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SÃO PAULO – Em um dia sem direção clara nas principais bolsas mundiais, os investidores repercutem com alívio o encontro de Donald Trump e Kim Jong Un marcado para maio, que é um contrpase à tensão com tarifas americanas, que podem ter reação do Brasil. A agenda é cheia, com destaque para o relatório de emprego nos EUA e IPCA no Brasil. No noticiário política, atenção para a nova fase da Operação Lava Jato, com foco em Belo Monte. Confira os destaques:
1. Bolsas mundiais
Os contratos futuros norte-americanos oscilam entre leves ganhos e perdas nesta manhã, ainda digerindo o discurso da última quinta-feira (8) proferido pelo presidente dos EUA, Donald Trump . O líder do país confirmou as expectativas e anunciou uma sobretaxa nas importações de aço e alumínio que entrará em vigor em 14 dias e cuja alíquota será de 25% sobre importações de aço e de 10% sobre as de alumínio, contudo deixou a entender que esta taxa não incidirá sobre importações de “países amigos e aliados”.
Trump exemplificou que os demais países membros do Nafta, Canadá e México, deverão ficar isentos desta cobrança, todavia não esclareceu quais países podem ser considerados “amigos e aliados”. Deste modo, com essa dúvida, os países asiáticos repercutiam outra notícia de destaque: a de uma possível reunião entre o presidente dos EUA e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.
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Esta notícia foi interpretada pelos asiáticos como uma abertura às negociações entre os dois países, a fim de que cesse a tensão sobre uma possível guerra nuclear. Além disso outra informação ajudou a bolsa japonesa fechar em alta nesta sexta-feira (9): Banco do Japão (BoJ) manteve sua política monetária inalterada, após a reunião de dois dias terminar nesta madrugada. Em coletiva que se seguiu à decisão, o presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, reiterou que a instituição manterá os estímulos monetários atuais até conseguir atingir sua meta de inflação de 2%.
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Já a Europa opera em queda, sentindo que os temores sobre uma “guerra comercial” poderá ser sentida na União Europeia, apesar da comissária de comércio da UE, Cecilia Malmström, ter dito que espera que o bloco seja excluído das taxações de Trump. Vale ressaltar também que oficiais ingleses já aceitam, ainda que não publicamente, que a ilha somente encerrará as negociações de saída da UE, movimento conhecido como “Brexit”, no próximo ano, de acordo com notícia veiculada pela Bloomberg.
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No mercado de commodities, o petróleo opera praticamente estável, tentando se recuperar do movimento de ontem (07). Enquanto isso, os contratos futuros de minério de ferro também recuavam na China pelo quarto dia consecutivo.
Às 7h22 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:
*Dow Jones Futuro (EUA) -0,06%
*S&P 500 Futuro (EUA) -0,01%
*DAX (Alemanha) -0,44%
*FTSE (Reino Unido) -0,06%
*CAC-40 (França) -0,15%
*FTSE MIB (Itália) -0,29%
*Nikkei (Japão) +0,47% (fechado)
*Shangai (China) +0,58% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong) +1,11% (fechado)
*Petróleo WTI +0,53%, a US$ 60,44 o barril
*Petróleo brent +0,64%, a US$ 64,02 o barril
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -5,2%, a 483,5 iuanes (nas últimas 24 horas)
*Bitcoin US$ 8.741,00 -13,27%
R$ 29.200 -14,45% (nas últimas 24 horas)
2. Agenda econômica
A agenda é movimentada nesta sexta, com destaque para os dados do relatório de emprego dos EUA às 10h30, que podem influenciar apostas sobre o ritmo do aperto monetário do Federal Reserve. A estimativa é de criação de 205 mil vagas de trabalho em fevereiro e taxa de desemprego de 4%. Também nos EUA, ao meio-dia, serão divulgados os dados de estoque no atacado.
Antes disso, às 9h, atenção para o IPCA de fevereiro, em meio às apostas cada vez maiores do mercado de que a Selic cairá de 6,75% para 6,5% na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 20 e 21 de março. A expectativa é de que a inflação deva acelerar para 0,31% em fevereiro na comparação mensal, de 0,29% na medição anterior, e reduzir de 2,86% para 2,83% na comparação ano a ano, de acordo com estimativa mediana em pesquisa Bloomberg.
As movimentações do governo às sobretaxas ao aço e alumínio impostas por Trump também estão no radar e o Brasil estuda quatro opções, segundo a Folha. Uma opção é recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) e ogita-se também pedir que indústrias americanas consumidoras de aço brasileiro contestem a medida no Departamento de Comércio americano. Outras possibilidades são retaliar por meio de elevação tarifas sobre produtos americanos importados pelo Brasil, dentro das margens permitidas pela OMC, ou promover uma negociação estratégica entre governos.
3. IMTV
Em destaque no IMTV, o programa Conexão Brasília desta sexta-feira recebe Marcelo Souza, diretor do MDA Pesquisas, para comentar o recente levantamento divulgado sobre a corrida presidencial, avaliação de governo e temas que ganharam densidade no debate público. Participa do bate-papo o analista político Paulo Gama, da XP Investimentos. A entrevista será transmitida ao vivo pela InfoMoneyTV, a partir das 14h45 (horário de Brasília).
Mais cedo, o InfoMoney entrevista o secretário estadual de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro. Ele é um dos quatro nomes cotados para representar o PSDB na disputa pela sucessão do governador Geraldo Alckmin. A entrevista será transmitida ao vivo, às 13h30.
4. Noticiário político
Em destaque no radar político, a Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato com cumprimento de 9 mandados de busca e apreensão em Guarujá, Jundiaí e São Paulo (SP) e em Curitiba (PR), segundo comunicado. A Operação chamada Buona Fortuna tem foco em pagamentos indevidos feitos a agentes públicos e políticos por parte de consórcio de empreiteiras diretamente interessado em contratos de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Os mandados foram expedidos pela PF de Curitiba, onde ocorre entrevista coletiva às 10h (horário de Brasília) para esclarecer detalhes da operação.
Além disso, atenção para as movimentações de 2018. De acordo com informações do Valor, o pré-candidato à presidência Ciro Gomes afirmou que a equipe que lidera a elaboração de seu plano de governo conta com três nomes principais: Roberto Mangabeira Unger, professor da Universidade de Harvard (EUA) e ex-ministro de Assuntos Estratégicos dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; Nelson Marconi, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV); e Mauro Benevides Filho, secretário de Fazenda do Ceará.
5. Noticiário corporativo
A Petrobras anunciou fase não-vinculante para a negociação da refinaria de Pasadena. Ainda sobre a petroleira, suas refinarias processaram o menor volume desde 2003. Ainda no radar, a Suzano e a Fibria estão próximas de uma fusão em que a primeira deve adquirir uma participação na Fibria, atualmente detida pelo conglomerado Votorantim e que chega a 29%. Ainda sobre combinações entre empresas, a Boeing afirmou que está progredindo nas negociações com a Embraer e que espera um ganho de escala com o projeto, além de ter afirmado que possui caixa suficiente para iniciar uma negociação com a brasileira.
No campo das recomendações, os analistas da Eleven Financial rebaixaram para “neutra” as ações da Arezzo. Por outro lado, as ações do da Localiza foram elevadas a “compra” pela casa. No radar de resultados do quarto trimestre de 2017, a Marisa fechou o quarto trimestre com prejuízo líquido de R$ 326 milhões, enquanto que a Alupar divulgou Ebtida menor que o esperado. Na mesma linha de frustrações, a Gafisa teve prejuízo líquido maior que a estimativa.
