17 balanços; acordo próximo entre União e Petrobras e outros destaques

Confira as principais notícias corporativas desta sexta-feira (11)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – A fala do presidente da Petrobras, Pedro Parente, de que a estatal e a União estão mais perto de um acordo e uma verdadeira bateria de resultados, com números de B3, BRF, B2W, Lojas Americanas, CCR, Sabesp, entre outras companhias, são destaques no radar corporativo. Confira no que se atentar nesta sexta-feira (11):

Petrobras (PETR3;PETR4)

Em entrevista para a GloboNews, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quinta-feira que a estatal e a União estão, hoje, mais perto de um acordo sobre a renegociação do contrato da cessão onerosa. 

“Diria que estamos mais perto do acordo. O objetivo das partes é que se resolva proximamente, disse o executivo”, durante entrevista no programa Míriam Leitão. Nesta sexta, ele tem reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, às 11h. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A companhia ainda informou em comunicado que pagou US$ 300 milhões em 26 de abril ao Banco Safra cujo vencimento seria em janeiro de 2023 e US$ 600 milhões ao Banco JPMorgan em 10 de maio que venceria em setembro de 2022, segundo comunicado.

A Petrobras diz que continuará avaliando novas oportunidades de pré-pagamento, levando em consideração a meta de desalavancagem prevista em seu Plano de Negócios e Gestão 2018-2022. 

Recomendações

No radar de recomendações, a TIM (TIMP3) teve o ADR (American Depositary Receipt) reduzido de overweight a equalweight pelo Barclays, enquanto o Itaú BBA elevou a recomendação de Natura (NATU3) a outperform, com preço-alvo de R$ 40. 

Continua depois da publicidade

B3 (B3SA3)

A B3 reportou um lucro líquido recorrente de R$ 448,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 15% em relação ao mesmo período de 2017. Ante o trimestre imediatamente anterior, o lucro caiu 29,5%. Já o lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 314,7 milhões, alta de 50,6% frente ao primeiro trimestre do ano passado. 

“O início de 2018 continuou mostrando melhora das condições de mercado. Testemunhamos números recordes de volumes no mercado de ações e no de derivativos listados, reflexo do aumento nos preços das ações e do maior apetite a risco dos investidores”, destaca o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, no documento que acompanha o demonstrativo financeiro da companhia.

O lucro líquido atribuível aos acionistas da B3 no primeiro trimestre do ano somou R$ 314,7 milhões, aumento de 50,6% ante o mesmo intervalo de 2017. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, o lucro atribuível caiu 39%.

Para considerar o lucro “recorrente”, a bolsa, por exemplo, retira do cálculo o valor da amortização de intangível com a combinação com a Cetip e, ainda, despesas relacionadas com a fusão.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 760,2 milhões no intervalo entre janeiro e março, aumento de 18,4% em relação ao visto um ano antes. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o Ebitda cresceu 13%.

A margem Ebitda ajustada foi de 68,4% no primeiro trimestre deste ano, ante uma margem de 68,2% no mesmo intervalo de 2017. No quarto trimestre do ano passado, a margem Ebitda foi de 66,6%.

Quer investir nestas ações com a menor corretagem do Brasil? Clique aqui e abra sua conta na Clear

Sem o ajuste relativo às despesas da fusão com a Cetip, o Ebitda somou R$ 745,2 milhões, aumento de 211,3% ante o visto um ano antes. Na relação trimestral, o aumento foi de 9,8%.

A receita líquida, por sua vez, chegou em R$ 1,112 bilhão nos primeiros três meses do ano, aumento de 18,2% frente ao mesmo período de 2017. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, foi registrado crescimento de 7,6%.

A B3 acaba de “devolver” ao mercado, em forma de desconto aos seus clientes, mais de R$ 20 milhões, já como fruto das sinergias de despesas capturadas por conta da combinação de negócios entre a BM&FBovespa e a Cetip, que acaba de completar seu primeiro ano.

BRF (BRFS3)

A BRF registrou prejuízo líquido de R$ 114 milhões no primeiro trimestre de 2018, informou a companhia nesta quinta-feira, 10. O prejuízo é 60,2% menor do que o registrado em igual período do ano passado, de R$ 286 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 783 milhões no período, um aumento de 54,8% na comparação anual. A margem Ebitda cresceu 3,1 pontos porcentuais, para 9,5%.

A receita líquida da BRF somou R$ 8,203 bilhões, alta de 5% ante o primeiro trimestre de 2017. Segundo a empresa, o desempenho reflete os maiores volumes comercializados no Brasil, na Turquia e na Ásia, embora o preço médio tenha caído levemente no período. A companhia disse que o recuo do preço médio se deve a uma maior contribuição de produtos in natura no mix comercializado.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 517 milhões no primeiro trimestre. Em igual período do ano passado, o resultado também ficou negativo, em R$ 413 milhões.

