Atenção: as 6 ações para ficar de olho logo no início do pregão

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta terça-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após uma forte queda de 2,19% na última segunda-feira, o Ibovespa deve seguir repercutindo o cenário de maior cautela mundial após os ataques na Turquia, em Berlim e em Zurique. No campo doméstico, atenção para o anúncio de medidas estruturais pelo Banco Central e para a votação da renegociação da dívida dos estados na Câmara. O noticiário corporativo e a entrevista do presidente do Banco Central devem mexer com ações logo no início do pregão. Confira no que se atentar nesta terça-feira (20):

1. Bolsas mundiais
As bolsas europeias tentam firmar alta, mas o cenário segue de cautela nesta terça-feira. Mais cedo, as ações globais chegaram a cair após morte de embaixador russo na Turquia e ataques ainda vistos como não relacionados em Berlim e Zurique. Já no mercado de commodities, o petróleo WTI é negociado perto de US$ 52; os metais, por sua vez, alternam altas e baixas.

Por outro lado, os mercados chineses recuaram, com as autoridades tornando mais restritos os regulamentos para impedir riscos financeiros e bolhas de ativos. O crescimento econômico da China deve desacelerar em 2017, com seus principais líderes indicando uma política monetária mais apertada e mais restrições para reprimir as bolhas de preços de ativos, especialmente no mercado imobiliário, mesmo com uma queda acentuada do iuan alimentando temores de turbulência nos mercados. O banco central informou na segunda-feira que vai apertar a supervisão do sistema bancário sem regulação.

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O iene recuou nesta terça-feira, depois que o banco central do Japão manteve a política monetária e oferecendo uma visão melhor para a economia, eliminando alguns dos ganhos após os assassinatos na Alemanha e na Turquia. O índice Nikkei do Japão, que estava estável antes da decisão do banco central japonês, terminou a sessão com alta de 0,5%.

Às 7h51, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,14%

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* CAC-40 (França) +0,21%

*DAX (Alemanha) -0,08%

* Xangai (China) -0,50% (fechado)

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*Hang Seng (Hong Kong) -0,47% (fechado)

* Nikkei (Japão) +0,53% (fechado)

*Petróleo brent +0,58%, a US$ 55,24 o barril

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*Petróleo WTI +0,13%, a US$ 52,19 o barril

2. Agenda doméstica
Nesta terça-feira, às 11h, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, concede entrevista coletiva para “apresentar a agenda de medidas estruturais” da autoridade monetária. Segundo comunicado distribuído em 16 de dezembro, as medidas envolvem 4 pilares: cidadania financeira, melhoria da eficiência do sistema financeiro, arcabouço legal do BC e redução do custo de crédito.

Às 15h, saem também os dados das contas externas de novembro, com a expectativa de um déficit de US$ 160 milhões, além dos dados de investimento estrangeiro direto. Antes disso, atenção para os dados de arrecadação de novembro, a serem revelados às 14h30, com estimativa de arrecadação de R$ 99,9 bilhões.

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3. Agenda política
Nos últimos dias antes do recesso parlamentar, o presidente da Câmara Rodrigo Maia defendeu 
acordo para votar renegociação da dívida de estados. Nesta segunda-feira, não houve votações em plenário por falta de acordo entre os deputados em relação à proposta e às contrapartidas exigidas dos estados para a renegociação das dívidas. Hoje, haverá reunião de líderes às 8:00 em busca de um entendimento. 

Ainda no noticiário político, o  presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse ontem que o processo em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014, poderá ser julgado pela Corte no primeiro semestre de 2017. Segundo o ministro, que fez um balanço dos trabalhos do tribunal em 2016, o início do julgamento depende da liberação do voto do ministro Herman Benjamin, relator das ações. Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidente Dilma Rousseff e seu companheiro de chapa, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação por entender que há irregularidades na prestação de contas apresentada por Dilma. Conforme entendimento atual do TSE, a prestação contábil da chapa é julgada em conjunto.

Por fim, o jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo pressiona bancos públicos a reduzir juros. Porém, fontes não identificadas ouvidas pelo jornal dizem que processo é diferente do ocorrido no governo Dilma em 2012, pois o governo não adotará medidas intervencionistas.

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4. Único livro recomendado por Luiz Barsi, na InfoMoney TV
A InfoMoney TV transmite às 10h30 um evento ao vivo com o fundador da Suno Research, Tiago Reis, para indicar o único livro brasileiro de ações recomendado por Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoas físicas da Bovespa.

5. Noticiário corporativo

Entre as ações para monitorar logo na abertura do pregão estão as da JBS (JBSS3) devido à saída do executivo Enéas Pestana da diretoria voltada para a América do Sul. Ele havia sido contratado em fevereiro deste ano. Atenção também para a Usiminas (USIM5), já que o grupo industrial italiano Techint pretende levar a disputa em torno do controle da gestão da siderúrgica ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2017, caso os recursos encaminhados à Justiça de Minas Gerais não sejam aceitos informa Reuters. Vale ficar de olho também em como os papéis do setor financeiro devem reagir às medidas estruturais que o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn anunciará às 11h, principalmente os papéis de Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Cielo (CIEL3).

(Com Agência Estado, Bloomberg e Reuters) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.