Pão de Açúcar lucra R$ 215 mi e mais 10 balanços; Vale elevada pelo GBM, Oi, Petrobras e mais notícias

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (28)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Com a temporada de balanços ganhando força, o noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para os resultados de Pão de Açúcar, Cia Hering e a RD, ex-Raia Drogasil, entre outras. As mudanças no estatuto social da Petrobras e mais notícias são destaque nesta sexta-feira (28). Confira:

B3 (BVMF3)
A B3, empresa originada da união entre a BM&FBovespa e Cetip, disse na noite de ontem que irá manter o funcionamento normal de suas atividades durante a greve geral desta sexta-feira. Segundo a assessoria de imprensa da bolsa, se for necessário será acionado o plano de continuidade de negócios, que inclui o trabalho remoto para os funcionários e também o pagamento de táxi para os que precisarem se deslocar até a empresa. 

Vale (VALE3;VALE5)

A Vale teve a sua recomendação elevada de market underperform para market perform pelo GBM, que também reduziu o preço-alvo dos ADRs de US$ 10,70 para US$ 8,00

TIM (TIMP3)

A TIM teve lucro líquido de 132 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 3,3 por cento sobre o resultado obtido um ano antes, divulgou a companhia de telecomunicações nesta quinta-feira.

A operadora teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,263 bilhão de reais, crescimento de 8,7 por cento sobre o desempenho de um ano antes.

O Santander espera reação levemente positiva a resultados que “mais uma vez, foram sólidos”; “esperamos que os resultados permaneçam em tendência positiva no médio prazo”.

RD, ex-Raia Drogasil (RADL3)
A rede de varejo farmacêutico RD, antiga Raia Drogasil, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 105,4 milhões, alta de 17% ante o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pela empresa nesta quinta-feira. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 26,5% no período, para R$ 244 milhões. Já a receita líquida subiu 21,6%, a R$ 3,2 bilhões.

O BTG Pactual aponta a alta da receita líquida em meio ao ganho de participação de mercado, mas o destaque fica para a expansão da margem Ebitda, que aumentou 20 pontos-base, para 7,5%, o que corrobora uma visão mais positiva para a empresa em 2017, apesar da pressão existente em meio ao aumento menor dos medicamentos esse ano (de 4,8% versus 12,5% em 2016), o que deve ser parcialmente compensado pelo maior poder de barganha e maturação das novas lojas da RD, além de menores descontos para os consumidores. Já o lucro líquido foi afetado por despesas financeiras maiores. Os analistas seguem com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 74,00 para o papel. 

Pão de Açúcar (PCAR4)

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) divulgou nesta quinta-feira lucro líquido consolidado de 215 milhões de reais para o primeiro trimestre, revertendo prejuízo de 157 milhões de reais registrado um ano antes, em um desempenho novamente apoiado no crescimento da divisão de atacarejo Assaí.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 38,7 por cento, para 515 milhões de reais. Em termos ajustados, o Ebitda subiu 15,7 por cento no período, para 481 milhões de reais. A receita líquida da maior companhia de varejo do país subiu 6,7 por cento no primeiro trimestre sobre um ano antes, para 10,552 bilhões de reais, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas avançaram 4 por cento no período, a 1,88 bilhão de reais. O custo de mercadorias vendidas subiu 6,5 por cento, a 8,18 bilhões de reais.

A margem bruta do grupo ficou praticamente estável, avançando de 22,2 por cento nos três primeiros meses de 2016 para 22,4 por cento. No trimestre, o GPA reduziu em 2 mil funcionários o número de postos de trabalho, para 89 mil.

A divisão Assaí, que tem passado por forte crescimento em meio à queda da renda da população e o desemprego, mais que dobrou seu lucro líquido consolidado no primeiro trimestre sobre um ano antes, para 76 milhões de reais. A receita líquida da unidade subiu 28,3 por cento, para 4 bilhões de reais, e o Ebitda ajustado disparou 61 por cento, a 162 milhões de reais.

