Ganhos de mais de 150% com as ações do BB e por que elas podem surpreender ainda mais

Para o estrategista-chefe da XP, Celson Plácido, as ações do BB, que seguem como as preferidas entre os bancos, ainda têm considerável espaço de valorização na Bolsa

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em meados de 2016, Celson Plácido, estrategista-chefe da XP Investimentos, viu uma grande oportunidade nas ações do Banco do Brasil (BBAS3). Naquela ocasião, poucos investidores queriam dar o benefício da dúvida para o papel, que negociava com um ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de 10%, contra uma taxa Selic da época de 14% ao ano. O que muitos pensavam era: por que comprar essa ação ao invés de títulos públicos (como Tesouro Selic), que pagava muito mais (perto dos 14%), com menor risco?

O que eles não viam eram as projeções, que tanto para o banco quanto para a economia, indicavam que, sim, fazia sentido uma compra, lembra Celson.

A recomendação que fez naquele momento, que gerou ganhos de mais de 150% para quem a seguiu, estava concentrada em 5 fatores. Eram eles: 1) a ação estava barata, sendo negociada a quase 0,5 vez P/BV (Preço sobre Valor Patrimonial, sigla em inglês); 2) a projeção era de queda da Selic para a casa dos 9%” (alcançados em julho de 2017; hoje está a 6,75% ao ano); 3) o cenário que se abria era de melhora econômica; 4) projetava-se um dividend yield (dividendos sobre o preço da ação) de 10% para o papel; 5) e o banco passava a contar com uma gestão mais profissional.   

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“Precisaria haver uma piora considerável no retorno do banco para anular o cenário otimista que se traçava. Essa era uma daquelas barbadas que aparecem de tempos em tempos na Bolsa”, comenta. De lá para cá, a ação do banco saltou da casa dos R$ 15,80 para os atuais R$ 40,50, máxima histórica. “Quem entrou naquele momento lucrou tanto com a valorização do ativo quanto com os dividendos pagos no período”. 

Mas, para quem ficou de fora, ele acredita que ainda há um considerável potencial de valorização na ação. “Hoje, o papel já negocia a 1 vez P/BV, mas ainda assim acho que esteja atrativo. Acredito que pode negociar a 1,3 ou 1,4 vez P/BV”, comenta, o que poderia representar ganhos de mais 40%. Entre os bancos, ele ainda é o preferido, destaca.

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Bolsa rumo aos 120.000 pontos
Nesse cenário, ele aponta que o Ibovespa também tem espaço para subir. O cenário-base indica que o índice pode caminhar em direção aos 95.000 pontos, mas ganhando um candidato reformista na eleição de 2018 poderia superar os 120.000 pontos, comenta. “Se considerarmos um reformista, com o Banco Central independente e seguindo uma agenda de  privatizações e concessões, tem muito investimento para vir. Junto a isso, um cenário de alavancagem operacional e financeira, com crescimento econômico de mais de 3%, inflação controlada e juros baixos por um bom tempo”, argumenta.   

Para entender alavangem operacional, imagine um hotel com 100 quartos, mas com utilização da capacidade de 50 quartos diariamente. Com a melhora econômica, ele passou a ocupar mais quartos. Cada quarto adicionado entrará diretamente no seu resultado operacional, já que os custos fixos já são considerados. Já o outro benefício destacado, a alavancagem financeira pode ser compreendida da seguinte maneira. As empresas na bolsa são, em média, alavancadas em 3,5 vezes a dívida líquida/Ebitda. No ano passado, a Selic média foi de 9,8% a.a.. Ou seja, mesmo que os juros permaneçam no mesmo patamar em 2018, teremos uma redução significativa da Selic média, já que o último corte – para 6,75% – ocorreu em fevereiro. Com isso, haverá uma redução natural nas despesas financeiras das empresas, explica Celson.

Diante disso, ele destaca que o ambiente segue bastante favorável para investimento em Bolsa, tanto no cenário interno (pelos fatores mencionados acima) quanto externo, com o mundo extremamente líquido e crescendo. Para o estrategista-chefe da XP, muitas oportunidades ainda surgirão nesse novo ciclo de alta do mercado.  

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