No Brasil, os volumes cresceram 9,6%, impulsionados principalmente pela categoria in natura (+22,5%) e processados (+4,7%). Esse desempenho pode ser atribuído à estratégia de oferecer um portfólio de produtos mais adequado à atual realidade de consumo no país, disse a empresa em comunicado. O volume também refletiu um maior número de clientes, que atingiu 191 mil pontos de venda no primeiro trimestre, um crescimento de 13,5% na comparação anual.

Na divisão Internacional, que consolida as operações de Ásia, Europa, Américas e África, o destaque foram os maiores volumes na China e em Hong Kong. No período, a receita líquida da divisão totalizou R$ 1,08 bilhão, alta 12,9%.

A receita líquida no Cone Sul, divisão que inclui as operações de Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, aumentou 12,4% ante o primeiro trimestre de 2017, para R$ 592 milhões.

A empresa destacou também a alta dos preços do milho e do farelo de soja no primeiro trimestre, resultado da estratégia do produtor de retardar a comercialização após notícias de menor produção de soja na Argentina. Para o período de junho-agosto, a BRF espera a “normalização do preço do milho”, com expectativa de oferta dos estoques com a entrada da segunda safra de milho. “Apesar dos maiores preços de grãos observados ao longo do primeiro trimestre, seu impacto no custo da ração será mais evidente a partir do segundo trimestre, dada a inércia proveniente do ciclo de vida do animal e dos estoques na cadeia.”

A BRF ainda informou que seu Conselho de administração, em reunião extraordinária nesta quinta-feira, discutiu a respeito do cargo de diretor presidente global e entendeu “que o assunto de tal relevância demanda uma reavaliação prévia da estrutura organizacional e operacional da companhia, a fim de definir o perfil adequado do profissional que deverá ocupar tal cargo”, segundo comunicado.

“Somente após referida avaliação, será iniciado o processo de seleção”. Assim, Lorival Nogueira Luz Jr. permanece interinamente no cargo de diretor presidente global. 

Lojas Americanas (LAME4)

A Lojas Americanas teve lucro líquido de R$ 20 milhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 133 milhões na comparação com o mesmo período de 2017, com o número sendo influenciado positivamente pelo efeito calendário, com as vendas referentes à Páscoa concentradas no período.

O Ebitda ajustado foi de R$ 523 milhões de reais de janeiro a março, 36,7% superior na base de comparação anual, enquanto a margem Ebitda ajustada teve alta de 1,8 ponto percentual na mesma base de comparação, para 13%, influenciada pelo crescimento da operação de marketplace da B2W.

A receita líquida consolidada teve alta de 17,5%, a R$ 4,02 bilhões; apenas a controladora teve alta de 29,6% nesta linha, a R$ 2,57 bilhões.

B2W (BTOW3)

A B2W, que controla o site Submarino, teve um prejuízo líquido de R$ 115,1 milhões no primeiro trimestre de 2018, 35% menor na base anual, como reflexo, entre outros fatores, de uma melhora no resultado financeiro.

O Ebitda ajustado da empresa cresceu 59,3% na mesma base de comparação, a R$ 67,4 milhões.

Na mesma base de comparação, a receita da companhia teve alta de 1,4%, passando de R$ 1,455 bilhão para R$ 1,476 bilhão.

O GMV (Gross Merchandise Volume), usado para medir o total de venda no marketplace que ocorre em um determinado período, teve alta de 24,1%, a R$ 3,1 bilhões.  O montante movimentado via marketplace (plataforma de venda para terceiros) foi de R$ 1,4 bilhão no período, alta de 86,5%.

Cosan (CSAN3)

A Cosan registrou lucro líquido de R$ 345,7 milhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 68,4% sobre lucro de R$ 205,3 milhões de igual período de 2017. O período, entre janeiro e março deste ano, corresponde ao quarto e último trimestre da safra 2017/2018 de cana-de-açúcar, um dos principais ramos de atividade da companhia. A companhia relatou lucro ajustado pró-forma de R$ 360,6 milhões, ante lucro pró-forma de R$ 232,5 milhões no primeiro trimestre de 2017.

O Ebitda da Cosan somou R$ 1,192 bilhão no trimestre inicial de 2018, contra R$ 973,8 milhões no primeiro trimestre de 2017, alta de 22,5%. O Ebitda ajustado pró-forma atingiu R$ 1,313 bilhão, alta de 10,9% na mesma base de comparação.