Enquanto isso, a área alimentar do GPA, que reúne supermercados das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, teve lucro líquido consolidado de 81 milhões de reais revertendo resultado negativo 2 milhões de reais de um ano antes. O Ebitda ajustado subiu 21,7 por cento, para 506 milhões de reais.

Já a área conhecida como “multivarejo”, que reúne empreendimentos como shoppings, teve lucro de 5 milhões de reais ante prejuízo de 35 milhões de reais no primeiro trimestre do ano passado. O Ebitda ajustado da área avançou 9,2 por cento, a 345 milhões de reais. O resultado do GPA saiu um dia depois que a rede de móveis e eletroeletrônicos Via Varejo (VVAR11), controlada pela empresa, divulgou lucro líquido de 97 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de 237 milhões sofrido um ano antes.

O Bradesco BBI destaca o que “parece um desempenho operacional notável
no negócio Multivarejo, mas temos alguns receios”; “nos esforçamos para entender como grandes ganhos foram obtidos no segmento de Multivarejo, especialmente porque
os meses de janeiro e fevereiro ainda enfrentaram um contratempo de promoções, que no ano passado foram iniciadas apenas em março”. 

 Smiles (SMLE3)
A Smiles teve lucro líquido de R$ 156,3 milhões no primeiro trimestre, alta de 32% sobre o resultado positivo obtido um ano antes, informou a companhia de gestão de redes de fidelidade de clientes controlada pela Gol nesta quinta-feira. A companhia teve Ebitda de R$ 182,7 milhões de janeiro a março, alta de 45,7% na comparação anual. O acúmulo de milhas teve expansão de 51,7% e o resgate cresceu 52,2%.

A empresa teve alta de 26,4% na receita líquida, a R$ 443,3 milhões, enquanto o número de participantes do programa de fidelidade subiu quase 9%, para R$ 12,3 milhões no período. Enquanto isso, as despesas operacionais subiram 28,3%, para R$ 41,3 milhões. A Smiles teve alta de 2,9% no resultado financeiro líquido, por conta de adiantamento de compra de passagens aéreas junto à Gol, para R$ 59,1 milhões.

O Bradesco BBI e o Itaú BBA destacam os resultados mais uma vez como sólidos e notáveis. 

Cia Hering (HGTX3)
A varejista Cia Hering registrou lucro líquido de R$ 37,8 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 29,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado por crescimento de vendas, ganho de margem bruta e melhora do resultado financeiro. 

A receita líquida somou R$ 328,5 milhões, crescimento de 4,5% quando comparado com o primeiro trimestre de 2016. Já o Ebitda cresceu 15,8% nos três primeiros meses deste ano, para R$ 42,2 milhões, enquanto a margem Ebitda avançou 1,3 ponto percentual, para 12,9%.

O Bradesco BBI destaca ter ficado positivamente surpreso com os resultados e espera uma boa reação do mercado”; “fato de a empresa ter conseguido expandir a margem bruta por dois trimestres consecutivos sugere um melhor ajuste de estoque e menores rebaixamentos, que consideramos fundamentais para uma recuperação sustentável das vendas à medida que o ambiente macro melhore”. 

Copasa (CSMG3)
A Copasa anunciou lucro líquido de R$ 149 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 66% na comparação anual. A receita líquida somou R$ 978,7 milhões, avanço de 18%. Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 397,4 milhões, expansão de 24% quando comparado a 2016 e acima das estimativas de R$ 358,3 milhões compiladas pela Bloomberg. 

De acordo com o BTG Pactual, os resultados foram fortes, com o destaque para o aumento das receitas apesar dos volumes menores do que o esperado. Segundo os analistas do banco, o recente sell-off da companhia após a revisão tarifária preliminar da Arsae é exagerado. Eles seguem com recomendação neutra para o papel e preço-alvo de R$ 34,50. 

Grendene (GRDN3)
A calçadista Grendene encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 171,8 milhões, crescimento de 19,6% quando comparado com o mesmo período de 2016. A receita líquida expandiu em 7,2%, para R$ 510,1 milhões. Já o Ebitda somou R$ 124,5 milhões nos três primeiros meses do ano, crescimento de 29,8%. 

