Os 5 assuntos que agitarão o mercado nesta sexta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta sexta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após uma queda de 1,63% na véspera com a chairwoman do Federal Reserve Janet Yellen praticamente cravando uma alta de juros, o Ibovespa deve seguir acompanhando de perto os sinais da política monetária americana. Já no noticiário corporativo, destaque para o anúncio da Petrobras de venda da Liquigás para o grupo Ultrapar. Confira os destaques desta sexta-feira (18):

1. Bolsas mundiais 
As bolsas europeias têm um dia de queda, enquanto as asiáticas operam sem tendência definida, digerindo a fala da chairwoman do Federal Reserve Janet Yellen na véspera reforçando a perspectiva de alta dos juros pela autoridade monetária americana na próxima reunião, em dezembro. Com isso, o dólar sobe em relação à maior parte das moedas. O euro registra perdas após o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, afirmar que a autoridade monetária continuará agindo usando todos os instrumentos possíveis. 

Já os juros dos bônus do governo japonês (JGBs) atingiram os maiores níveis em vários meses, seguindo o exemplo dos Treasuries ontem, e em meio ao avanço da Bolsa de Tóquio e da fraqueza do iene frente ao dólar, que incentivaram a venda dos papéis. A bolsa japonesa fechou em alta de 0,59% nesta sexta e o iene atingiu mínima em mais de cinco meses em relação ao dólar durante a madrugada. O peso mexicano também continua em queda após o Banco Central do país elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 5,25%, abaixo do esperado por muitos analistas. 

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No mercado de commodities, o petróleo registra terceira baixa seguida com o dólar em alta ofuscando o otimismo com a Arábia Saudita em busca de um acordo na Opep. Os metais também têm um dia baixa também por conta da alta da divisa americana. 

Às 08h13, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,52%

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* CAC-40 (França) -0,40%

*DAX (Alemanha) -0,14%

* Xangai (China) -0,49% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,37% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,59% (fechado)

*Petróleo WTI -1,03%, a US$ 44,95 o barril

2. Cenário doméstico
A agenda de indicadores no Brasil é fraca nesta sexta. Em destaque, o Banco Central oferta até 10 mil contratos de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, às 9h30, além de 20 mil contratos de swap cambial para rolagem às 11h30. O BC tem atuado para conter a volatilidade do mercado de câmbio desde a eleição de Donald Trump à presidência dos EUA. Já o Tesouro faz leilão de compra de NTN-F para 2021, 2023, 2025 e 2027, às 11h30.

Vale também ficar atento ao noticiário político. Os jornais desta sexta destacam que a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, provocou temor no Palácio do Planalto, em meio à sensação de que a Operação Lava Jato agora tem o PMDB como foco e pode afetar importantes auxiliares do presidente Michel Temer. 

3. Agenda dos EUA
A agenda de indicadores dos EUA é fraca, com destaque para a divulgação dos indicadores antecedentes de outubro às 13h. Contudo, vale ficar atento às falas de diversos dirigentes regionais do Fed. James Bullard (Saint Louis) às 8h45, Esther George (Kansas) às 12h30, além de William Dudley (Nova York) às 12h35 e Robert Kaplan (Dallas) às 16h30. 
 

4. O que esperar de Trump?
Um pouco mais de uma semana após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, muitas dúvidas ainda estão no radar dos mercados sobre quais serão os passos do republicano na economia. Por enquanto, o cenário é de corte de impostos e alta dos gastos em infraestrutura, com perspectivas de elevação mais forte da taxa de juros pelo Federal Reserve tendo como cenário a aceleração da inflação na maior economia do mundo.

Contudo, para Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional em Washington, algo será praticamente certo nos EUA. Em entrevista ao InfoMoney, ela destacou: “o que provavelmente vai acontecer ao longo do tempo é uma sensação de desalento e de estelionato eleitoral, porque Trump não tem como entregar para essas pessoas o que ele prometeu, faça ele a política que fizer”. Confira a entrevista clicando aqui. 

5. Noticiário corporativo
O grande destaque do noticiário corporativo foi o anúncio de que a Petrobras aprovou a venda da Liquigás para a Ultrapar por R$ 2,8 bilhões. Além disso, no noticiário da Eletropaulo, a AES e o BNDESPar acertaram a reorganização societária. Confira mais destaques clicando aqui.  

(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.