Por Samarco, Vale faz provisão de R$ 3,7 bi; venda da Petrobras Argentina e resultados agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quarta-feira (27)

Rodrigo Tolotti

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Após uma sessão agitado por conta da reunião do Federal Reserve, a noite desta quarta-feira (27) segue agitada com notícias envolvendo duas das maiores empresas da Bovespa: Petrobras e Vale. Além delas, a temporada de resultados segue agitando o mercado. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
Petrobras informou que divulgará o resultado do segundo trimestre de 2016 no dia 11 de agosto, após o fechamento do mercado. Com isso, entre os dias 28 de julho e 11 de agosto, a companhia estará em período de silêncio, durante o qual estará impossibilitada de comentar ou prestar esclarecimentos relacionados aos seus resultados financeiros e perspectivas.

A companhia não comentou nada sobre coletiva ou teleconferência, mas se seguir o que tem feito nas últimas divulgações, deverá realizar uma coletiva de imprensa logo que divulgar o balanço.

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Além disso, a estatal comunicou nesta noite que finalizou hoje a operação de venda da totalidade de sua participação de 67,19% na Petrobras Argentina, detida por meio da Petrobras Participaciones, para a Pampa Energía.

A operação foi concluída com o pagamento de US$ 897 milhões pela Pampa. Além disso, a transação prevê pagamentos contingentes relacionados a eventos futuros, como renovações de concessões, e contempla um acordo para operações subsequentes visando a aquisição, por parte da Petrobras, de 33,6% da concessão de Rio Neuquen, na Argentina, e de 100% do ativo de Colpa Caranda, na Bolívia, por um valor total de US$ 52 milhões. A aquisição está sujeita à aprovação pelo Conselho de Administração da PESA.

Vale (VALE3; VALE5)
A Vale informou que fez uma provisão de R$ 3,7 bilhões (US$ 1,2 bilhão) em seu resultado do segundo trimestre, o que equivale ao montante estimado à responsabilidade da companhia no Acordo assinado em 2 de março para prestar suporte à Fundação, que foi estabelecida para desenvolver e executar programas de longo prazo para remediação e compensação em decorrência da ruptura da barragem da Samarco.

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Segundo a companhia, dada a previsão atualizada do fluxo de caixa da Samarco, é provável que os acionistas sejam chamados a cumprir as obrigações do Acordo e, portanto, a Vale estima contribuir em torno de US$ 150 milhões à Fundação no segundo semestre. Esta quantia será descontada da provisão de R$ 3,7 bilhões mencionada.

Ainda em nota, a Vale afirma que pretende disponibilizar à Samarco linhas de crédito de curto prazo de até US$ 100 milhões para apoiar suas operações, sem que isso configure uma obrigação à Samarco. Fundos serão liberados à medida que forem necessários, estando sujeitos ao cumprimento de algumas etapas pela Samarco. Da mesma forma, a BHP Billiton tornará disponível para Samarco linhas de crédito de curto prazo similares.

O resultado da Vale será divulgado às 6h (horário de Brasília) desta quinta-feira.

OdontoPrev (ODPV3)
A OdontoPrev, maior operadora de planos dentais do país, teve queda de 11,4% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 44 milhões. Os custos dos serviços prestados aumentaram 18,7% para R$ 165,2 milhões, enquanto a receita aumentou 12,3%, a R$ 338,7 milhões.

O número de usuários de planos dentais em junho ficou em 6,2 milhões, o que representa uma queda de 0,3% em relação ao mesmo mês de 2015. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) caiu 15,7%, para R$ 61,2 milhões. A margem Ebitda, por sua vez, teve uma queda de 5,9 pontos percentuais, atingindo 18,1%.

Helbor (HBOR3)
A Helbor foi mais uma construtora a divulgar sua prévia operacional do segundo trimestre. A companhia registrou vendas contratadas totais de R$ 211,8 milhões, o que representa uma queda de 13% sobre um ano antes e 20% ante o trimestre anterior. As Vendas sobre Oferta (VSO), considerando-se a parte Helbor, atingiram 7,6% no período e 14,1% nos primeiros seis meses do ano.

A companhia afirmou em comunicado que não realizou lançamentos no segundo trimestre visando uma melhor administração do estoque e da demanda atuais do mercado imobiliário. No acumulado dos seis primeiros meses de 2016, os lançamentos totalizaram R$ 53,8 milhões em VGV total.

Smiles (SMLE3)
A Smiles comunicou que Flavio Jardim Vargas renunciou ao cargo de Diretor Vice-Presidente, Financeiro e de Relações com Investidores da companhia. Com isso, o Conselho de Administração da companhia aprovou hoje a eleição de Constantino de Oliveira Junior, atual Presidente do Conselho de Administração da Companhia, para o cargo de Diretor Vice-Presidente e Diretor Financeiro, com mandato até a data da reunião do conselho de administração que irá deliberar sobre as demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2016.

Além disso, Leonel Dias de Andrade Neto, atual Diretor Presidente da companhia, foi indicado pelo Conselho de Administração para atuar, cumulativamente, durante o prazo do seu mandato, como Diretor de Relações com Investidores.

Natura (NATU3)
A Natura, maior fabricante de cosméticos do país, registrou lucro líquido de R$ 91 milhões no segundo trimestre, uma queda de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o Ebitda caiu 3,5% e somou R$ 345 milhões no período refletindo, principalmente, o aumento da carga tributária (alta de 31,3%) e o impacto desfavorável do câmbio no custo dos produtos vendidos. Na mesma base de comparação, a receita da companhia cresceu 5%, para US$ 2 bilhões, prejudicada pela carga tributária.

BR Properties (BRPR3)
BR Properties informou que concluiu hoje a venda de um galpão denominado “Galpão DF”, localizado no Estado do Distrito Federal, à BRE Ponte Participações, por meio da venda da totalidade das ações detidas pela companhia na BRPR 51 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E PARTICIPACOES. O valor líquido total da referida alienação foi de R$ 68.366.392,25.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.