Juntamente com o balanço, a empresa também informou que o conselho de administração aprovou a primeira distribuição antecipada de juros sobre capital próprio (JCP) e dividendos relativos ao resultado do primeiro trimestre, no valor de R$ 99,078 milhões. O pagamento aos acionistas acontecerá a partir de 17 de maio. 

Fleury (FLRY3)

A Fleury teve um lucro um líquido de R$ 81,5 milhões no primeiro trimestre de 2017, alta de 82,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita subiu 15,7% para R$ 587,7 milhões.

O Ebitda subiu 42,3%, para R$ 173,2 milhões, com margem de 29,5% ante 24% no primeiro trimestre de 2016.

O Safra e o Itaú BBA esperam reação positiva a resultados fortes. O Santander aponta ainda que, “embora o crescimento da receita tenha sido favorecido por um maior número de dias úteis no trimestre, o forte efeito de alavancagem operacional demonstra o potencial de expansão da margem Ebitda a longo prazo se a empresa for capaz de sustentar a disciplina custo/despesa durante a implantação de seu plano de expansão”.

Transmissão Paulista (TRPL4)

A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) registrou lucro líquido de R$ 267,158 milhões no primeiro trimestre deste ano, montante 171,9% maior que os R$ 98,239 milhões anotados em igual etapa do ano passado.

O resultado foi positivamente influenciado em R$ 126,8 milhões pela remuneração do ativo de concessão da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE), ou seja, aqueles ativos que são objeto de indenização por conta da renovação antecipada das concessões. Conforme a companhia, excluindo esse efeito, o lucro líquido seria de R$ 140,4 milhões, o que corresponde a um aumento de 43% frente o mesmo período de 2016.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 162,7%, passando de R$ 151,5 milhões nos três primeiros meses do ano passado para R$ 398 milhões no início de 2017. Excluindo o efeito da remuneração do RBSE, o Ebitda foi de R$ 205,8 milhões, alta de 35,8% na mesma comparação. A margem Ebitda cresceu 18,8 pontos porcentuais e alcançou 75%. Excluindo o efeito extraordinário, o indicador alcançou 60,8%.

Entre os meses de janeiro e março, a receita operacional líquida somou R$ 530,6 milhões, o que corresponde a um aumento de 97,5% em relação ao obtido na mesma etapa do ano passado. Também neste caso, o número foi influenciado pela remuneração referente ao RBSE, que gerou impacto de R$ 192,1 milhões nesta linha. O resultado da equivalência patrimonial cresceu 196,3% no período, para R$ 56,3 milhões. Conforme a companhia, a variação positiva decorreu, principalmente, do desempenho da subsidiária IEMadeira.

Já o resultado financeiro consolidado representou uma despesa de R$ 29,3 milhões no primeiro trimestre, o que corresponde a um aumento de 16,3% frente a despesa de R$ 25,2 milhões registrada no mesmo período de 2016. A variação reflete, principalmente, a redução do saldo médio de aplicação financeira, de R$ 281,3 milhões para R$ 103,1 milhões, explicou a companhia.

O Goldman Sachs tem avaliação “neutra” dos resultados “sem grandes surpresas operacionais”; “no futuro, vemos que a resolução final sobre os recebíveis de RBSE
da CTEEP será fundamental para os múltiplos da ação”; “além disso, acreditamos que os investidores provavelmente estarão focados nas cinco linhas de transmissão recentemente adquiridas no leilão de abril”.

Movida (MOVI3)

A Movida registrou um lucro líquido de R$ 20,6 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 56,2% quando comparado aos primeiros três meses do ano passado e margem líquida de 8,4%. A receita Líquida registrou R$ 615,1 milhões, um aumento de 51,7%, devido principalmente à expansão de 73,2% na receita de venda de Ativos, “demonstrando o ganho de expansão com a capacidade já instalada da companhia”, segundo afirmou a companhia.

