Lucro da Ultrapar salta 46% e chega a R$ 550 mi; CVC, Taesa e mais 3 resultados agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quarta-feira (8)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados volta a ser o destaque na noite desta quarta-feira (8) conforme se aproxima da reta final. Chamam atenção o avanço de 46% no lucro da Ultrapar, enquanto a CVC viu sua linha final avançar 15%. Confira os destaques:

Ultrapar (UGPA3)
Beneficiada principalmente pela melhora dos resultados da Ipiranga, a Ultrapar atingiu lucro líquido de R$ 556 milhões no terceiro trimestre deste ano, com avanço de 46% na comparação com igual intervalo de 2016. Em relação ao período de abril a junho deste ano, a cifra mais que dobrou, já que o aumento foi de 125%.

O Ebitda consolidado, por sua vez, totalizou R$ 1,239 bilhão no terceiro trimestre deste ano, com expansão de 20% na relação anual e de 58% na trimestral. A empresa destacou que, na comparação em 12 meses, o Ebitda avançou em todas as divisões de negócios, com exceção do resultado da Oxiteno.

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A margem Ebitda ficou em 6%, ante 5,3% no terceiro trimestre de 2016 e 4,1% no intervalo de abril a junho último. A receita líquida de vendas e serviços totalizou R$ 20,532 bilhões, com aumento de 6% na relação anual e de 7% na trimestral.

A Ipiranga apresentou crescimento do volume de vendas na comparação anual, de 2%, depois de sete trimestres consecutivos de declínio. O Ebitda da distribuidora de combustíveis chegou a R$ 954 milhões, com aumento de 21% em relação a igual período de 2016 e de 64% ante o segundo trimestre deste ano, influenciado pela expansão do volume vendido e pelas movimentações dos custos dos combustíveis, incluindo o efeito pontual positivo do aumento do PIS/Cofins.

CVC (CVCB3)
A companhia de viagens CVC reportou lucro líquido de R$ 70,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, um crescimento de 15,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o lucro chegou a R$ 158,4 milhões, expansão de 13,8%.

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A companhia divulga ainda um lucro líquido ajustado a itens como a remuneração de executivos, amortização do contrato com franqueados e resultado de lojas adquiridas no Rio de Janeiro. O resultado com ajuste é R$ 77,3 milhões no terceiro trimestre, aumento de 21,1% na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia entre julho e setembro alcançou R$ 156,4 milhões, alta de 7,3% na comparação anual. Em nove meses, o Ebitda é de R$ 401,1 milhões, aumento de 9,2%. O Ebitda ajustado à remuneração de executivos foi de R$ 166,5 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 13,1%.

A CVC apurou receita líquida de R$ 313,8 milhões entre julho e setembro, expansão de 10% ante os mesmos meses de 2016. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a receita cresceu 7,4% para R$ 846,4 milhões.

Além disso, a companhia anunciou que adquiriu a operadora de turismo Visual. O preço base da aquisição é de R$ 67,9 milhões e há um earn-out de quatro anos, de até R$ 17 milhões, com base em receita e Ebitda.

A Visual é a terceira maior operadora de viagens do Brasil. A companhia registrou reservas anuais de aproximadamente R$ 400 milhões em 2016 e, de acordo com a CVC, a aquisição reforça a presença no canal de agentes de viagens independentes.

Taesa (TAEE11)
A transmissora de energia Taesa reportou um lucro líquido de R$ 97,3 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 55,3% ante mesmo período do ano passado, impactada pelos índices de inflação que corrigem seus contratos, informou a companhia nesta quarta-feira. O Ebitda, por sua vez, somou R$ 362,6 milhões, recuo de 8,4% ante o mesmo trimestre do ano anterior.

A receita líquida regulatória caiu 4,5%, para R$ 417 milhões, enquanto o Ebitda regulatório teve queda de 8,4%, totalizando R$ 362,6 milhões, na mesma comparação.

T4F (SHOW3)
A T4F Entretenimento registrou lucro líquido consolidado de R$ 13,4 milhões, uma alta de 120%, enquanto o lucro atribuído aos controladores fechou em R$ 12,8 milhões, um avanço de 180,4% em um ano. A receita líquida, por sua vez, cresceu 33% na base anual, para R$ 133,3 milhões.

Deste montante, R$ 77,4 milhões foram obtidos com promoção de eventos (+39%), R$ 32 milhões referem-se à operação de bilheteria (+25%) e R$ 23,9 milhões dizem respeito a patrocínio (+24%). Já o Ebitda ficou em R$ 21,2 milhões, alta de 89% ante o terceiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda aumentou de 11,2% para 15,9% entre os dois períodos.

Totvs (TOTS3)
A Totvs viu seu lucro líquido recuar 43,6% no terceiro trimestre, para R$ 21,5 milhões. O resultado foi negativamente impactado pelo aumento nas despesas operacionais de 15,8%. Já a receita líquida subiu 4,6%, para R$ 562,3 milhões entre julho e setembro.

O Ebitda, por sua vez, teve queda de 24,1%, para R$ 62,3 milhões, com a margem caindo de 14,2% para 11,1%. De acordo com a companhia, a elevação das provisões para contigências e despesas comerciais e o menor resultado no segmento de software afetaram o desempenho.

O Ebitda ajustado teve uma queda ainda maior, de 28%, por conta da transição para o modelo de subscrição, os efeitos da recessão e o patamar do IGP-M. Esses fatores levaram a companhia a retirar sua meta de Ebitda ajustado de R$ 359 milhões a R$ 395 milhões para este ano.

Eucatex (EUCA3)
A Eucatex registrou lucro líquido de R$ 30,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, o que representa um aumento de mais de sete vezes em relação aos R$ 4,2 milhões do mesmo intervalo do ano passado. A receita da companhia, por sua vez, cresceu 3%, para R$ 313,7 milhões.

O expressivo avanço na última linha do balanço é decorrente, entre outros fatores, de uma melhora no resultado financeiro, que reduziu seu prejuízo em 88,8%, para R$ 2,1 milhões. O resultado operacional passou de R$ 23, 4 milhões para R$ 31,9 milhões, alta de 36,3%.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.