Ibovespa Futuro tem leve queda e dólar sobe repercutindo Fed em dia de fala de Dilma no Senado

Em grande destaque no noticiário brasileiro está a fala da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, em que ela se defenderá das acusações sobre o impeachment

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro tem uma sessão de leve queda em linha com o exterior, que segue repercutindo o evento de Jackson Hole, que ocorreu no último final de semana nos EUA e indicou aumento de chances de alta de juros pelo Fed. O contrato do Ibovespa Futuro com vencimento em outubro registrava queda de 0,23%, a 58.600 pontos, às 09h02 (horário de Brasília), enquanto o contrato de dólar com vencimento em setembro registrava alta de 0,28%, a R$ 3,280. 

Em grande destaque no noticiário brasileiro está a fala da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, em que ela se defenderá das acusações sobre o impeachment. Dilma terá 30 minutos — prorrogáveis a critério do presidente da sessão, Ricardo Lewandowski — para apresentar seus argumentos aos senadores, que poderão questioná-la por cinco minutos cada um. A presidente afastada, entretanto, pode, a seu critério, responder ou não as perguntas. Para acompanhá-la neste momento, além de Cardozo, Dilma convidou ex-ministros, assessores e aliados do PT, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É esperado que a votação final ocorra até a quarta-feira (31). Na noite de ontem, Dilma se encontrou com Lula e afirmou estar se sentindo segura e confiante, bem como disposta a responder sem restrição de tempo aos questionamentos dos parlamentares nesta segunda-feira, no Senado Federal.  Destaque ainda para o Focus: a estimativa do IPCA de doze meses passou de 5,34% para 5,32%, enquanto o IPCA passou de 7,31% para 7,34% e a estimativa do PIB passou de queda de 3,20% para estimativa de queda de 0,16%. A estimativa para a Selic no final do ano foi mantida em 13,75% e o dólar passou de R$ 3,30 para R$ 3,29.

Já no exterior, os mercados mundiais seguem repercutindo o evento ocorrido em Jackson Hole na última sexta-feira, que elevou a chance de alta de juros principalmente por conta da fala do vice-presidente do Federal Reserve, Stanley Fischer, que afirmou que a fala da chairwoman Janet Yellen é compatível com altas de juros este ano. Com isso, o dia é de queda para a maior parte dos índices europeus, enquanto o S&P futuro opera sem tendência. Já a maioria das moedas e ações de países emergentes caem com a maior chance de alta das taxas. A probabilidade de alta no mês que vem subiu para 42% na sexta-feira, ante 32% na véspera e 10% um mês atrás; para dezembro, chance em um mês passou de 49% para 66%.

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Já na Ásia, o japonês Nikkei teve fortes ganhos com enfraquecimento do iene diante das perspectivas de alta dos juros do Fed e de continuidade dos estímulos do Bank of Japan. O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse no sábado que a instituição financeira não hesitará em tomar medidas de flexibilização monetária para alcançar a meta de inflação, de 2%.  

No noticiário corporativo, o grande destaque fica para as ações da Petrobras (PETR3;PETR4). Pedro Parente, em evento em Stavanger, na Noruega afirmou que a meta de desinvestimento da empresa está mantida e que quer reduzir a dívida da companhia pela metade em três anos e que a empresa terá metas altas de desinvestimento nos próximos dois anos. Ele ainda afirmou que espera receber ofertas pela BR Distribuidora até o fim do ano. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.