O Ebitda teve avanço 15,4% na comparação trimestral, a R$ 85,1 milhões, enquanto a margem Ebitda teve queda de 3,7 pontos percentuais, a 34,7%. O ROIC anualizado atingiu 10,7%aumento de 1,3 p.p. “e superando o custo da dívida do período (ex-IR) em 0,5 p.p,
demonstrando o início da geração de valor ao acionista”, afirmou a empresa.

Em entrevista ao InfoMoney, o CEO Renato Franklin e o diretor financeiro e de RI Edmar Lopes afirmaram que os números estão em linha com a estratégia e expectativa da companhia. “Acreditamos que seja apenas o início da apresentação de resultados sólidos e estamos satisfeitos com o desempenho do trimestre. O crescimento de 56% no lucro líquido demonstra o comprometimento com a estratégia de buscar maior rentabilidade, traçada na abertura de capital”, afirma a companhia. 

Eles apontaram ainda que, neste trimestre, a Movida já entregou um ROIC acima do custo de dívida em 0,5 p.p., “demonstrando o início da geração de valor ao acionistas. Estamos conseguindo diluir os custos operacionais e estruturando a companhia para entregar crescimentos expressivos nas margens trimestre a trimestre”.

JSL (JSLG3)

Controladora da Movida, a JSL encerrou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 7 milhões, saindo de lucro líquido no mesmo período do ano anterior. O resultado, segundo relatório da administração, foi impactado “pela desaceleração econômica e a consequente redução do volume de produção dos clientes da logística.” A companhia também atua no segmento de locação de veículos e gestão de frota com a Movida, que abriu capital em fevereiro deste ano.

A receita líquida consolidada ficou em R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre, alta de 17,6% ante igual período de 2016. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 5,2%, para R$ 307,1 milhões e a margem foi a 23,7%, 0,1 ponto porcentual menor que no primeiro trimestre de 2016.

Somente na JSL Logística, o Ebitda ficou em R$ 216,1 milhões, 2,5% menor e com margem 0,8% p.p. abaixo, para 24,6%. (Veja os resultados da Movida nas notas publicadas ontem às 22h33 e 22h35)

A companhia encerrou o mês de março com uma dívida líquida total de R$ 4,861 bilhões, uma queda de 7,5% em relação aos R$ 5,258 bilhões contabilizados no fim de dezembro.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda acumulado nos últimos 12 meses, ficou em 4,5 vezes ao final do trimestre, levemente acima do patamar verificado no fim do quarto trimestre do ano passado, quando o índice estava em 4,4 vezes.

Já a alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda adicionado, isto é, o Ebitda acrescido do custo contábil residual da venda de ativos imobilizados, nos últimos 12 meses, encerrou o trimestre em 1,9 vez, recuando em relação ao nível do fim de dezembro, de 2 vezes.

Segundo o Bradesco BBI, os resultados “não alteraram nossa visão sobre a JSL, já que a empresa está apresentando os cortes esperados de capex e a melhora da margem na sua operação de logística”; “olhando para o futuro, o forte desempenho da Movida e a disciplinada alocação de capital em logística podem aumentar o retorno sobre o
capital investido”.

Prévia do Ibovespa

As ações PNB da Copel (CPLE6) retornam à carteira do Ibovespa, segundo a 3ª prévia para maio a agosto divulgada pela B3. A ação havia sido excluída na 2ª prévia; já a Eletrobras PNB (ELET6) foi confirmada na carteira

Light (LIGT3)
A Light, por sua vez, divulgou sua prévia operacional do 1° trimestre. A companhia registrou um aumento de 7,5% em seu mercado faturado total no primeiro trimestre de 2017, para 7.400 gigawatt-hora (GWh), em relação ao mesmo período de 2016. Segundo a empresa, o desempenho foi impulsionado pela Classe Residencial, com crescimento de 16,2%. O segmento representa 39,3% de todo o mercado da Light. A empresa destaca que a melhora no segmento foi fruto do faturamento de energia recuperada, consequência da estratégia de combate às perdas de energia. 

