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SÃO PAULO – Após iniciar o dia sem muita variação, o Ibovespa acentuou os ganhos durante a tarde desta quinta-feira (1), acompanhando o movimento das bolsas americanas, com os investidores atentos ao cenário político pós-impeachment e ao ambiente, com o mercado de olho nas ações do Federal Reserve. Sem nenhum destaque no radar, a recuperação dos mercados coincide com as apostas dos investidores sobre a alta de juros nos EUA em setembro voltando para níveis pré-Jackson Hole, isto um dia antes da divulgação do relatório de emprego.
Com isso, o benchmark da bolsa brasileira fechou com alta de 0,58%, aos 58.236 pontos, com as ações das blue chips em sua maioria no positivo, com destaque para a Vale, que subiu cerca de 3%. O volume financeiro nesta sessão ficou em R$ 7,747 bilhões. Já o dólar comercial chegou a perder força, mas acabou encerrando com alta de 0,63%, cotado a R$ 3,2482 na compra e R$ 3,2495 na venda.
Enquanto isso, as taxas dos contratos futuros tiveram queda repercutindo o Copom, que manteve os juros, mas indicou possibilidade de queda nas próximas reuniões. O DI de janeiro de 2018 teve queda de 0,18 ponto percentual, a 12,60%, enquanto o com vencimento para janeiro de 2020 recuou 0,15 ponto percentual, a 11,95%.
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Em sua segunda reunião em novo formato e liderada por Ilan Goldfajn, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica de juros em 14,25%; porém, a análise dos mercados é que o Comitê abandonou a sentença de que não há espaço para corte de juros, levando o mercado a ver porta aberta para redução em caso de progresso na área fiscal. “Ao mesmo tempo em que reconhecemos que há outras mudanças (hawkish) no documento e que não identificamos na nova linguagem um sinal claro de início do ciclo de corte em outubro, acreditamos que a probabilidade de redução aumentou”, afirma a Nomura.
Entre os dados do exterior, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa subiu para 50,4 em agosto de 49,9 em julho, acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Analistas esperavam leitura de 49,9 pelo segundo mês seguido. Por outro lado, o minério de ferro negociado em Qingdao, na China, teve leve queda de 0,19%, a US$ 58,86 a tonelada métrica.
Já o PMI do setor industrial do Reino Unido subiu para 53,3 em agosto, de 48,3 em julho, atingindo o maior nível em dez meses, segundo pesquisa divulgada hoje pela Markit Economics em parceria com a CIPS. “O Brexit não foi uma catástrofe de forma alguma, o Fed finalmente reconheceu que a economia americana está indo melhor que o previsto e a China não entrou numa espécie de espiral de caos”, disse Teis Knuthsen, CIO do Saxo Bank.
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O mercado fica de olho ainda na repercussão após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, com a efetivação de Michel Temer como presidente da República. A grande atenção no curto prazo se volta para a manutenção da base aliada do governo Temer, após conflito do PMDB com o PSDB e o DEM após serem mantidos os direitos políticos de Dilma. No final da tarde da quarta-feira, o líder do DEM no Senado Ronaldo Caiado (DEM-GO) anunciou saída da base aliada do governo e posição de independência. Confira a análise completa clicando aqui.
Destaques corporativos
A Petrobras (PETR3;PETR4) subiu cerca de 1% após ter sua recomendação elevada de neutra para compra pelo BTG Pactual, que elevou o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) da companhia para US$ 9,50, em relatório chamado “O poder do desconhecido”. Já a Vale teve forte alta de 3% com os dados da China, mesmo após a leve queda do minério de ferro em Qingdao, que teve baixa de 0,19%, a US$ 58,86 a tonelada.
Já a Cemig (CMIG4) informou ao final do pregão de ontem que seu conselho de administração deliberou autorizar a monetização, de até 40.702.230 units da Taesa (TAEE11), correspondentes a 40.702.230 ações ordinárias e 81.404.460 ações preferenciais de propriedade da Cemig. A companhia disse, em comunicado enviado ao mercado, que manterá seus acionistas e o mercado devidamente informados sobre atualizações relacionadas ao tema.
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
SUZB5 | SUZANO PAPELPNA | 10,91 | +6,96 | -40,36 | 96,49M |
MULT3 | MULTIPLAN ON N2 | 61,20 | +4,96 | +62,41 | 96,86M |
CCRO3 | CCR SA ON | 17,80 | +4,34 | +44,77 | 76,44M |
BRML3 | BR MALLS PARON | 12,87 | +4,30 | +50,73 | 67,93M |
CMIG4 | CEMIG PN | 9,12 | +4,23 | +60,83 | 72,13M |
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
BVMF3 | BMFBOVESPA ON EJ | 17,36 | -3,07 | +61,43 | 248,16M |
UGPA3 | ULTRAPAR ON | 72,20 | -3,00 | +22,23 | 214,23M |
GOAU4 | GERDAU MET PN | 3,61 | -2,70 | +117,47 | 99,39M |
LREN3 | LOJAS RENNERON | 25,14 | -1,91 | +49,21 | 93,40M |
CIEL3 | CIELO ON | 33,02 | -1,70 | +18,98 | 237,46M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram:
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
PETR4 | PETROBRAS PN | 13,00 | +1,17 | 585,18M | 601,65M | 34.154 |
ABEV3 | AMBEV S/A ON | 19,67 | +2,50 | 546,30M | 230,48M | 44.860 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCOPN ED | 36,19 | +0,99 | 469,74M | 399,86M | 32.160 |
BBDC4 | BRADESCO PN | 28,77 | -1,00 | 353,40M | 243,88M | 26.004 |
VALE5 | VALE PNA | 14,90 | +2,97 | 319,72M | 322,15M | 28.861 |
BVMF3 | BMFBOVESPA ON EJ | 17,36 | -3,07 | 248,16M | 162,70M | 23.733 |
CIEL3 | CIELO ON | 33,02 | -1,70 | 237,46M | 138,52M | 14.408 |
ITSA4 | ITAUSA PN ED | 8,66 | +0,87 | 236,70M | 151,09M | 31.483 |
BBSE3 | BBSEGURIDADEON | 30,00 | +2,92 | 219,25M | 105,45M | 18.962 |
UGPA3 | ULTRAPAR ON | 72,20 | -3,00 | 214,23M | 90,15M | 10.126 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)