Dívida “dobrada” da Eletrobras, 3 recomendações, 4 notícias de Petrobras e mais destaques no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (3)

Lara Rizério

Usina Eólica Volta do Rio - Ceará *** Local Caption *** Vista dos aerogeradores durante a visita técnica à usina Eólica Volta do Rio no Ceará. Usina eólica conectada a SE SOBRAL III, Chesf. A usina pertence ao grupo Energimp S/A, controlado pela IMPSA WIND (Industrias Metalúrgicas Pescarmona S.A.).

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta terça-feira (3) é movimentado, com destaque para Eletrobras, com informações da Folha de que sua dívida é o dobro do que o divulgado, além da Moody’s avaliando positivamente a nova política de dividendos da empresa. Confira mais destaques:

Eletrobras (ELET6)

Segundo informa a Folha de S. Paulo, escritórios de advocacia que defendem credores da Eletrobras calculam que o passivo com dívidas que a estatal criou nas décadas de 1970 e 1980 é pelo menos o dobro do que o valor provisionado pela empresa. A companhia de energia inseria nas contas de luz de grandes consumidores um valor que representava um empréstimo para ela mesma, durante os anos 1970 e 1980, sendo que parte dessas dívidas foram vendidas e há fundos que compraram esses títulos.

De acordo com o jornal, o advogado de um desses fundos calcula que haja cerca de R$ 35 bilhões espalhados. A principal discordância é sobre o cálculo dos juros. No último balanço da estatal, foi reconhecido um total de R$ 16,6 bilhões.

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Petrobras (PETR4)

Quatro notícias agitam o radar de Petrobras. O consórcio formado por Petrobras (65%), Shell (25%) e Petrogal (10%), recebeu em 29 de março decisão da ANP
pela nulidade do processo administrativo para recalcular as participações governamentais no Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

A autuação era decorrente de divergência na interpretação da aplicação dos preços de petróleo utilizados para o cálculo das participações governamentais, no período de maio de 2013 a dezembro de 2016.

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Em segundo lugar, a companhia obteve decisão cautelar favorável na arbitragem instaurada em face da ANP relativa ao Parque das Baleias, na qual se discute a possibilidade de unificação dos campos, segundo comunicado. Na decisão obtida nesta segunda-feira, Tribunal Arbitral afastou a necessidade de depósito ou pagamento dos valores referentes à diferença de participações especiais mediante o oferecimento de garantia, a ser acordada entre Petrobras e ANP, segundo o comunicado. A cobrança realizada pela ANP corresponde à diferença de
participação especial entre o 2T2014 e o 4T2017, no valor aproximado de R$ 8 bilhões. A empresa disse no comunicado que “continuará a discussão de
mérito quanto à unificação dos campos do Parque das Baleias, perante o Tribunal Arbitral”.

Em terceiro lugar, a Petrobras iniciou divulgação de oportunidade de desinvestimento referente à cessão total de participação no campo de Baúna, na Bacia de Santos. A estatal também iniciou teaser referente à cessão de 50% dos
campos de Tartaruga Verde e do Módulo III do campo de Espadarte, ambos na Bacia de Campos, segundo outro fato relevante. A Petrobras detém 100% de participação em todos esses campos. A  Petrobras iniciou também fase vinculante dos processos para cessão da totalidade dos direitos de exploração,  desenvolvimento e produção dos campos terrestres Polo Riacho da Forquilha, no
Rio Grande do Norte, e Polo Miranga, na Bahia. 

Por fim, a estatal mudou o preço da gasolina nas refinarias de R$ 1,6783 o litro para R$ 1,6581 o litro e do diesel de R$ 1,8835 o litro para R$ 1,8578 o litro, segundo informações no website da empresa.

Vale (VALE3)

A Moody’s afirmou que a política de dividendo da Vale é positiva para crédito, trazendo mais transparência e previsibilidade aos pagamentos de dividendos. A agência de classificação de risco espera geração de fluxo de caixa livre positiva entre US$ 3 bilhões e US$ 4,5 bilhões na Vale durante o período 2018-2020. 

Banco do Brasil (BBAS3)

Segundo a Coluna do Broad, do Estadão, o Banco do Brasil adiou os planos de voltar a acessar os investidores externos neste momento, em meio à elevação no custo para captação de recursos no mercado de dívida internacional.

A instituição planejava fazer uma nova emissão, aproveitando os números do último trimestre de 2017, quando o banco apresentou o maior lucro trimestral nominal na história da instituição, considerando apenas suas operações. Entretanto, o BB preferiu engavetar sua emissão à espera de condições de mercado mais atraentes. O comportamento instável do juro norte-americano desde o final de janeiro tem feito os investidores estrangeiros exigirem prêmios maiores dos emissores de um modo geral.

Eletropaulo (ELPL3)

De acordo com o jornal Valor Econômico, o conselho de administração da Eletropaulo deve bater o martelo sobre uma oferta primária de ações na próxima quinzena. O objetivo da companhia, segundo o Valor, será levantar de R$ 1,3 bilhão a R$ 1,5 bilhão com a emissão de novas ações, recursos que serão utilizados para reforçar a estrutura de capital da distribuidora. 

A operação deve envolver também uma oferta secundária de ações, na qual a americana AES pretende vender sua participação de 16,83% na distribuidora paulista de energia. 

TIM (TIMP3) e Vivo (VIVT4)

A TIM teve a cobertura retomada com recomendação de ’compra’ pelo 
Goldman Sachs e preço-alvo de R$ 20. Já a Vivo teve a cobertura retomada com recomendação ’neutra’ pelo banco, com preço-alvo de R$ 60. 

Bradesco (BBDC4)

Após o Bradesco Day, os analistas do Itaú BBA revisaram seus números para o banco, ajustando o preço-alvo de R$ 43,20 para R$ 39,20 como ajuste da bonificação. “Saímos com uma percepção positiva do discurso da administração, já que o desembolso de empréstimos parece estar melhorando e a qualidade dos ativos não deve ser um problema”, aponta o banco, que segue com recomendação outperform para os ativos BBDC4. 

JBS (JBSS3)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou a abertura de um novo inquérito administrativo para apurar desvios no grupo JBS associados à delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O IA CVM nº 3549/2018 apura eventual prática não equitativa por parte do Banco Original S.A., controlado pela holding J&F, em contratos de derivativos de taxas de juros, realizados antes da veiculação, em 17 de maio de 2017, das notícias sobre as delações.

O novo inquérito decorre do Processo Administrativo 19957.011875/2017-12, aberto em dezembro para analisar operações do banco com contratos futuros de DI1. Esse processo adicionou fatos novos ao Processo Administrativo 19957.004547/2017-60, aberto em maio para analisar a atuação do Banco no mercado de derivativos, mas que havia sido arquivado.

A informação consta da lista de apurações em curso sobre a JBS, atualizada nesta segunda-feira, 2, no site da autarquia. A instauração de inquérito ainda não é uma acusação formal. Trata-se de um procedimento administrativo que permite ao órgão ouvir os envolvidos, entre outras iniciativas.

Atualmente, existem três processos administrativos sancionadores em aberto, ou seja, processos com acusação já formulada. Além disso, há um outro inquérito administrativo, uma fiscalização externa, e sete procedimentos de análise (processos administrativos) em aberto envolvendo os controladores da JBS Joesley e Wesley Batista, executivos e empresas do grupo (JBS S.A., FB Participações, Seara Alimentos e Eldorado Brasil). Um oitavo procedimento de análise chegou a ser aberto sobre atuação do Banco Original no mercado de derivativos foi arquivado por falta de indícios de uso de informação privilegiada.

Oi (OIBR4)

A Pharol, maior acionista individual da Oi, informou que o juiz Fernando Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, determinou a instauração do procedimento de mediação entre a Bratel, a Société Mondiale e as recuperandas para que resolvam o conflito instaurado no âmbito do processo de recuperação judicial da Oi, segundo comunicado encaminhado ao órgão regulador português do mercado de capitais.

O juiz nomeou Juliana Loss como mediadora do conflito, segundo o comunicado. 

BK Brasil (BKBR3)

A operadora da rede Burguer King no Brasil e seus acionistas concluíram  a compra da totalidade das ações de emissão das franqueadas por cerca de R$ 393,1 milhões. O contrato foi celebrado antes do IPO e o preço de compra está sujeito a ajustes dependendo da confirmação dos valores de dívida, capital de giro e Ebitda das franqueadas até 1 de junho de 2018.

“Com a conclusão de mais esta aquisição, a Companhia reforça seu posicionamento no mercado de fast-food do Brasil, assumindo diretamente as operações de mais 51 restaurantes e 20 quiosques de sobremesa da marca Burger King, localizados nos estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, informou a empresa em comunicado. 

“Apesar do valuation esticado, esperamos que o Burger King continue ganhando share, combinando ótima execução e plano de crescimento sólido, oferecendo perspectivas de crescimento atraentes nos próximos anos”, afirma o BTG Pactual, que mantém recomendação de compra. 

Minerva (BEEF3)

Em esclarecimento sobre matéria publicada no último dia 23 de março pelo Estadão, a Minerva negou que teria desistido de emissão de bônus perpétuos no valor de US$ 500 milhões. 

Segundo a empresa, a emissão de títulos de dívida por meio da subsidiária Minerva Luxembourg segue de acordo com o cronograma e está dentro do usualmente esperado pelo mercado em operações similares e cenários econômicos semelhantes. De acordo com a companhia, as notícias de que empresa teria desistido ou adiado a emissão “são meramente especulativas e desprovidas de qualquer fundamento fático”.

Via Varejo (VVAR11)

Na Via Varejo, Flavio Fonseca da Silva assume interinamente a diretoria de finanças até 20 de maio. 

São Martinho (SMTO3)

A São Martinho aprovou a incorporação e extinção da Usina Boa Vista.

Terra Santa (TESA3)

Na Terra Santa, Arlindo de Azevedo Moura deixa a presidência. Com isso, José Humberto Teodoro Júnior vai acumular o cargo. 

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.