A receita líquida da Cosan foi de R$ 13,582 bilhões entre janeiro e março, alta de 17,1%. Os investimentos atingiram R$ 759 milhões no trimestre, ante R$ 639 milhões no primeiro trimestre de 2017, avanço de 18,8%. Já a dívida líquida caiu 7,8% entre os períodos, para R$ 8,661 bilhões. Com isso, a alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, fechou em 31 de março em 1,5 vez, ante 2 vezes em igual data do ano anterior.

Cyrela (CYRE3)

A construtora e incorporadora Cyrela teve prejuízo líquido de R$ 51 milhões no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 4 milhões registrado um ano antes. Já a receita líquida foi de R$ 451 milhões, 29,4% menor o em relação ao mesmo período do ano passado. Já os custos totais tiveram baixa de 26%, para R$ 326 milhões.

A dívida líquida da empresa era de R$ 1,012 bilhão ao final de março, 15,4% menor frente o final do ano passado. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre patrimônio líquido teve baixa de 16,8%, ante 19,4% em dezembro.

Gafisa (GFSA3)

A construtora e incorporadora Gafisa apresentou um prejuízo líquido de R$ 55,924 milhões no primeiro trimestre de 2018, o que corresponde a um crescimento de 11,9% nas perdas em relação ao mesmo período de 2017, quando o prejuízo foi de R$ 49,977 milhões. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 3,245 milhões, revertendo o dado negativo de R$ 47,326 milhões na comparação anual.

A receita líquida totalizou R$ 213,397 milhões, crescimento de 56,3%. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 19,9 milhões, 17,7% menor na comparação anual.

A Gafisa registrou vendas líquidas de R$ 235,8 milhões, crescimento de 100,8%. Isso foi possível graças à alta de 25% nas vendas brutas e à retração de 51% nos distratos. Em março, a empresa lançou seu único empreendimento do trimestre, o Upside Pinheiros, em São Paulo, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 138,7 milhões, e que foi 77,5% vendido no período.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 580,4 milhões, valor que representa queda de 13,9% ante o resultado de R$ 674,4 milhões do mesmo período do ano passado.

A receita líquida, a qual considera a receita de construção, ficou em R$ 3,699 bilhões, 4,0% acima do primeiro trimestre de 2017. O Ebitda ajustado somou R$ 1,399 bilhão, aumento de 3,4%, com margem de 37,8%, levemente menor que a de 38,0% anotada no primeiro trimestre do ano passado.

Neste caso, a previsão era de montante de R$ 1,509 bilhão e o contabilizado foi 7,3% menor. O resultado financeiro líquido, por sua vez, passou de positivo, R$ 3,8 milhões, para negativo em R$ 193,9 milhões no período.

Kroton (KROT3)

A Kroton Educacional registrou um lucro líquido ajustado de R$ 539 milhões no primeiro trimestre, 6,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda foi de R$ 614,7 milhões entre janeiro e março, 3,9% na comparação anual.

A Kroton também anunciou a aprovação do pagamento de dividendos referentes ao primeiro trimestre no total de R$ 180,7 milhões. 

Natura (NATU3)

A Natura viu seu lucro líquido cair 87,1% em um ano, ficando em R$ 24,4 milhões no primeiro trimestre deste ano. O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês), por sua vez, recuou 12,5% no mesmo período, para R$ 318,9 milhões.

Nos três primeiros meses deste ano, a receita líquida consolidada da empresa cresceu 55,5%, atingindo R$ 2,6 bilhões. Considerando apenas a operação de Natura, a receita ficou em R$ 1,679 bilhão, alta de 6%, enquanto a receita da The Body Shop, adquirida em setembro de 2017, fechou o período em R$ 807,3 milhões.

Qualicorp (QUAL3)

A Qualicorp registrou lucro líquido de R$ 102,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, representando uma queda de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado, “em razão de benefícios fiscais pontuais obtidos no começo do ano comparado”.

O Ebitda ajustado somou R$ 236,6 milhões no primeiro trimestre, desempenho 0,3% acima do observado um ano antes. A margem Ebitda ajustada foi de 49,4%, alta de 0,4 ponto porcentual na comparação anual.

A receita líquida atingiu R$ 479,2 milhões entre janeiro e março, o que significou uma queda de 0,5% frente mesmo intervalo de 2017.

A empresa afirma que a redução da receita se deve principalmente a uma menor base de clientes no segmento Adesão e menor receita de Auto Gestão por conta de contratos que se encerraram. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 6,2 milhões, ante um desempenho negativo de R$ 1,2 milhão de um ano antes.

CCR (CCRO3)

O Grupo CCR registrou lucro líquido de R$ 446,8 milhões no primeiro trimestre de 2018, cifra que corresponde a um crescimento de 35,8% em relação aos R$ 329,0 milhões reportados em igual etapa de 2017. O lucro líquido na mesma base, que desconsidera a inclusão de novos negócios no período, somou R$ 413,6 milhões, 32,3% superior no comparativo anual.

O critério “mesma base” exclui a concessionária ViaQuatro, que passou a ser controlada a partir do segundo trimestre de 2017, e a ViaRio, cuja participação detida pela CCR aumentou de 33,33% para 66,66% a partir de maio do ano passado.

A coordenadora de Relações com Investidores da CCR, Flávia Godoy, classificou como “bastante satisfatório” o resultado do início deste ano. Do lado operacional, a executiva destaca a manutenção do crescimento do tráfego rodoviário, mas aponta que outros segmentos de atuação da CCR, como mobilidade urbana e aeroportos, também têm mostrado melhora. “Além disso, o nosso custo caixa mesma base ficou bem em linha com a inflação. Como tivemos, na outra ponta, crescimento de dados operacionais, conseguimos apresentar expansão importante de Ebitda e margem Ebitda”, disse, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Entre janeiro e março, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da CCR aumentou 17,0% frente a igual período de 2017, para R$ 1,206 bilhão. O cálculo do indicador exclui despesas não caixa com depreciação e amortização, provisão de manutenção e apropriação de despesas antecipadas da outorga. No trimestre, a margem Ebitda ajustada ficou em 62,2%, alta de 1,2 ponto porcentual (p.p.) na comparação ano contra ano.

O Ebitda ajustado mesma base mostrou alta de 9,3% no comparativo anual, alcançando R$ 1,127 bilhão. Entre janeiro e março, a margem trimestral cresceu 1,0 p.p., para 62,0%.

Também contribuiu para o aumento do lucro o resultado financeiro líquido menos negativo se comparado ao primeiro trimestre de 2017. “O CDI médio teve redução de 6,0 pontos porcentuais no período, então teve uma contribuição importante também”, avaliou Flavia. A CCR teve um perda financeira líquida de R$ 186,7 milhões no primeiro trimestre, 46,8% menor que os R$ 350,9 milhões negativos anotados um ano antes, refletindo a redução da taxa de juros.

A receita líquida, excluindo a receita de construção, somou R$ 1,940 bilhão, montante 14,7% maior que o verificado no primeiro trimestre de 2017. Pelo critério mesma base, a receita líquida ajustada alcançou R$ 1,891 bilhão no trimestre, 7,6% acima do verificado um ano antes.

Lojas Marisa (AMAR3)

A Lojas Marisa teve prejuízo líquido de R$ 41 milhões no primeiro trimestre de 2018, revertendo o lucro líquido de R$ 49,4 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. 

Já a receita líquida foi de R$ 588,6 milhões, 4,4% menor ante os R$ 615,4 milhões na mesma base de comparação, enquanto as despesas operacionais subiram 0,8% no trimestre, para R$ 278 milhões, ante R$ 275,8 milhões nos primeiros três meses de 2017. O lucro operacional antes do resultado financeiro despencou para R$ 4,3 milhões, ante R$ 62,2 milhões registrados um ano antes. 

CVC (CVCB3

A CVC registrou um lucro líquido ajustado de R$ 92,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma expansão de 34,6% em relação ao mesmo período do ano passado, apresentado no modelo pró-forma – que inclui o resultado da Visual e Trend.

O Ebitda ajustado somou R$ 201 milhões entre janeiro e março, uma alta de 20,7%. A margem Ebitda pró-forma da CVC atingiu 52,2%, aumento de 2,1 pontos porcentuais sobre um ano antes.

A receita líquida atingiu R$ 385,0 milhões, crescimento de 29,1%. As reservas confirmadas pró-forma cresceram 12,7%. 

As despesas financeiras líquidas da CVC Corp apresentaram queda de 51,2%, devido à queda do CDI, amortização da dívida relativa às aquisições, redução do custo das dívidas da companhia e pela maior receita decorrente de antecipações a prestadores de serviços turísticos.

 

Randon (RAPT4)

A Randon fechou o primeiro trimestre com lucro de R$ 43,2 milhões, resultado 27 vezes maior que os três primeiros meses de 2017. Já a receita líquida da empresa subiu 59%, para R$ 921,6 milhões, enquanto o Ebitda teve avanço de mais de 3 vezes, a R$ 159,5 milhões entre janeiro e março.

