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SÃO PAULO – Após operar em queda durante toda a manhã, o Ibovespa virou com força para alta logo que a bolsa americana abriu, às 12h30 (horário de Brasília), com o índice chegando a saltar mais de 1.500 pontos em 15 minutos. No exterior, os três índices norte-americanos abriram em queda, mas em poucos minutos também iniciaram uma forte reação, tendo um dia de forte volatilidade e caminhando para fechar com ganhos de mais de 1%.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com forte alta de 2,48%, cotado a 83.894 pontos, próximo da máxima do dia, em seu melhor pregão desde o julgamento do ex-presidente Lula, em 24 de janeiro. O volume financeiro ficou em R$ 16,982 bilhões. O movimento também afetou o dólar, que após chegar a subir quase 1%, virou e fechou com queda de 0,03%, cotado a R$ 3,2461 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em março, registrou perdas de 0,70%, para R$ 3,2485.
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Na véspera, o editor-chefe e analista do InfoMoney, Thiago Salomão, já havia destacado que uma queda sem um grande motivo não justificava a venda de ações, podendo até ser uma boa oportunidade de compra para quem ainda não havia entrado no mercado. Para conferir a análise completa, clique aqui.
Entre alguns dos motivos apontados por analistas para o sentimento negativo neste momento esta a disparada de yields, dúvidas com futuras decisões do Federal Reserve, indicadores técnicos esticados (ou seja, avaliação de que o mercado havia subido muito) e avaliações exageradas para o mercado como um todo.
Apesar disso, nenhum destes motivos pode ser apontado como fator determinante, valendo destacar ainda possíveis ordens de “stop” em fundos e gestoras, que acabam gerando um “efeito cascata” quando ocorre um movimento muito forte de queda no mercado.
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Suporte decisivo para o Ibovespa
Marcando a maior queda desde 18 de maio, quando recuou 8,8% com as revelações de Joesley Batista, o índice consolidou no pregão passado um “Topo Duplo” (M) formado entre 26 de janeiro e 2 fevereiro, atingindo neste pregão o objetivo de queda em 81.675 pontos, por onde passa a média móvel de 21 dias, principal referência de suporte de curto prazo. Por conta disso da importância do patamar, fica a expectativa que esta reação seja comprovada neste pregão, ou seja, a formação de um candle de reversão sobre o último topo rompido, que caso confirmado irá retomar a tendência de alta principal do mercado, abrindo caminho para o fundo perdido em 83.680 pontos. Vale lembrar que uma queda até 79.440 pontos deve ser vista como algo natural pelo investidor, tendo em vista a disparada do mercado desde dezembro do ano passado. Destaques de ações As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram: As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Reforma da Previdência
Com a volta dos trabalhos no Congresso, a reforma da Previdência está em ritmo de “ou tudo ou nada” para ser aprovada esse ano. Após participar da abertura do ano legislativo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a afirmar que o prazo final de votação da reforma da Previdência é fevereiro. Ele, no entanto, admitiu que ainda não há consenso sobre a proposta e que será necessário buscar uma solução nas próximas semanas. O relator da reforma, Arthur Maia (PPS-BA), também reforçou a colocação. Em entrevista à Rede TV! na noite de ontem, o presidente Michel Temer afirmou que faltam “só 40 votos” para o governo conseguir aprovar a reforma da Previdência na Câmara. A entrevista foi gravada na sexta-feira. O presidente declarou ainda que, conforme o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, há 70 indecisos que podem decidir votar com o governo nas próximas duas semanas. Segundo Temer, o Congresso pode pegar “uma onda que traz os votos com facilidade”. Contudo, apontou uma fonte à Bloomberg, o número de intenções de votos pró-reforma está entre 240 a 250 dos 308 necessários para aprovar a proposta, ante 270 no fim de 2017. A consultoria de risco político Eurasia também apontou diminuição da probabilidade de 30% da reforma, mesmo com relator provavelmente apresentando proposta mais diluída. Eleições de 2018
As movimentações para as eleições também seguem no radar. Segundo o Valor, mal posicionado nas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial, o PSD deve desistir da candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A sigla deve interromper nas próximas semanas articulações para viabilizar uma candidatura presidencial própria. Enquanto isso, a coluna Painel, da Folha, informa que Fernando Henrique Cardoso recebeu pesquisa qualitativa que trata exclusivamente sobre a viabilidade eleitoral de Luciano Huck. Segundo a coluna, o estudo faz cruzamentos sobre o perfil do apresentador e os anseios do eleitorado – o resultado mostra, segundo aliados de FHC, que Huck tem “potencialmente muita chance” se entrar na disputa. Enquanto isso, alvo de desconfianças no próprio partido, Geraldo Alckmin começou a se mover com mais desenvoltura, informa a coluna da Folha. O governador de São Paulo almoçou ontem com Gilberto Kassab, cacique do PSD e entusiasta de uma aliança com os tucanos no Estado. Vale destacar que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, toma posse hoje no cargo de presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A cerimônia está prevista para as 19h e deverá contar com a presença do presidente Michel Temer e de autoridades do Legislativo e do Judiciário.
Entre as maiores altas do dia, destaque para os papéis da TIM e da Eletrobras, que saltaram mais de 6%, seguidos de perto por siderúrgicas e Vale. Já na ponta negativa, chamaram atenção as ações da empresas de shopping center, como BR Malls, Multiplan e Iguatemi, que lideraram as perdas do dia.
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
TIMP3
TIM PART S/AON
13,94
+6,98
+6,41
101,32M
ELET6
ELETROBRAS PNB
24,47
+6,62
+7,80
86,44M
GGBR4
GERDAU PN
14,57
+6,04
+17,69
173,61M
ELET3
ELETROBRAS ON
20,89
+5,56
+8,01
61,65M
VALE3
VALE ON
42,47
+5,25
+5,49
1,08B
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
MULT3
MULTIPLAN ON N2
70,30
-2,29
-0,85
107,96M
IGTA3
IGUATEMI ON
40,86
-1,83
+3,73
96,75M
FIBR3
FIBRIA ON
54,31
-1,52
+13,50
132,27M
RENT3
LOCALIZA ON
24,69
-1,24
+11,92
120,62M
BRML3
BR MALLS PARON
12,45
-1,03
-2,20
116,78M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN ED
51,83
+3,60
3,04B
654,85M
54.544
PETR4
PETROBRAS PN
19,99
+4,99
1,44B
893,71M
62.147
BBDC4
BRADESCO PN EJ
38,70
+2,38
1,22B
463,87M
51.308
VALE3
VALE ON
42,47
+5,25
1,08B
687,57M
48.878
BBAS3
BRASIL ON
39,75
+4,39
485,24M
391,29M
33.826
BVMF3
B3 ON
24,99
+0,32
457,88M
243,82M
42.449
PETR3
PETROBRAS ON
21,60
+5,01
362,75M
188,87M
39.621
ITSA4
ITAUSA PN
13,09
+3,89
337,02M
213,19M
35.341
ABEV3
AMBEV S/A ON ED
21,62
-0,28
332,71M
245,50M
37.429
USIM5
USIMINAS PNA
11,70
+2,99
309,26M
202,87M
25.530
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA