Subsidiária da MRV entra com pedido de IPO; Ultrapar na mira do MP, resultado e mais notícias no radar

Confira as principais notícias corporativas da noite desta terça-feira (14)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A noite desta terça-feira (14) tem destaque para o pedido de mais um IPO na Bolsa, desta vez da Log Commercial Properties, uma subsidiária da MRV. Enquanto isso, a BR Properties informou ter revertido seu prejuízo em lucro, ao passo que Embraer e Gol enviaram fatos relevantes. Confira os destaques:

Log Commercial Properties
A subsidiária de propriedades comerciais da MRV Engenharia (MRVE3), Log Commercial Properties, entrou com pedido de conversão de registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e realização de IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) de suas ações na bolsa brasileira. No segundo semestre do ano passado, a companhia chegou a falar em lançar ações no mercado, mas não levou a ideia adiante.

A oferta será coordenada por Bradesco, Bank of America Merrill Lynch, Itaú e Banco Brasil Plural. Parte dos recursos será utilizada para investimentos da Log, e 50% para redução da dívida da companhia, que no fim do ano passado era de R$ 842,143 milhões.

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BR Properties (BRPR3)
A BR Properties reverteu o prejuízo de R$ 769,64 milhões registrado em 2015 e fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 28,85 milhões. Enquanto isso, a receita líquida caiu 35%, para R$ 465,68 milhões no mesmo período. Segundo a companhia, a alta da vacância e a queda de aluguel de alguns contratos foram os responsáveis pela redução da receita.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) virou de negativo em R$ 68,12 milhões para positivo em R$ 138,16 milhões. A dívida bruta ficou em R$ 3,362 bilhões, enquanto o endividamento líquido encerrou o ano em R$ 2,396 bilhões.

Ultrapar (UGPA3)
O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública contra três das maiores empresas de combustíveis: Ipiranga – do grupo Ultrapar (UGPA3) -, Shell e BR Distribuidora. No processo, o órgão pede a cassação do registro destas empresas em todo o estado do Rio por adulteração de combustíveis.

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No documento, o procurador Alberto Flores Camargo afirma que as empresas vendiam álcool adulterado com metanol, produto proibido no Brasil. No documento, ele diz que houve perigo de dano para a ordem econômica e social. O metanol é altamente tóxico, e pode causar danos à saúde. Camargo também pede ainda que o estado “não mais conceda ou renove benefícios fiscais ou financeiros” às empresas.

As ações com pedido liminar têm por base o fato de postos de combustíveis dessas redes terem sido flagrados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) vendendo etanol adulterado com metanol em novembro do ano passado.

“Pode-se dizer que, com essa operação, a Agência Nacional de Petróleo realizou a maior interdição de combustível adulterado de sua história. Nos tanques das distribuidoras Shell, Ipiranga e BR Distribuidora, foi encontrado o volume de 16.000.000 litros de etanol adulterado por metanol”, diz um trecho da decisão do procurador.

Embraer (EMBR3)
A Embraer informou que a Widerøe, maior companhia aérea regional da Escandinávia, será a primeira companhia aérea do mundo a receber o novo avião E190-E2, o primeiro integrante do E-Jets E2, segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais. A companhia vai receber o avião no primeiro semestre de 2018.

A Widerøe tem um contrato com a Embraer para até 15 jatos da família E2, que consiste em
três pedidos firmes para o E190-E2 e direitos de compra para outras 12 aeronaves da família
E2. O pedido tem um valor potencial de até US$ 873 milhões, a preço de lista, com todos os
direitos de compra sendo exercidos.

“O programa E2 segue cumprindo todas as especificações técnicas, dentro do prazo e do orçamento. Nossa equipe continua focada em realizar uma entrega bem-sucedida à Widerøe no primeiro semestre do próximo ano”, disse John Slattery, Presidente & CEO da Embraer Aviação Comercial.

A Widerøe vai configurar o E190-E2 em uma confortável classe única, com 114 assentos.
Considerando a encomenda da companhia aérea norueguesa, a carteira de pedidos dos E-Jets
E2 já chega a 275 pedidos firmes mais 415 cartas de intenção, opções e direitos de compra,
totalizando 690 compromissos de companhias aéreas e empresas de leasing.

Gol (GOLL4)
A Gol fechou um contrato de sale e leaseback com 5 aeronaves Boeing 737 MAX 8, segundo comunicado ao mercado. As aeronaves têm valor total de US$ 550 milhões e serão entregues entre junho e novembro de 2018, disse a empresa. A aeronaves serão arrendadas por 12 anos, e com isso a Gol espera redução de até 15% no consumo de combustível em comparação às aeronaves 737-800 Next Generation.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.