Bradesco faz esclarecimento sobre denúncia; Petrobras vende ativos e resultados agitam o after hours

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quinta-feira (28)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados ganha mais força nesta quinta-feira (28) e agita o noticiário da noite com diversos balanços do segundo trimestre, entre eles o da Raia Drogasil, Hering e Grendene. Vale ainda destacar as novas vendas de ativos feitas pela Petrobras. Confira:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A estatal petrolífera aprovou hoje a condução de negociações com a empresa Alpek, em caráter de exclusividade por 60 dias, podendo ser estendido por mais 30 dias, para a alienação de sua participação na Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe).

A Alpek é uma empresa mexicana, de capital aberto, que atua no setor petroquímico e que ocupa uma posição de liderança na produção de poliéster (PTA, PET e filamentos) no mundo. A transação ainda está sujeita à negociação de seus termos e condições finais e à deliberação pelos órgãos competentes da Petrobras e da Alpek, bem como à aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

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Bradesco (BBDC3; BBDC4)
Após denúncia feita pelo Ministério Público nesta quinta, o Bradesco enviou comunicado ao mercado nesta noite esclarecendo que “se trata de um juízo preliminar, decorrente dos argumentos expendidos exclusivamente pelo Ministério Público Federal, e reitera que nenhuma irregularidade ou transgressão legal ou ética foi praticada por seus Administradores, o que restará cabalmente provado durante a instrução do processo”.

Raia Drogasil (RADL3)

 Uma das melhores ações da Bolsa nos últimos anos trouxe bons motivos para os seus acionistas esperarem ainda mais altas. Instantes após o fechamento do pregão nesta quinta-feira (28), a Raia Drogasil (RADL3) divulgou seu balanço referente ao 2º trimestre e ainda revisou para cima o plano de abertura de lojas para este ano e 2017.

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Segundo a demonstração de resultados divulgada, a Raia Drogasil fechou o 2º quarto deste ano com lucro líquido de R$ 157.8 milhões, um salto de 44,6% em relação ao mesmo período de 2015. 

A receita líquida também deu um salto: 25% de crescimento, para R$ 2,783 bilhões, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) avançou 39,2%, para R$ 304,8 milhões. A média das projeções da Bloomberg apontava receita de R$ 2,71 bilhões e Ebitda de R$ 307,1 milhões.

Além dos resultados, a rede de farmácias soltou um fato relevante ao mercado elevando de 165 para 200 o número de lojas abertas em 2016. Para 2017, o guidance foi elevado de 195 para 200 novas farmácias.

Grendene (GRND3)

A Grendene teve lucro líquido de R$ 93 milhões no segundo trimestre, uma alta de 4,9% ante o mesmo intervalo de 2015. Segundo a companhia, o balanço foi associado à melhora nas vendas para o mercado interno e a uma forte disciplina adotada para controlar custos.

Já a receita líquida ficou em R$ 407 milhões, o que representa uma alta de 7,1% em uma ano, com o volume de vendas aumentando 5,7%, para 33,6 milhões de pares. As vendas para o mercado interno avançaram 13,3%, para 26,2 milhões de pares e o preço médio subiu 2,1%, para R$ 15,05 por par.

Cia. Hering (HGTX3)
A Hering registrou um lucro líquido de R$ 61,66 milhões no segundo trimestre, com uma leve alta de 4,9% sobre o mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 58,79 milhões. Já a receita líquida da companhia ficou em R$ 380,83 milhões, com queda de 0,7% ante um ano antes, enquanto o Ebitda encerrou o segundo trimestre em R$ 66,56 milhões, redução de 7,8%.

Em relatório, a companhia explicou que a melhora no lucro se deu pelos ganhos de produtividade nas lojas e à realização de menos promoções no segundo trimestre do ano, o que garantiu melhora no lucro. O Ebitda teve influência negativa de vendas insuficientes para a diluição de custos fixos e do reconhecimento de uma despesa de R$ 4,6 milhões, referente a depósito do Fundo Protege Goiás.

Engie (EGIE3)
A geradora Engie Brasil Energia, ex-Tractebel, reportou lucro líquido de R$ 328,8 milhões no segundo trimestre, com alta de 57,1% ante mesmo período do ano passado. A elétrica apresentou ainda Ebitda de R$ 751,7 milhões no trimestre, com avanço de 28,3% na comparação anual. A produção bruta da Engie Brasil, maior geradora privada de energia do país, alcançou 4,9 mil megawatts médios, ou 15% a mais que entre março e junho de 2015.

Com isso, a companhia teve um resultado negativo de R$ 29,1 milhões em suas operações na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), ante perdas de R$ 230,4 milhões no segundo trimestre de 2015. A diferença deve-se à seca do ano passado, que obrigou a empresa a comprar energia no mercado de curto prazo para cumprir contratos devido a um déficit de geração generalizado nas hidrelétricas do país.

Fleury (FLRY3)
A companhia de diagnósticos Fleury viu seu lucro líquido subir 40,2%, encerrando o segundo trimestre deste ano em R$ 46,1 milhões, contra R$ 32,9 milhões um ano antes. Já a receita líquida ficou em R$ 577,1 milhões, um avanço de 8,5% ante um ano antes, enquanto o Ebitda subiu 24,1%, para R$ 122,0 milhões.

Em comunicado, a empresa disse que o controle e os ganhos de eficiência em processos de custos e despesas continuaram a proporcionar melhoras na relação com a receita líquida, com destaque para a diminuição de 213 pontos-base no total dos custos (71,2%, ante 73,3%).

SulAmérica (SULA11)
A seguradora SulAmérica teve lucro líquido de R$ 126,4 milhões no segundo trimestre de 2016, ficando praticamente estável sobre um ano antes. Já o total de receitas operacionais teve aumento de 6,9%, para R$ 4,12 bilhões entre abril e junho, enquanto as receitas operacionais de seguros subiram 7,6%, passando para R$ 3,96 bilhões no mesmo período.

O segmento saúde e odontológico registrou alta de 15,2%, com receita de R$ 3,01 bilhões no trimestre, enquanto as demais áreas apresentaram queda na receita, com automóveis caindo 7,6%, ramos elementares perdendo 57,2% e vida e acidentes pessoais baixa de 2,5%.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.