Lava Jato investiga se Braskem pagou propina a Palocci e mais 13 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta sexta-feira (30)

Paula Barra

(Divulgação/Braskem)

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SÃO PAULO – A sexta-feira (29) traz uma série de novidades corporativas. A Operação Lava Jato investiga se a Braskem pagou propina ao ex-ministro Antonio Palocci; já a Viver teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, enquanto o Itaú Unibanco anunciou aumento de capital e a compra de participação do BMG no Banco Itaú BMG Consignado. Confira abaixo os principais destaques:

Braskem (BRKM5)
A Operação Lava Jato encontrou registros de que a Braskem, petroquímica da Odebrecht em sociedade com a Petrobras, pagou parte das propinas destinadas ao ex-ministro Antonio Palocci, via Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, segundo informações de O Estado de S. Paulo.

Os investidores apontam que Palocci teria agira em favor da Braskem em pelo menos dois momentos: em 2009, quando era deputado federal pelo PT, e em 2013, quando era consultor pela empresa Projeto. Segundo investigadores, há indícios de que um dos destinatários finais do dinheiro seria o marqueteiro do PT João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff (2014 e 2010) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006).

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Palocci foi detido temporariamente (por 5 dias) na última segunda-feira, sob suspeita de ter arrecadado R$ 128 milhões da Odebrecht em propinas ao PT, entre 2008 e 2013. Ele foi ouvido na quinta-feira por cerca de 4 horas pelo delegado Fillipe Hille Pace e pela procuradora Laura Tessler. O ex-ministro negou irregularidades.  

Ultrapar (UGPA3)
A subsidiária Ultrapar International precificou nesta quinta-feira oferta no exterior de US$ 750 milhões em notes com vencimento em outubro/2026 e cupom de 5,25% a, resultando custo efetivo de 5,50% a.a, segundo comunicado.

Os recursos líquidos captados por meio das notes serão utilizados para fins corporativos gerais e a remuneração será paga semestralmente até a data do vencimento. A operação foi coordenada por BB Securities Limited, Bradesco BBI, Morgan Stanley e Santander Investment Securities.

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Taesa (TAEE11)
A Taesa informou que a Cemig e Coliseu abrem oferta secundária de 65,7 milhões de units, sendo cada um representativo de 1 ação ON e 2 ações PN. A oferta consistirá na distribuição pública secundária de 25 mi de units pertencentes ao FIP Coliseu e de 40,7 mi de units pertencentes à Cemig. O preço por Unit será fixado após procedimento de bookbuilding. Os coordenadores da oferta: Bank of America Merrill Lynch, BB-Banco de Investimento, Credit Suisse, Banco Modal e Banco Santander. “Por se tratar de uma oferta pública com esforços restritos exclusivamente de distribuição secundária, não será concedido direito de prioridade aos atuais acionistas da companhia”, “portanto, não haverá diluição dos atuais acionistas”.

BTG Pactual (BBTG11)
O Conselho de Administração aprovou a continuidade de recompra de units. A recompra de até 17,5 milhões de units é limitada a 10% das ações em circulação, segundo comunicado. O banco também informou cancelamento de 13,3 milhões de units, que foram recompradas, além de 11,1 milhões de ações PN classe C. Em julho, o Conselho do BTG havia aprovado recompra de até 15 milhões de units até maio de 2017.

Multiplus (MPLU3) e Smiles (SMLE3)
A Votorantim Corretora iniciou cobertura nas duas maiores companhias especializadas em programas de fidelidade no Brasil, com recomendações de “market perform” para as ações da Multiplus, com preço-alvo de R$ 49,00, e “outperform” para as da Smiles, com preço-alvo de R$ 61,00. 

Oi (OIBR4)
Os seis indicados por Nelson Tanure para integrar o conselho da Oi e o empresário enviaram uma carta ao presidente José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha pela qual abrem mão de “toda e qualquer remuneração” a qual teriam direito pelo período de um ano. A notícia foi dada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso ao documento. Nele, os conselheiros citam que a ação tem como objetivo de “dar exemplo”.

Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras entregará formulário 20-F à SEC em outubro, afirmou fonte à Bloomberg. O conjunto de advogados e especialistas contratados pela Eletrobras entregarão conclusão sobre a primeira etapa das investigações internas à empresa nos próximos dias. O julgamento em Nova York para a Eletrobras voltar a ser negociada nos EUA está marcado para outubro. A elétrica deve arquivar o documento 20-F até dia 13 de outubro, sem ressalvas da KPMG. As demonstrações financeiras incluirão o impacto da corrupção nos negócios da empresa. Foram analisados seis projetos de energia da Eletrobras na primeira fase das investigações internas: a hidrelétrica Belo Monte, a usina nuclear Eletronuclear, além das hidrelétricas Jirau, São Manoel, Mauá e Simplício. 