A divisão de autopeças da empresa teve forte avanço de 55,7%, enquanto a de montadoras teve alta de 71,8% no trimestre. Por outro lado, a companhia teve resultado financeiro negativo de R$ 20 milhões por conta da pior receita financeira, que caiu 54,7%, puxada pela variação do dólar no período e pela queda de 55,1% dos juros sobre rendimentos de aplicações.

Tenda (TEND3)

A incorporadora e construtora Tenda – uma das principais operadoras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) no País – lucrou R$ 36,3 milhões no primeiro trimestre de 2018, montante 91% maior do que no mesmo período de 2017, conforme balanço publicado nesta quinta-feira, 10.

A margem bruta ajustada foi a 35,2%, alta de 0,6 ponto porcentual na comparação anual. O resultado ficou levemente acima do guidance (meta oficial) previsto para o ano, que vai de 33% a 35%.

O Ebitda ajustado somou R$ 58,3 milhões, crescimento de 83,5%. A margem do Ebitda ajustado aumentou 6,1 pontos porcentuais, para 15,9%. O critério “ajustado” exclui juros capitalizados, despesas não caixa com planos de ações e minoritários. A receita líquida totalizou R$ 366,1 milhões, expansão de 12,7%.

A expansão do lucro da Tenda é um reflexo do avanço dos lançamentos e das vendas por vários trimestres, o que proporcionou ganhos de escala e melhores retornos. O resultado, entretanto, não foi maior porque a construtora sofreu o impacto negativo de R$ 21 milhões oriundos de dois efeitos considerados não recorrentes.

A Tenda teve uma perda de R$ 12 milhões com obras para refazer as contenções em um empreendimento de Belo Horizonte. O local teve excesso de chuva recentemente e as contenções foram avariadas. O empreendimento foi entregue em 2014 e faz parte do chamado “legado”, isto é, referente ao período anterior à reestruturação dos modelos de projetos e negócios.

Além disso, a companhia contabilizou R$ 9 milhões de ajustes em plano de opções de ações. Esse item não teve efeito sobre o caixa. As vendas líquidas chegaram ao recorde de R$ 424 milhões, alta de 25%, enquanto os lançamentos alcançaram R$ 266,3 milhões, recuo de 11,8%, devido à demora para liberação de licenças aos empreendimentos em algumas cidades.

Alliar (AALR3)

O lucro líquido atribuído aos acionistas da Alliar foi de R$ 7,1 milhões no primeiro  trimestre de 2018, crescimento de 22,8%. Já o crescimento de receita líquida (ex-construção) foi de 6,3% no trimestre, com same-store-sales (SSS) de 2% (5% de crescimento considerando a mesma base de dias comparáveis) e ramp-up das novas mega-unidades.

A geração de caixa operacional cresce 39,5% para R$ 31,1 milhões, com conversão de caixa de 52% (alta de 747 pontos-base). 

Burger King (BKBR3)

O lucro líquido do Burger King foi de R$ 9 milhões no primeiro trimestre, versus um prejuízo de R$ 20 milhões no primeiro trimestre de 2017 o que, segundo a companhia, é consequência da significativa melhoria de resultado operacional e maior resultado financeiro.

O Ebitda Ajustado foi de R$ 36 milhões, crescimento de 47,2% em comparação ao primeiro trimestre, enquanto a margem Ebitda ajustada passou de 6,3% para 7,5%. 

A receita operacional líquida foi de R$ 483 milhões no trimestre, crescimento de 23,8% na base de comparação anual. 

Energisa (ENGI11)

A Energisa apresentou um lucro líquido consolidado de R$ 142,3 milhões no primeiro trimestre, um desempenho 8,7% superior ao do mesmo intervalo do ano passado.

O Ebitda somou R$ 722,4 milhões no primeiro trimestre, um expansão de 36%. Já o Ebitda ajustado consolidado totalizou R$ 783,3 milhões, crescimento de 35,7%. A margem Ebitda ajustada com venda de ativos ficou em 19,7%, crescimento de 2,4 pontos porcentuais, enquanto desconsiderando a venda de ativos ficou em 21,3% (+2,5 p.p.).

A receita operacional líquida, sem receita de construção, atingiu R$ 3,435 bilhões, um incremento de 23,9%. O consumo nos mercado cativo e livre avançou 3,5%. A dívida líquida consolidada totalizou R$ 8,141 bilhões, ante R$ 7,202 bilhões em dezembro de 2017. A relação entre a dívida líquida e o Ebitda ficou em 3,2 vezes, ante 3,0 vezes em dezembro de 2017

Os investimentos somaram R$ 351,5 milhões, ante R$ 432,7 milhões do primeiro trimestre do ano passado.

(Com Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.