Nos outros segmentos, a Light destaca o Industrial, que após quedas consecutivas durante o ano de 2016, avançou 4,7% nos três primeiros meses de 2017. Na Classe Comercial, o crescimento foi de 1,2%.

Petrobras (PETR3;PETR4)

O estatuto social da Petrobras foi alterado, como definido em assembleia geral extraordinária (AGE) que acontece na sede da empresa. Ao todo, foram revistos 27 itens do estatuto. Com a mudança, a Petrobras passa, entre outras alterações, a ter o direito de constituir ou extinguir subsidiárias que tenha como único objetivo a detenção de participações acionárias.

Também foi aprovado o último item da pauta da AGE, que insere novos requisitos à contratação de executivos para a diretoria, conselho de administração e conselho fiscal da companhia, dentro da nova política de governança corporativa.

Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4)

A Ativos, empresa controlada pelo Banco do Brasil, adquiriu um total de R$ 4 bilhões em carteiras de crédito vencidas do Bradesco, segundo o Valor Econômico. A operação foi realizada no fim do ano passado, mas foi contabilizada em duas etapas, nos balanços do Bradesco no quarto trimestre do ano passado e nos três primeiros meses deste ano. Procurado, o banco confirmou a operação de venda, mas sem dar detalhes sobre o comprador ou as condições. O BB não comentou o assunto.

Usiminas (USIM5)
A maioria dos acionistas da Usiminas aprovou, em assembleia realizada nesta quinta-feira, proposta de autorizar a companhia a entrar com ação judicial de responsabilidade contra Rômel Erwin de Souza, afastado novamente da presidência no fim de março, diz empresa em ata da AGO divulgada ao mercado.

Senior Solution (SNSL3)
A Senior Solution anunciou nesta noite a decisão de migrar para o Novo Mercado, principal segmento de listagem da B3, caracterizado pelos mais elevados requisitos de governança corporativa. Segundo comunicado da empresa, a decisão foi aprovada pela Comissão de Listagem da B3 e pelo Conselho de Administração da companhia, e será submetida à aprovação dos acionistas em assembleia geral. 

Com a migração, a companhia se torna a primeiro case completo do mercado de acesso, passando gradualmente por todas as etapas: listagem no Bovespa Mais, realização da oferta pública inicial de ações (IPO), destinação dos recursos e migração para o Novo Mercado.

Oi (OIBR4)

O governo vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para permitir a intervenção da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na operadora de telefonia Oi, que está em processo de recuperação judicial. Segundo a proposta, se a empresa não se recuperar até o fim da intervenção, o governo poderá extinguir a outorga.

O projeto permite a intervenção em concessionárias de serviços de telecomunicações que estejam em desequilíbrio econômico-financeiro que coloque em risco a continuidade dos serviços prestados e que estejam em processo de recuperação judicial. Atualmente, a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) não prevê a intervenção em caso de recuperação judicial. A proposta também estabelece que a intervenção pode ser decretada de forma cautelar, sem passar por processo administrativo instaurado pela Anatel.

O presidente da Anatel, Juarez Quadros, explicou ontem (27) que o governo decidiu fazer as mudanças por meio de projeto de lei porque alterações na LGT só podem ser feitas por outra legislação. “Para evitar qualquer conflito com relação à Constituição”, disse Quadros. Segundo ele, o projeto será encaminhado ao Congresso Nacional com pedido de “urgência urgentíssima”. No entanto, segundo o presidente da agência reguladora, apesar do envio da proposta, não há intenção imediata de intervenção na Oi. “Esperamos que ela resolva o problema.”

O governo também vai editar uma medida provisória autorizando as operadoras em fragilidade econômico-financeira a converter as multas aplicadas pela Anatel em projetos de investimentos de interesse público. O prazo de parcelamento das dívidas passará de 60 meses para 120 meses e o pagamento poderá ser feito por meio de uma progressão.

Iochpe-Maxion (MYPK3)

A Iochpe-Maxion aprovou a recompra de até 300.000 ações ordinárias por um período de 6 meses. 

Lupatech (LUPA3)

Rafael Gorenstein foi eleito novo presidente da Lupatech. 

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.