Vale (VALE3; VALE5)
A mineradora Vale informou que Eduardo de Salles Bartolomeo foi eleito membro do conselho de administração da companhia após a renúncia de Luciano Galvão Coutinho. A empresa informou, em nota, que esta formação do conselho seguirá até a próxima Assembleia Geral que se realizar. Além disso, com a renúncia de Victor Guilherme Tito como membro suplente do conselho, a Vale nomeou Marcelo Marcolino como seu substituto.

Em outro comunicado, a mineradora reiterou que não houve qualquer deliberação sobre a venda de seu negócio de fertilizantes na reunião do conselho de administração da companhia. “A Vale continua trabalhando no sentido de formar uma parceria estratégica na área de fertilizantes, em linha com sua estratégia anteriormente comunicada ao mercado”. Na quinta-feira, a Vale já havia dito em comunicado que “em reunião de Conselho de Administração não houve qualquer deliberação sobre a venda de seu negócio de fertilizantes”.

Viver (VIVR3)
A construtora Viver informou que o juíz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital do Estado de São Paulo deferiu hoje o processamento do pedido de recuperação judicial da companhia. Com isso, a empresa deve apresentar seu plano de recuperação em até 60 dias úteis.

Diversos outros fatores também foram determinados: a dispensa da apresentação de certidões negativas para que a companhia exerça suas atividades; a suspensão das ações e execuções contra a empresa e demais sociedades em recuperação por 180 dias úteis; e a apresentação de contas demonstrativas até o dia 30 de cada mês, sob pena de destituição dos seus controladores e administradores.

Minerva (BEEF3)
A Minerva concluiu a Oferta de Recompra de títulos representativos de dívida emitidos no exterior por subsidiárias da companhia, com vencimentos previstos para 2023, sobre os quais incidem juros de 7,75% ao ano. Segundo comunicado, por meio da oferta, foram recomprados US$ 617.874.000 do montante principal das Notas, equivalente a 71,18% das Notas em circulação.

De acordo com o comunicado, os recursos adicionais da nova emissão serão utilizados para: recompor o caixa utilizado no exercício da opção de compra das Notas 2019, sobre as quais incidiam juros de 10,875% ao ano, liquidado em setembro deste ano; amortizar parte dos vencimentos de dívida do 4T16 e 1T17; exercer no 1T17 a opção de compra das Notas 2022, sobre as quais incidem juros de 12,25% ao ano; e repagar as notas 2017, que vencem em 1 de fevereiro de 2017.

A Minerva afirma que a operação de liability management gerou uma economia de despesas de juros anual (incluindo o preço de 106,50% do valor de face das Notas 2023 pagas na oferta) estimada em US$ 4,3 milhões, que representa a valor presente, uma economia total de cerca de US$ 24 milhões em despesas financeiras.

Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú comunicou, em complemento ao fato relevante divulgado em 2 de agosto, que o Banco Central homologou o aumento de capital da companhia no valor de R$ 12 bilhões, elevando seu capital social de R$ 85,148 bilhões para R$ 97,148 bilhões. Com isso, haverá uma bonificação em ações na razão de 10%, com a emissão de 598.391.594 novas ações, sendo 304.704.019 ordinárias e 293.687.575 preferenciais.

O banco informou ainda que terão direito à bonificação os acionistas titulares de ações na posição acionária do final do dia 17 de outubro, com os papéis ficando “ex” direito à bonificação a partir de 18 de outubro. Por fim, o Itaú disse que os dividendos mensais serão mantidos em R$ 0,015 por ação, de modo que os valores totais pagos mensalmente aos acionistas serão incrementados em 10%, a partir de 1 de novembro.

Ainda no noticiário do banco, destaque para o compromisso que assumiu de comprar por R$ 1,28 bilhão a participação de 40% do BMG no Banco Itaú BMG Consignado, passando a deter, após a conclusão da aquisição, 100% do capital total, segundo comunicado.

A carteira do Itaú BMG Consignado totalizava em 31 de agosto volume aproximado de R$ 29 bilhões. “A operação não produzirá resultados relevantes no Itaú Unibanco em 2016”. O Itaú e BMG “manterão uma associação por meio da celebração de um novo acordo comercial para distribuição de empréstimos consignados do Itaú BMG Consignado e de suas afiliadas, com exclusividade, em determinados canais de distribuição vinculados ao BMG e a suas afiliadas”.

Localiza (RENT3)
A Localiza confirmou o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor total de R$ 33.043.717,48. Segundo a companhia, o pagamento ocorrerá no dia 23 de novembro baseado na posição acionária do dia 30 de setembro, com os papéis ficando “ex” JCP a partir de 3 de outubro. O valor por ação dos juros sobre capital próprio a ser pago é equivalente a R$ 0,158654649.

Mundial (MNDL3)
A Mundial aprovou em assembleia geral a emissão de R$ 50 milhões em debêntures simples com vencimento em 48 meses. Serão emitidas 500 debêntures em série única com valor de face de R$ 100 mil. A companhia informou que os recursos captados com a emissão serão destinados ao pré-pagamento de parte das dívidas bancárias, de acordo com o critério de custo.